sábado, 17 de janeiro de 2015

Uma Breve História do Islã (parte 1 de 5): O Profeta do Islã

Descrição: A vida pregressa do Profeta antes de sua missão profética e um vislumbre de sua missão em Meca.
Por Ismail Nawwab, Peter Speers, e Paul Hoye (editado por IslamReligion.com) Publicado em 23 Mar 2009 - Última modificação em 19 Apr 2009
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Categoria: Artigos > História Islâmica > Resumo

Em torno do ano 570 a criança que seria chamada de Muhammad e que se tornaria o Profeta de uma das maiores religiões mundiais, o Islã, nasceu de uma família que pertencia ao clã dos Coraixitas, uma tribo governante de Meca, uma cidade na região do Hijaz no noroeste da Arábia. Originalmente o local da Caaba, um templo de origens antigas, Meca tinha, com o declínio do sul da Arábia, se tornado um centro importante de negócios do século seis com poderes como os sassânidas, os bizantinos e os etíopes.  Como resultado a cidade foi dominada por famílias de comerciantes poderosos, entre os quais os homens dos Coraixitas se sobressaíam.
O pai de Muhammad, “Abd Allah ibn” Abd al-Muttalib, morreu antes de o menino nascer; sua mãe, Aminah, morreu quando ele tinha seis anos.  O órfão foi então colocado aos cuidados de seu avô, o chefe do clã dos Hashimitas.  Após a morte de seu avô, Muhammad foi criado por seu tio, Abu Talib.  Como era de costume, o menino Muhammad foi enviado para viver por um ano ou dois com uma família beduína.  Esse costume, seguido até recentemente por famílias nobres de Meca, Medina, Taif e outras cidades do Hijaz, teve implicações importantes para Muhammad.  Além de suportar as dificuldades da vida no deserto, ele adquiriu um gosto pela linguagem rica tão amada pelos árabes, sendo o discurso a arte da qual mais se orgulhavam, e também aprendeu a paciência e indulgência dos pastores, cuja vida de solidão inicialmente compartilhou, e então passou a compreender e apreciar.
Por volta do ano 590, Muhammad, então na casa dos vinte anos, passou a prestar serviços a uma comerciante viúva chamada Khadija como seu agente comercial, envolvido ativamente com caravanas de comércio para o norte.  Algum tempo depois ele se casou com ela e teve dois filhos, dos quais nenhum sobreviveu, e quatro filhas.
Quando estava na casa dos quarenta anos ele começou a se afastar para meditar em uma caverna no Monte Hira, fora de Meca, onde os primeiros grandes eventos do Islã ocorreram.  Um dia, enquanto estava sentado na caverna, ouviu uma voz, posteriormente identificada como a do anjo Gabriel, que lhe ordenou:
“Recite: Em nome do teu Senhor que te criou, criou o homem de um coágulo de sangue.” (Alcorão 96:1-2)
Por três vezes Muhammad alegou sua incapacidade para fazê-lo, mas cada vez a ordem se repetiu.  Finalmente Muhammad recitou as palavras que são agora os primeiros cinco versículos do capítulo 96 do Alcorão – palavras que proclamam Deus como o Criador do homem e Fonte de todo o conhecimento.
Inicialmente Muhammad divulgou sua experiência apenas para sua esposa e seu círculo imediato.  Mas, à medida que mais revelações o exortavam a proclamar a unicidade de Deus universalmente, seus seguidores cresceram, primeiro entre os pobres e os escravos, mas depois, também entre os homens mais proeminentes de Meca.  As revelações que recebeu na época e aquelas que recebeu depois estão todas incorporadas no Alcorão, a Escritura do Islã.
Nem todos aceitaram a mensagem de Deus transmitida através de Muhammad.  Até em seu próprio clã havia aqueles que rejeitavam seus ensinamentos e muitos comerciantes se opuseram ativamente à mensagem.   A oposição, entretanto, serviu meramente para aguçar o sentido de missão de Muhammad, e seu entendimento de como exatamente o Islã diferia do paganismo.  A crença na Unicidade de Deus era suprema no Islã; a partir disso tudo o mais deriva.  Os versículos do Alcorão enfatizam a unicidade de Deus, alertam àqueles que a negam da punição iminente, e proclamam Sua compaixão irrestrita com aqueles que se submetem à Sua vontade.  Afirmam que o Último Julgamento, quando Deus, o Juiz, colocará na balança a fé e as obras de cada homem, recompensando o crente e punindo o transgressor.  Como o Alcorão rejeitava o politeísmo e enfatizava a responsabilidade moral do homem, em imagens poderosas, ele apresentava um grave desafio para os habitantes mundanos de Meca.
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Partes deste Artigo
Uma Breve História do Islã (parte 1 de 5): O Profeta do Islã
Uma Breve História do Islã (parte 2 de 5): A Hégira
Uma Breve História do Islã (parte 3 de 5): A Conquista de Meca
Uma Breve História do Islã (parte 4 de 5): O Califado de Abu Bakr e Umar
Uma Breve História do Islã (parte 5 de 5): O Califado de Uthman ibn Affan
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Jesus, filho de Maria (parte 1 de 5): Os Muçulmanos Também Amam Jesus!

Também Amam Jesus!
  
Descrição: Jesus e seu primeiro milagre e um breve relato sobre o que os muçulmanos acreditam sobre ele.
Por Aisha Stacey (© 2008 IslamReligion.com) Publicado em 09 Mar 2009 - Última modificação em 21 Dec 2014
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Categoria: Artigos > Religião Comparada > Jesus
Categoria: Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

Os cristãos geralmente falam sobre desenvolver uma relação com Cristo e aceitá-lo em suas vidas.  Afirmam que Jesus é muito mais que um homem e morreu na cruz para livrar a humanidade do pecado original.  Os cristãos falam de Jesus com amor e respeito, e é óbvio que ele tem um lugar especial em suas vidas e corações.  Mas, e os muçulmanos? O que pensam sobre Jesus e que posição Jesus ocupa no Islã?
Alguém não familiarizado com o Islã pode se surpreender ao saber que os muçulmanos também amam Jesus.  Um muçulmano não falará o nome de Jesus sem respeitosamente acrescentar as palavras “que a paz esteja sobre ele”.  No Islã, Jesus é um homem amado e estimado e um Profeta e Mensageiro que chamou seu povo à adoração do Verdadeiro Deus Único.
Muçulmanos e cristãos compartilham algumas das crenças sobre Jesus.  Ambos acreditam que Jesus nasceu da Virgem Maria e ambos acreditam que Jesus foi o Messias enviado para o povo de Israel. Ambos também acreditam que Jesus voltará a terra nos últimos dias.  Entretanto, um detalhe importante separa seus mundos.  Os muçulmanos acreditam que certamente Jesus não é Deus, não é o filho de Deus e não é parte de uma Trindade de Deus.
No Alcorão, Deus falou diretamente aos cristãos quando disse:
“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros. Não digais: ‘Trindade!’ Abstende-vos disso, que será melhor para vós; Sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171)
Assim como o Islã nega categoricamente que Jesus era Deus, também rejeita a noção de que a humanidade nasce maculada por qualquer forma de pecado original.  O Alcorão nos diz que não é possível que uma pessoa carregue os pecados de outra e que somos todos responsáveis, perante Deus, por nossas próprias ações.  “E nenhum pecador arcará com culpa alheia;” (Alcorão 35: 18) Entretanto, Deus, em Sua infinita Misericórdia e Sabedoria não abandonou a humanidade à sua própria sorte.  Enviou orientação e leis que revelam como adorar e viver de acordo com Seus mandamentos.  Os muçulmanos devem acreditar e amar todos os Profetas; rejeitar um é rejeitar o credo do Islã.  Jesus foi um em uma longa linhagem de Profetas e Mensageiros, chamando as pessoas para adorar o Deus Único.  Veio especificamente para o Povo de Israel, que na época tinha se desviado da senda reta de Deus.  Jesus disse:
“(Eu vim) para confirmar-vos a Tora, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal do vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me. Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta.” (Alcorão 3:50-51)
Os muçulmanos amam e admiram Jesus. Entretanto, o entendemos e a seu papel em nossas vidas de acordo com o Alcorão e as narrativas e os ditos do Profeta Muhammad.  Três capítulos do Alcorão tratam da vida de Jesus, sua mãe Maria e sua família; cada um revela detalhes não encontrados na Bíblia.  
O Profeta Muhammad falou de Jesus muitas vezes, descrevendo-o uma vez como seu irmão.  
“De todos sou o mais próximo ao filho de Maria, e todos os profetas são irmãos paternais, e não houve profeta entre eu e ele (ou seja, Jesus).” (Saheeh Al-Bukhari
Sigamos a história de Jesus através das fontes islâmicas para entender como e por que seu lugar no Islã é de tamanho significado.

O Primeiro Milagre

O Alcorão nos informa que Maria, a filha de Imran, era uma jovem mulher solteira, casta e virtuosa devotada à adoração de Deus.  Um dia, enquanto estava em reclusão, o anjo Gabriel veio à Maria e informou-lhe que seria a mãe de Jesus.  Sua resposta foi de medo, choque e desânimo.  Deus disse:
“E faremos dele um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.” (Alcorão 19:21)
Maria concebeu Jesus, e quando chegou o momento de seu nascimento, ela se afastou de sua família e viajou para as proximidades de Belém.  Aos pés de uma tamareira Maria deu à luz seu filho Jesus.[1]
Quando Maria descansou e se recuperou da dor e temor envolvendo dar à luz sozinha, percebeu que devia retornar para sua família.  Maria estava temerosa e ansiosa enquanto envolvia a criança e a embalava em seus braços.  Como ela poderia explicar seu nascimento a seu povo?  Ela atendeu às palavras de Deus e tomou o caminho de volta para Jerusalém.
“Dize: ‘Verdadeiramente! Fiz um voto de jejum ao Clemente, e hoje não falarei com pessoa alguma.’ Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços.” (Alcorão 19:26-27)
Deus sabia que se Maria tentasse explicar, seu povo não acreditaria nela. Então, em Sua sabedoria, disse a ela para não falar.  Desde o primeiro momento que Maria se aproximou de seu povo eles começaram a acusá-la, mas ela sabiamente seguiu as instruções de Deus e se recusou a responder.   Essa mulher casta e tímida meramente apontou para a criança em seus braços.
Os homens e mulheres que cercavam Maria olharam para ela de forma incrédula e exigiram saber como poderiam falar com um bebê.   Então, pela permissão de Deus, Jesus, filho de Maria, ainda um bebê, realizou seu primeiro milagre.  Ele falou:
“Sou o servo de Deus. Ele me concedeu o Livro e me designou como profeta. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver. E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde. A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado.” (Alcorão 19:30-34)
Os muçulmanos acreditam que Jesus era o servo de Deus, e um Mensageiro enviado para os israelitas de seu tempo.  Ele realizou milagres pela vontade e permissão de Deus.  As palavras do Profeta Muhammad resumem de forma clara a importância de Jesus no Islã:
“Quem testemunhar que não existe divindade exceto Deus, sem parceiros ou associados, e que Muhammad é Seu servo e Mensageiro, e que Jesus é Seu servo e Mensageiro, uma palavra que Deus concedeu à Maria e um espírito criado por Ele, que o Paraíso é real, e que o Inferno é real, Deus admitirá através de um dos oito portais do Paraíso.” (Saheeh Bukhari e Saheeh Muslim)


Footnotes:
[1] Para detalhes de sua concepção e nascimento milagrosos, por favor, refira-se aos artigos sobre Maria.
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Jesus, filho de Maria (parte 1 de 5): Os Muçulmanos Também Amam Jesus!
Jesus, filho de Maria (parte 2 de 5): A Mensagem de Jesus
Jesus, filho de Maria (parte 3 de 5): Os Discípulos
Jesus, filho de Maria (parte 4 de 5): Jesus Realmente Morreu?
Jesus, filho de Maria (parte 5 de 5): Povo do Livro
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2015 precisa ser o ano em o mudo acordará e garantirá um futuromais justo emais seguro para criancas e jovens.Mala Yousatzai


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2015 apresenta uma oportunidade única para que líderes, cidadãos, comunidades, governos e empresas participem da construção do mundo que queremos para o nosso futuro. Como afirma Malala Yousafzai, ativista paquistanesa e ganhadora do Prêmio Nobel: "Todos precisamos fazer a nossa parte para que isso aconteça. Não deixe que essa oportunidade seja desperdiçada.”

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