terça-feira, 29 de abril de 2014

Jerusalém e as Religiões

Jerusalém é a maior cidade de Israel, aproimadamente 730 mil habitantes.  A cidade moderna de Jerusalém cresce em torno da cidade antiga, conhecida por sua importância história e bíblica. O centro estatístico de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da cidade em seu útlimo censo.

Jerusalém e as Religiões

Mesquita em Jerusalem
Além de ser umas cidades mais antigas do mundo, Jerusalém é uma cidade sagrada para as principais religiões monoteístas (islamismo, judaísmo e cristianismo). Apesar de ser pequena (menor que 1 km quadrado) cidade antiga de Jerusalém abriga os importantes locais religiosos, entre eles o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha, a Esplanada das Mesquitas e a Mesquita de Al-Aqsa. É dividida em quatro quarteirões, o cristão, o armênio, o judeu e o muçulmano.

Jerusalém para Cristãos

Santo Sepulcro
Para os cristãos, Jerusalém é importante por ser o local de grandes acontecimentos bíblicos tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo. Jesus foi levado para Jerusalém algum tempo depois que nasceu. Durante seu ministério, limpou o Segundo Templo. Além desses, muitos outros locais importantes como o Cenáculo (local da última ceia de Jesus), Santo Sepulcro, Tanque de Betesda, e muitos outros.

Uma viagem inesquecível

Jardim do Gethsemani
Conhecer Jerusalém é uma experiência inesquecível. Além de sua inquestionável importância bíblica, também é  conhecida por sua rica cultura, em diversos museus e eventos de todo tipo. Saiba mais sobre nossos pacotes turísticos e conheça Jerusalém.
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Leitora dá dicas sobre principais pontos turísticos de Jerusalém

Cidade é dividida em quatro bairros (Ârmenio, Cristão, Judeu, Muçulmano) cheios de histórias e monumentos sagrados


Leitora dá dicas sobre principais pontos turísticos de Jerusalém Arquivo pessoal/Arquivo Pessoal
Josiane Dias dos Santos é administradora e tem 31 anos Foto: Arquivo pessoal / Arquivo Pessoal
Josiane Dias dos Santos
Quem pensa que Jerusalém é só uma cidade antiga, se engana. Ela apresenta uma história em cada canto, principalmente na Cidade Velha, dividida em quatro bairros (Armênio, Cristão, Judeu e Muçulmano).

Há também um lado bem moderno, com pontes lindíssimas e um trem supermoderno instalado em 2011 que atravessa a cidade. Aliás, Israel é um dos líderes globais em tecnologia, atuando no desenvolvimento de softwares.

A Cidade Velha é toda composta por monumentos e lugares históricos, principalmente da época de Jesus. O bairro Cristão tem a Igreja do Santo Sepulcro, com a Pedra da Unção, o Calvário e o túmulo de Cristo, sendo o lugar mais sagrado para o cristianismo. No bairro Judeu, encontramos o Muro das Lamentações, local mais sagrado do judaísmo, e, no bairro Muçulmano, fica a magnífica Cúpula da Rocha, terceiro lugar mais sagrado para o islamismo.

O passeio na Cidade Velha pode ser realizado em um dia. Nos demais, pode-se ir ao Monte das Oliveiras, para uma vista maravilhosa da Cidade Velha e da Cúpula da Rocha. Também é possível visitar o Museu de Israel e ir ao Santuário do Livro, que guarda os manuscritos do Mar Morto. Nas proximidades, fica o Yad Vashem, um monumento para perpetuar a lembrança dos mais de 6 milhões de judeus que morreram no Holocausto.

Há ainda mais para fazer na cidade, pois o judeu adora uma festa – a cidade é bem agitada à noite. No sábado, porém, tudo – comércio, restaurantes, transporte público – fica fechado. Visitamos Jerusalém no verão, quando a temperatura chega a quase 50ºC.

Nome: Josiane Dias dos Santos
Lugares que conhece: Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Inglaterra, França, Itália, Holanda, Egito, Israel e Cisjordânia

Lugares que pretende visitar: Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Turquia, Grécia, Alemanha, Portugal, Suíça e Caribe
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/viagem/noticia/2012/12/leitora-da-dicas-sobre-principais-pontos-turisticos-de-jerusalem-3974144.html

segunda-feira, 28 de abril de 2014

PROTEÇÃO LEGAL-proteção à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos


A presidenta Dilma Rousseff alterou a Lei da Ação Civil Pública - número 7.347, de 24 de julho de 1985 - para incluir a proteção à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.

A Ação Civil Pública já é prevista nos casos de danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico e de infração da ord...em econômica.

Contudo, com a alteração, a norma passa a vigorar também a favor desses grupos.

Se necessário, poderá ser ajuizada ação cautelar para evitar os danos à honra e à dignidade dos grupos.

O texto aprovado no Senado dia 19 de março deste ano foi elaborado em 1997 pelo então senador Abdias Nascimento, morto em 2011.

O parlamentar era conhecido pelas lutas em prol da igualdade para as populações afrodescendentes.

À época, Abdias disse considerar inegável a dispersão e a precariedade da legislação a respeito do tema.

Confira em http://bit.ly/RSvqcj

https://www.facebook.com/SiteDilmaRousseff?fref=photo

Campanha do Lacre de Aluminio no LINNEU!!Veja algumas surpresinhas!!!


Essa garotada tem me surpreendido .Aqui vão, algumas fotos desses nossos parceirinhos da Campanha do lacre de Alumínio do PEQUENO COTOLENGO  arrecadação de cadeiras de rodas.Vejam:
Essa turminha da professora ILDA do quarto ano C, tem se mostrado empenhada,  parabéns!!(Laura, João Vitor, Pablo, Miguel, Marcelo, João Xavier e Kauane)
 
Professora Clara, João Xavier e Laura 
 
Animados  como fossem formiguinhas os alunos da professora Elianara, terceiro ano F sempre trazendo lacres nos potinhos, caixinhas...Não importa a quantidade, mas a mobilização e entender como podemos ajudar o semelhante de várias maneiras praticando a ALTERIDADE!!
Beatriz Prado, Pedro Toler
Kauê da professora Cristiane Lopuch segundo ano E. Veja ,ajudando a por os lacres na garrafa.
 
A contribuição da aluna Eduarda Nunes, do 5 ano D  e sua família :
 
Aluna do quarto ano fez também sua campanha em casa e trouxe sua garrafa, mas deu trabalho pro aluno Roberto encher a garrafa! Muito bem quarto ano E da professora Marta,vamos junta-se ao espirito  solidário!!(Roberto e Sabrina Gabrielly)
 
 Paola Fernandes do quarto ano E

 
  Sala Especial também feliz por participar deste momento no LINNEU e poder protagonizar essa história!!Esse sorriso do Cristian já valeu a pena!!


Que bacana ver a turma do 4 ano da professora Luciane empolgados e sentir a alegria da professora em vê-los participativos. Isto faz dar UP ,
                                  ATÉ AS AULAS,SE SOUBERMOS APROVEITAR!!!(jJulio, Brayan, Paula)

                                                 Agora um pouquinho de mídia.
                                                     Vamos ver o filme CUERDAS?


sábado, 26 de abril de 2014

Abril e a liberdade religiosa


Esther Mucznik

O que trouxe Abril de novo, do ponto de vista da liberdade religiosa? A mudança está contida numa única palavra: reconhecimento.

Trouxe o 25 de Abril a liberdade religiosa? Se limitarmos a liberdade religiosa à liberdade de culto, a resposta é não. Como forma de possibilidade individual de professar a religião da sua escolha, a liberdade de culto existia antes do 25 de Abril e até, embora com sérias reservas, antes mesmo da revolução republicana. No século XIX, com o liberalismo e a extinção da Inquisição, os fiéis não-católicos passam a ter a possibilidade de praticar a sua religião.
As limitações são, no entanto, importantes: a prática do culto não-católico é apenas reconhecido aos estrangeiros e o seu exercício obrigatoriamente privado, sem expressão pública, incluindo a visibilidade dos seus templos. Trata-se assim de “tolerância”, não de liberdade: a religião católica é a religião do reino e os súbditos nacionais não têm outra opção. No entanto, e encarando a liberdade, e em particular a religiosa, como um processo sempre em movimento, o avanço é significativo: no caso concreto do judaísmo, embora considerados como uma “colónia” estrangeira sem reconhecimento legal, os judeus frequentam os seus espaços de culto privados, enterram os seus mortos segundo o ritual judaico, praticam livremente a beneficência judaica em organizações cujos estatutos são aceites.
A República vai mais longe. A Lei da Separação da Igreja do Estado, de 20 de Abril de 1911, confere a personalidade jurídica às confissões não-católicas e permite a visibilidade pública dos seus templos. Trata-se, sem dúvida, de um avanço significativo para as confissões não-católicas. No entanto, não podemos ainda falar de liberdade religiosa: em primeiro lugar, porque, decalcada do modelo da lei francesa de 1905, é visceralmente uma lei anticlerical e, em segundo, lugar porque as confissões não-católicas são reconhecidas apenas sob a forma de associações privadas cultuais, não como confissões religiosas, o que, na verdade, camufla a sua verdadeira natureza sociológica. Assim, os estatutos da Comunidade Israelita de Lisboa são reconhecidos a 23 de Julho de 1912, por alvará do governo civil, como “Associação de culto israelita, beneficência e instrução, denominada Comunidade Israelita de Lisboa”.
O Estado Novo consagra a liberdade de culto na Constituição de 1933, mas as comunidades não-católicas permanecem corpos estranhos à sociedade. Não fazem parte da nação portuguesa. Sem ser religião oficial do Estado, a Igreja Católica é, de facto, a única religião reconhecida e legitimada. Individualmente, os não-católicos têm os mesmos direitos como cidadãos nacionais, mas a expressão pública e colectiva da sua prática religiosa não existe, o low profile é a regra, e nada está previsto na legislação que tenha em conta as suas particularidades religiosas: o reconhecimento destas depende da boa vontade dos interlocutores do momento. Exemplificando de novo com a comunidade judaica, a possibilidade de não trabalhar ou fazer exames ao sábado ou durante as festividades religiosas dependia de uma negociação entre as partes, sem nunca ser reconhecida na lei. Da mesma forma, o ensino da religião nas escolas públicas ou a isenção de impostos eram benefícios exclusivos da Igreja Católica e o regime jurídico determinado pelo código civil continuava a não reconhecer a natureza religiosa das confissões não-católicas. Apesar disto, é preciso dizer com clareza: durante a ditadura salazarista a liberdade de culto privado nunca esteve em causa.
Então o que trouxe Abril de novo, do ponto de vista da liberdade religiosa? A mudança está contida numa única palavra: reconhecimento. E sem reconhecimento não se pode falar em liberdade, porque esta não se restringe a tolerar a existência privada de um culto “outro”. O reconhecimento implica aceitar como igual o que é diferente: igual em direitos, igual em deveres, igual em oportunidades; implica viver a diferença como natural, a diversidade como fazendo parte intrínseca das sociedades, e a tensão daí decorrente como um elemento criativo. A homogeneidade, o nivelamento, a negação da diversidade são sempre factores de empobrecimento, nomeadamente quando forçados. São contra a própria corrente da vida.
A mudança aberta com a revolução de Abril não se fez de repente, mas muito progressivamente, e está longe de estar terminada. O principal factor de mudança foi, como não podia deixar de ser, a instauração da democracia e da liberdade política. O fim da guerra colonial e a implantação de novas minorias étnicas e religiosas em território português, a abertura do país ao mundo e sobretudo a liberdade de pensamento, de expressão e de circulação de ideias, fazem surgir uma nova atitude face à diversidade religiosa e cultural. Portugal, hoje, é uma sociedade onde coexistem diversas minorias religiosas com uma prática aberta, expressão colectiva e visibilidade pública e estes elementos são determinantes na integração social dos seus fiéis. No fundo, quanto maior for a aceitação da diferença, mais fácil é o processo de integração.
http://www.publico.pt/portugal/noticia/abril-e-a-liberdade-religiosa-1633309

FE-Brasil: nota de apoio aos Tupinambá


Recebemos com grande preocupação a notícia da prisão pela Policia Federal neste dia 23 de abril, de Rosivaldo Ferreira dos Santos, cacique do Povo Tupinambá da Serra do Padeiro, sul da Bahia.
 
Babau, como é mais conhecido, é uma das principais lideranças indígenas do Brasil e sua forte e contundente atuação na defesa do território de seu povo no sul da Bahia vem, há alguns anos, gerando uma série de perseguições e ameaças de morte, perpetradas por fazendeiros e lideranças políticas da região, com forte conivência de outros poderes locais, incluindo o judiciário e as polícias.
 
Alguns meios de comunicação de massa também têm contribuído para aumentar a onda de perseguição aos Tupinambá, criminalizando o direito legítimo desse povo ao seu território ao associar a luta política de sua principal liderança ao banditismo e à violência.
 
Babau estava com viagem marcada a Roma na quarta-feira, 23/04 para uma audiência com o papa Francisco, no qual entregaria documento relatando o martírio que seu povo vem sofrendo na luta legítima pelo direito ao seu território e à sua cultura. Segundo nota do CIMI, o passaporte de Babau foi suspenso pela Polícia Federal, menos de 24 horas depois de emitido, por quatro mandados de prisão: três arquivados em 2010 e outro da Justiça Estadual de Una acusando-o de participação no assassinato de um pequeno agricultor. O inquérito que levou ao mandado de prisão contra Babau e outras lideranças Tupinambá foi realizado em apenas dez dias, tem depoimentos sem o contraditório e uma série de outras fragilidades jurídicas.  A prisão se deu durante audiência unificada das comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado, da qual participava, no Congresso Nacional, em Brasília (DF) e foi decretada pela Vara Criminal da Justiça Estadual de Una, município baiano.
 
“Tiraram nós do nosso território e agora continuamos no mesmo impasse. Estão querendo nos matar. Querendo, não, estão nos matando. Quero que este parlamento ou nos mate de uma vez ou faça alguma coisa” disse Babau ao chegar à Câmara dos Deputados, segundo nota do CIMI.
 
Essa luta de Babau e de seu povo se insere num contexto de violações e profundo desrespeito aos povos indígenas de todo o Brasil e ao seu modo de viver, cada vez mais encurralados por um modelo perverso de desenvolvimento. Grandes projetos governamentais e privados, expansão do agronegócio e mineradoras sobre territórios imemorialmente habitados por esses povos e outras populações tradicionais são a expressão mais evidente desse modelo.
 
Nós, organizações ecumênicas e igrejas cristãs reunidas no Fórum Ecumênico Brasil, manifestamos nossa total solidariedade e apoio ao Cacique Babau e demais lideranças indígenas injustamente processadas nesse inquérito. Afirmamos, com a mesma veemência do cacique, que os direitos dos povos indígenas de todo o Brasil estão sendo violados por essa absurda perseguição e truculência que vem sendo cometida contra os Tupinambá há muito tempo. Nos causa também preocupação o risco pela integridade física de Babau caso ele seja transferido para uma prisão na região sul da Bahia.
 
Clamamos a autoridades estaduais e federais, especialmente o Ministério da Justiça para que intervenha de forma a preservar a vida e a segurança das lideranças indígenas envolvidas nesse inquérito, relaxamento das prisões e agilização do processo para assegurar definitivamente o território aos Tupinambá, restituindo a paz na região. 
 
Brasília, abril de 2014
 
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
Conselho Latino-americano de Igrejas do Brasil – CLAI Brasil
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil 
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Igreja Ortodoxa Siriana
Igreja Católica Apostólica Romana
Aliança de Batistas do Brasil
Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE
Fundação Luterana de Diaconia - FLD
KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço
Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra - CEDITER
Centro Ecumênico de Serviço à Evangelização e Educação Popular - CESEEP
Centro Ecumênico de Evangelização, capacitação e Assessoria - CECA
Cento de Estudos Bíblicos - CEBI
DIACONIA
Universidade Popular - UNIPOP
Comissão Ecumênica de Combate ao Racismo - CENACORA
Dia Mundial de Oração
Associação de Seminários Teológicos - ASTE
Programa de Formação e Educação Comunitária – PROFEC
 
Obs.: O FE-Brasil é um Fórum Ecumênico composto por igrejas, conselhos de igrejas e organizações ecumênicas, que busca fortalecer o campo ecumênico, ao promover ações que favoreçam o diálogo entre culturas e promova a justiça, a paz e o equilíbrio ambiental.

CESEEP promove curso de ecumenismo e diálogo inter-religioso


Entre os dias 13 e 27 de julho o CESEEP - Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular promove o curso de ecumenismo e diálogo inter-religioso com o tema “Violência: Desafio às Religiões na Construção da Justiça e da Paz. Abaixo, confira a apresentação do curso.
 
Apresentação
 
Aspecto preocupante da atualidade são formas estruturais de violência atreladas a injustiças econômicas e sociais, que atingem a sociedade toda, mas particularmente os mais vulneráveis: crianças, mulheres, jovens, idosos, desempregados. O tráfico e o consumo de drogas agravam esse quadro no quotidiano das famílias e da juventude.
 
Encontrar mecanismos e alternativas para a sua superação não é tarefa apenas do Estado, mas de todas as pessoas, de organismos da sociedade civil e especialmente das igrejas cristãs e das religiões.
 
O grande desafio é, portanto o da superação da violência pela de uma sociedade fundada na justiça, na igualdade e na solidariedade.
 
As igrejas cristãs e as religiões são desafiadas a apresentar a sua contribuição nessa luta contra a violência e contra a injustiça.
 
A mensagem evangélica de amor, justiça e fraternidade exige uma atitude de denúncia das injustiças sociais e dos mecanismos da violência, mas também de anúncio de propostas e ações que venham a contribuir para a melhoria de vida das pessoas e transformação da sociedade na direção da justiça e da paz. 
 
 Muitas experiências revelam que a sociedade civil organizada, com a participação das igrejas e religiões, pode encontrar caminhos que levem às mudanças desejadas.
 
O tema do Curso de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso de 2014 - Violência: desafio às religiões na construção da justiça e da paz - oferece a possibilidade de se refletir sobre essa realidade, com aprofundamento teórico acompanhado de contato com iniciativas e práticas significativas das igrejas e religiões nesse âmbito. O Curso é organizado pelo CESEEP em parceria com o MOFIC, CLAI, KOINONIA e com o apoio do CONIC.
 
Oferece um espaço de rica convivência entre pessoas de diferentes igrejas e religiões, momentos de espiritualidade e festa e intenso programa de visitas a comunidades religiosas e a iniciativas em favor da paz.
 
Assessores e conteúdo 
 
- Panorama mundial das religiões e de sua evolução recente. Pe. Dr. José Oscar Beozzo.
 
- Religiões indígenas: A violência contra os povos indígenas e suas formas de resistência. Dr. Prof. Benedito Prezia e Profª Luciana Galante.
 
- Religiões de matriz africana: A violência social e religiosa contra as religiões de matriz africana e sua luta por respeito e igualdade. Dr. Prof. Ruy Póvoas.
 
- Umbanda: Panorama histórico. A violência contra os templos e pessoas que praticam a Umbanda e seu empenho contra a discriminação religiosa e social. Mãe Rita de Cássia.
 
- Budismo: panorama histórico. Ações do budismo em favor da justiça e da paz. Monja Coen.
 
 - O Judaísmo frente à violência antissemita. Sua contribuição ética e social para a construção da justiça e da paz. Rabino Alexandre Leone.
 
- Hinduísmo: Panorama Histórico. Ações do hinduísmo vedanta em prol da justiça e da paz. Shankara Brahmachari Sadanandachaitanya.
 
- A violência doméstica e as religiões. Dra. Ivone Gebara.
 
- Espiritualidade do cotidiano no combate e superação da violência. Dr. Faustino Teixeira.
 
Veja o cartaz do curso:

domingo, 13 de abril de 2014

NOVOS CAMINHOS – EM BUSCA DO CONHECIMENTO UNIVERSAL

Aruanda é uma dimensão no astral, conhecida por ser morada das entidades luminosas da Umbanda. Dizem que o nome “Aruanda” se originou de uma derivação do nome do principal porto de Angola, chamado Luanda, por onde ocorreu o triste episódio de desterro dos africanos capturados e transformados em escravos, sendo enviados para o Brasil.

Depois, os... escravos foram adaptando suas crenças, e começaram a idealizar Aruanda, terra sagrada dos luminares e protetores, dos guias de Luz e dos falangeiros dos Orixás.

Portanto, acredito que Aruanda, como outra cidade no astral, o “Nosso Lar”, não tem fronteiras religiosas, culturais, ou raciais. Ali estão as entidades puras, sejam de onde vier, porque sabemos que muitos são os caminhos que levam ao Pai Maior. Com certeza ali estarão também espíritos de candomblecistas que evoluiram e estão nas dimensões elevadas a orientar e sustentar os filhos da Terra.

Então, estamos iniciando uma nova jornada neste espaço abençoado que se chama “Povo de Aruanda”, que já atingiu mais 14 milhões de acessos, e nele nosso irmão, o Babalorisá Raimundo Ribeiro , irá postar textos sobre o Candomblé, e estará disponibilizando seu e-mail para trocar informações com quem tem dúvidas.

Aproveitamos e convidamos os irmãos e irmãs a caminharem conosco neste novo impulso, trazendo suas dúvidas, seus questionamentos, pois desta maneira estaremos acrescentando conhecimento e com certeza estaremos nos harmonizando com o Pai Maior, num momento que a ambiência planetária está tão necessitada de boas vibrações.
Deixo então uma oração, para que possamos inaugurar esta nova fase :

Zambi, Pai Misericordioso
Guia nossos passos,
Abre nossos olhos,
Dulcifica nossos corações.
Conduza nossas palavras
Pelos melhores caminhos.
Nos ensine a seguir impávidos
Dia a dia, através das intempéries.
Que os Orixás benditos estejam conosco:
Yemanjá, Odoiá, minha mãe, nos envolva
Com teu manto de estrelas, e nos guie
Por estes mares incógnitos.
Oxóssi, Okê Arô, meu Pai!
Me oriente através
De suas flechas certeiras
E com seu brado forte não permita
Que inconsequentes interfiram em nosso intento.
Oxum, oh, doce Iabá
Lava com suas águas
Esta rede invisível e plena de energia
Que permeia o espaço e chega a inumeráveis lares.
Vibre sobre todos o Seu Amor Infinito.
Ogum, Ogunhê, guerreiro do Bem!
Nos proteja e nos ampare
Nos dê firmeza e estabilidade
Em todos os momentos,
Permita que continuemos nossa jornada
Sem que qualquer perturbação tolde nossa meta
De abraçar cada vez mais nossas Religiões,
nossa Esperança e nossa Fé.
Iansã, Eparrei, Senhora!
Varra para bem longe
Cinzas, desavenças e restolhos
Leve para o espaço longínquo
Todo o pensamento vão,
Toda a inveja, calúnia e violência.
Xangô, Kaô, Kabecile!
Justiça, Pai, Justiça sempre
Nos velando do alto de sua pedreira
Nos envolvendo com sua proteção
Na qual confiamos do fundo de nosso Ser,
pois sabemos que buscamos a Luz, mesmo nas trevas,
e em momento algum trairemos nossa crença e ideal.
Nanã, Saluba!
Traz para nós sua sabedoria e nos liberte
De nossas próprias amarras pela auto-compreensão.
Misericórdia, grandiosa Nanã Buruquê!!!!!
Obaluaiê, nos abençoe com a Saúde Física e Mental,
Nos fortaleça e nos oriente em todos os momentos
Trazendo a este local Harmonia, Estabilidade
Coragem para novos caminhos.
Nos prostramos e lhe saudamos
do fundo e nossas almas.
E que o Panteão dos Orixás,
Receba esta humilde prece
Feita de nossa alma buscadora
Na direção de um caminho melhor
Para outros buscadores.
Que o aprendizado que aqui nascer
Se multiplique mundo afora
Em forma de Amor e Caridade, sempre.
Que tenhamos sempre, brilhando em nosso peito
A Estrela Guia que ilumina os caminhos, as fronteiras
E as diferentes dimensões, por onde caminhamos
A serviço do Pai.
Que assim possa ser.

Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
Ver mais — com Rai Ribeiro
https://www.facebook.com/povo.dearuanda

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Manual homofóbico e machista é distribuído em Fórum de Ensino Religioso

Manual machista e homofóbico é distribuído pela Secretaria de Estado de Educação do Rio em encontro de professores de Ensino Religioso

cartilha homofóbica rio de janeiro
(Reprodução do manual)
Stela Guedes Caputo*
A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) realizou em seu auditório, no último mês, o X Fórum de Ensino Religioso (ER). Essa atividade, que acontece anualmente e reúne professores de religião, teve um caráter especial para seus organizadores pois comemorou os 10 anos de Ensino Religioso no Rio.
Na verdade, o ER já existia com centenas de docentes de outras áreas desviados para esta disciplina. A comemoração marcou então os 10 anos do concurso na modalidade confessional, realizado em 2004, e que colocou mais 500 professores, sendo a imensa maioria católica seguida pelos evangélicos e alguns poucos de “outras religiões” nas escolas. De lá para cá outros 140 professores foram chamados e, em 2013, novo concurso acrescentou 450 professores de religião à rede pública estadual.
Deixaremos de lado, neste texto, todas as críticas que fazemos ao longo de muitos anos, tais como a total ausência de laicidade na escola pública, a falta de pudor de todos os 10 fóruns de ER que assumem publicamente seu objetivo de organizar a Campanha da Fraternidade nas escolas, os gastos anuais que chegam a quase R$ 16 milhões com esta disciplina, enquanto a gigantesca demanda de professores de todas as áreas só cresce, a discriminação de religiões afrodescendentes que o ER legitima.
Faremos isso por um momento apenas para nos concentrarmos no que consideramos um ato criminoso: durante o X Fórum, a Secretaria Estadual de Educação distribuiu a todos os participantes um material chamado “Keys to Bioethics” (Chaves para a Bioética), também denominado “Manual de Bioética”. São 80 páginas de puro conservadorismo em diversos aspectos, mas também será no seu conteúdo homofóbico e machista que focaremos aqui.
Com ilustrações perversas e debochadas, a página 68 do manual, por exemplo, diz que “a teoria do gênero supervaloriza a construção sociocultural da identidade sexual, opondo-se à natureza, gerando um novo modelo familiar e uma nova organização da sociedade”.
Diz o material em sua página 69: “Apesar de tudo, a união entre um homem e uma mulher é a única possível para gerar um filho e inscrevê-lo na continuidade das gerações”. O texto segue condenando além da homossexualidade, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e a transexualidade. Tudo baseado em supostos estudos científicos e na Bíblia.
Assim como a coleção de livros católicos, publicada em 2007, para a utilização dos professores católicos na rede pública, este novo manual, entregue a todos os professores presentes no fórum, independente de seu credo, é ultra conservador e machista porque afirma que maternidade é parte constitutiva de uma “identidade feminina”, condena a utilização de métodos contraceptivos e o aborto, mesmo em casos de estupro.
Indica citações do Gênesis para dizer que Deus fez a mulher para ser “auxiliar do homem”. É mais um material que vai na contramão de estudos de educadores que, com suas pesquisas e ativismo cotidianos buscam desconstruir a ideia de que as identidades sexuais são determinadas por estruturas biológicas, neurais e hormonais, o que serve somente para a patologização das inúmeras maneiras de se viver as sexualidades. Estudos, chamados de “transviados”, ou mesmo “queer”, desenvolvidos, por exemplo, pela professora Berenice Bento, da UFRN, autora de “A (re) invenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual” (2006) e “O que é transexualidade?” (2008).
Bento defende que os estudos transviados não perguntam “o que é um homem?” ou “o que é uma mulher?” tampouco “Qual é a diferença entre um homem e uma mulher?” Mas sim, “para que serve esse lugar de homem e de mulher na nossa sociedade?” e, ainda: “Quem disse que a prerrogativa da feminilidade está na presença do útero?” Exatamente porque gênero e estrutura biológica não definem o que é um ser humano é que os estudos transviados sugerem a desconstrução de gêneros na perspectiva de uma sociedade e de uma educação mais inclusiva em todos os seus níveis.
Essa difícil luta que vem sendo travada há longos anos por milhares de organizações, ativistas e Grupos de Trabalhos nas Universidades têm alcançado conquistas importantes. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que casais do mesmo sexo têm o direito legal a essas uniões, o que já foi decisivo para direitos como pensão, herança e adoção. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou uma resolução que obriga todos os cartórios do país a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
cartilha homofobia
Há mais avanços necessários. Atualmente, proposto pelos deputados federais Jean Wyllys (PSOL) e Érika Kokay (PT), tramita no Congresso Nacional o “Projeto de Lei da Identidade de Gênero” que, seguindo o exemplo da Argentina e de outros países, garante que toda pessoa poderá solicitar a retificação registral de sexo e a mudança do prenome e de imagem registradas na documentação pessoal, sempre que não coincida com sua identidade de gênero auto-percebida. Isso sem a necessidade do trâmite médico.
É contra toda essa vigorosa afirmação da vida e de sua pluralidade que o “Manual da Bioética” se coloca. Produzido pela Pastoral Familiar do Brasil, pela Foudation Jérôme Lejeune e pela Jérôme Lejeune Catédra de Bioética, foi distribuído massivamente na Jornada Mundial da Juventude, que reuniu, em 2013, milhares de católicos no Rio. Em que pese seu absurdo conteúdo, o máximo que podíamos fazer era denunciar, criticar sua circulação e lutar cotidianamente por uma outra educação em todos os espaços possíveis.
Mas quando a Secretaria Estadual de Educação distribui o manual para professores de Ensino Religioso, em uma atividade de formação da educação pública, em dependências públicas, onde foi informado que existem milhares de exemplares disponíveis em uma igreja no Rio, revela o que já sabemos: o governo do estado concorda com seu conteúdo. Afirma que é legítimo, correto e parte da função dos professores apresentar estas questões em sala de aula a partir da visão unilateral, conservadora e homofóbica da Igreja Católica.
Ignora todo o constrangimento que este material certamente causará a alunos e alunas, professores e professoras, funcionários e funcionárias, que escapam à normatização e aos seus imperativos de comportamento. São lésbicas, gays, bissexuais, transexuais que, todos os dias, enfrentam preconceitos que chegam, não raramente, à violência física, inclusive, na escola. Como se sentirão também os filhos e filhas de casais com diferentes orientações sexuais? Ou alunas que já tenham interrompido a gravidez e mesmo as que não queiram ter filhos?
cartilha homofobia rio de janeiro
“A distribuição desse manual pela SEEDUC não cabe num processo pedagógico e curricular, quando estamos justamente repensando continuamente modos de romper com a invisibilidade dos alunos e alunas, lutando para que apareçam no seu modo de ser, na sua integralidade. Porém não é de estranhar tal postura. Atualmente a política de educação do Estado vem impondo metas, com isso gera mais um controle e engessamento do currículo e mais pressão sobre os cotidianos da sala de aula. A formação de um pensamento crítico, da cidadania e o respeito pelas particularidades de cada pessoa é deixada de lado”, diz Antônio Pinheiro, professor do Instituto de Educação Sarah Kubitschek e do Instituto de Educação Superior do Rio de Janeiro, ativista do movimento LGBT.
Na segunda-feira, 31 de março, uma integrante do Ilé Oba Òyó, nosso Grupo de Pesquisa, e professora da rede estadual, esteve na paróquia indicada e retirou uma caixa com 100 exemplares do manual. Outro ligou e foi informado que 20 caixas com o mesmo conteúdo foram retiradas por professores só nesse dia.
O lamentável ocorrido exige mais do que a simples crítica e podemos fazer mais. Podemos exigir que sejam recolhidos todos os manuais que já chegaram às escolas e impedir que cheguem mais. Podemos denunciar a SEEDUC por homofobia ao Ministério Público (e vamos fazer). Podemos chamar ativistas, sindicatos, associações, universidades, parlamentares, estudantes, funcionários e docentes que apostam no avanço das conquistas que fizemos e não em seu contrário. É o que esperamos com essa nota. O SEPE-RJ já aprovou moção de repúdio contra o manual em congresso, realizado no último fim de semana.
O manual é mais um instrumento não só para os professores de ER, mas para todos os professores e professoras de outras disciplinas que tenham práticas obscurantistas. Ele fere o trabalho dos que apostam, todos os dias, em uma educação libertária, inclusiva e plural e torna a escola ainda mais repressora e excludente. E isso nós não vamos permitir. Quem soma mais?
(*) Stela Guedes Caputo, coordenadora do Grupo de Pesquisa Ilé Oba Òyó, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ, com colaboração de: Cristiano Sant’ Anna, Pedro Castanheira de Freitas, Luciana Monsores e Antônio Pinheiro / Fazendo Media
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/manual-homofobico-e-machista-e-distribuido-em-forum-de-ensino-religioso.html