quarta-feira, 10 de abril de 2013

Hinduísmo: cultura, mitologia, deuses, castas, mantras e símbolos hindu


A mulher indiana e o Taj Mahal

Através da Eterna Dharma, o hinduísmo tem a nova ordem mundial ou aTrindade Hindu como sua principal base mitológica. Esta que talvez seja a mais antiga religião do mundo, com relatos de até 8 mil anos antes de Cristo, traz consigo a primeira linhagem de super deuses.

Os Deuses

Brahma é considerado a força criadora do universo.
Vishnu é responsável pela manutenção do universo.
Shiva é conhecido como o transformador e/ou o destruidor do universo.

As beldades e seguidores do hinduísmo

Ganesha tem cabeça de elefante e corpo de humano é símbolo dos obstáculos e das soluções lógicas.
Kali, mais conhecida como a Mulher Negra, é a deusa da morte e da sexualidade, além de ser ao mesmo tempo a fonte da juventude e da natureza.
Lakshmi é a deusa do amor, da beleza, da riqueza e da generosidade para com seus seguidores.
Parvati é o deus  da renovação e da transformação.
Sarasvati  é a deusa da inteligência, da música, da sabedoria e talvez uma das mais belas de todas.

Escrituras hindu

Bagavadguitá  é uma escritura sagrada onde a Canção de Deus é a parte mais imprtante.
Maabárata é popularmente conhecido como a escritura sagrada mais importante da Índia moderna.
Ramáiana é a escritura sagrada mais popular da Índia antiga.
Upanixades  é uma coleção de textos sagrados sobre filosofia e meditação.
Vedas é composta por Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Atarvaveda, as quatro obras sagradas do hinduísmo.
Yoga Sutras é a base literal da ioga que conhecemos hoje.

Sistema de Castas da Índia

Através deste sistema antigo os casamentos são arranjados pelas famíliasindianas onde somente pessoas da mesma casta, cuja raça é semelhante, podem se casar. O casamento entre raças diferentes é proibido na Índia e, por punição, o casal e seus filhos são considerados impuros*.
Sistema de Castas é divido em quatro partes, de acordo com o corpo do super deus Brahma: boca (sábios), braços (governantes), estômago (comerciantes) e pés (trabalhadores comuns). Além destes, existem os *intocáveis – impuros – que são a poeira sob os pés de Brahma. Estes são as pessoas mais desprezíveis de todo o sistema, no qual nunca poderá participar.

Galeria de fotos de deuses, deusas e semi-deuses


MOHAMMAD (MAOMÉ)



Mohammad (Maomé) nasceu em Meca (em árabe Makkah), Arábia Saudita, no ano de 570 d.C. Seu Pai, Abdalá (Abd Allah) faleceu em uma batalha antes de seu nascimento, e sua mãe, Amina morreu quando ele tinha cerca de 6 anos (alguns historiadores acreditam que ela teria morrido semanas após o nascimento de Maomé). Com isso seu tio Abu Talib pertencente à tribo de Coraix, tomou sua guarda.
Mohammad (Maomé) tornou-se condutor de caravanas que atravessavam o deserto, era considerado um valioso auxiliar de seu tio.


Meca
Meca - Makkah - (foto época atual)
 
Naquela época, os árabes praticavam uma forma de adoração a Deus centralizada no vale de Meca, no local sagrado da Caaba, uma construção simples em forma de cubo, onde se reverenciava um meteorito negro. Na tradição Islâmica, a "Caaba foi originalmente construída por Adão segundo protótipo celestial e depois do dilúvio reconstruída por Abraão e Ismael". Acabou tornando-se santuário de ídolos, um para cada dia do ano lunar.


Meca
Caaba (Kaaba) - Meca (foto época atual)

Com o passar dos anos, e à medida que ia crescendo, Mohammad (Maomé) passou a ser conhecido pela sua sinceridade, generosidade e probidade, de tal maneira que era procurado pela sua capacidade de arbitrar disputas. Ele apresentava uma personalidade calma e meditativa. Sua natureza era profundamente religiosa. Detestava a decadência de sua sociedade.

Aos 25 anos casou-se com a prima Khadija, e tiveram quatro filho, mas três morreram ainda crianças, vítimas do calor do deserto. Sobreviveu a última, que se chamava Fátima.

Mohammad (Maomé), passou a questionar também as práticas religiosas de seus dias. Forte era o seu descontentamento com a religião árabe, o politeísmo, o animismo idólatras, a imoralidade nas assembléias e quermesses religiosas, a bebedeira, a jogatina e as danças que estavam na moda. Mohammad condenava também o sepultamento em vida de bebês do sexo feminino indesejados, praticados não apenas em Meca mas em toda a Arábia Saudita.

No âmbito político incomodava-se com as incessantes rixas por causa de confessos interesses de religião, honra e poder entre os chefes coraixitas (tribo de Maomé)

E sobre tudo isso ele começou a meditar e a refletir em busca de soluções. Às vezes meditar na caverna de Gar Hirá, perto do topo da montanha da Luz, próximo a Meca.

Aos 40 anos de idade, quando estava em um retiro meditativo, Mohammad (Maomé) recebeu sua primeira revelação por intermédio do Anjo Gabriel.

Diz a tradição Mulçumana:
"Durante sua meditação, Mohammad recebeu ordem de um Anjo, mas tarde identificado como Gabriel, para que recitasse em nome de Deus. Mohammad não obedeceu, de modo que o Anjo agarrou-o e comprimiu-o tanto que Mohammad (Maomé) não pode suportar. Então e o Anjo repetiu a ordem e novamente Mohammad (Maomé) não respondeu, de modo que o Anjo sufocou-o novamente. Isto ocorreu três vezes, depois o que Mohammad (Maomé) começou a recitar, veio a ser considerado como a primeira duma série de revelações que constituem o Alcorão."

Segundo uma outra tradição, "a inspiração divina foi revelada a Mohammad em forma de soar de uma campainha."

Supostamente as primeiras revelações que Mohammad recebeu foram os primeiros cinco versículos da surata , intitulada AL'ALAC, "O Coágulo (de sangue)"


Al'Alac diz:

"Em nome de Deus, Clemente, Misericordioso.
Lê em nome de teu Senhor que tudo criou;
Criou o Homem de um coágulo.
Lê que Teu Senhor é generoso,
que ensinou o uso do cálamo,
ensinou ao homem o que este não sabia."



Mohammad (Maomé) teria respondido; "Eu não sei ler". Assim ele teve que memorizar as revelações, de modo que pudessem repeti-las e recitá-las.

Os árabes eram peritos no uso da memória, e Mohammad (Maomé) também possuía uma surpreendente memória.

Essas revelações seguiram-se por 23 anos aproximadamente, de 610 d.C até sua morte 632 d.C.. E o conjunto destas revelações é conhecida como Alcorão.


Mohammad (Maomé) recitava as revelações a quem quer que estivesse por perto. E estes por sua vez, memorizavam as revelações e assim mantinham-na viva. Nesta época os árabes não sabiam fazer papel, então Mohammad fez com que escribas anotassem as revelações em primitivos materiais disponíveis na região, como, folhas de palmeiras, madeira, pergaminho, omoplatas de camelo. Somente após a morte do profeta que o Alcorão assumiu a sua forma atual, sob a direção dos sucessores e companheiros do Profeta.

Nenhuma palavra das suas 114 suratas foi mudada no decorrer dos séculos. E todo o povo mulçumano tem com principal fonte de fé a leituras destas suratas.

O Alcorão trata de assuntos relacionados com o ser humano; lei, sabedoria, doutrinas, rituais... Mas o tema principal é o relacionamento de Deus com todo o povo humano. O Alcorão também orienta para a criação de uma sociedade mais justa, conduta humana descente e um sistema econômico com fundamentos sociais.

Mulçumano lendo o Alcorão
Mulçumano lendo o Alcorão
Logo que Mohammad (Maomé) começou a recitar as palavras que ouvira do Anjo Gabriel e a pregar a Verdade que Deus lhe havia revelado, ele e seu pequeno grupo de seguidores sofrerão perseguições tão violentas que em 622 d.C. Deus lhe ordenou que emigrasse para Medina, 400 quilômetros ao Norte. Este evento, a Hégira (migração), marca o início do calendário mulçumano.

Depois de alguns anos, Mohammad e seus companheiros voltaram a Meca, perdoando seus inimigos e estabelecendo o Islã (Islam)

Após a morte do Profeta Mohammad em 632 d.C, com 63 anos de idade, a comunidade islâmica começou a se dividir em duas correntes principais.

* Os Sunitas ou sunni (aqueles que seguem os costumes ,"Sunna" de Mohammad) Escolheram para suceder o Profeta Abu Bakr.

* Os Xiitas. Achavam que o sucessor de Mohammad deveria ser seu parente mais próximo, seu primo e genro, Ali.

Poucas coisas separam os dois grupos na crença.

Logo toda a Arábia Saudita já era mulçumana e um século depois o Islã se espalhou até a Espanha e no oriente até a China. Hoje i Islamismo é a maior religião do planeta com mais de 1 bilhão e trezentos milhões de fiéis.

islamismo

ISLAMISMO -UM BILHÃO E MEIO DE FIÉIS -A MAIOR RELIGIÃO DO MUNDO

Islamismo
 http://www.mundoislamico.com/islamismo.htm


O CAMINHO A DEUS ATRAVÉS DA SUBMISSÃO

O Islamismo não é uma religião nova, tem aproximadamente 1500 anos, e é tão antiga quando o cristianismo. Hoje cerca de 1.300.000.000 (um bilhão e trezentos milhões á um bilhão e quinhentos milhões) da população mundial são mulçumanos. (Um quinto da população do planeta). É a religião que mais cresce. Cerca de 70% dos intelectuais que se convertem a uma crença, escolham o islamismo.

Praticamente em todos os paises do mundo existem mulçumanos.
Na mapa podemos observar os paises onde a maioria da população é mulçumana.

Mundo Islamico - mapa

O Islamismo é uma verdade que Deus revelou ao profeta Mohammad (Maomé), não é somente uma que além de religião é um sistema de vida completo.

Os mulçumanos seguem o livro sagrado Alcorão (Qur´ãn), que contém a última mensagem revelado por Deus à humanidade.
 
Alcorão
 
Manuscrito do Alcorão
 
Os mulçumanos crêem em um único Deus; nos Anjos; nos profetas que trouxeram revelações de Deus a humanidade; no fim do mundo; no juízo final, onde todos prestarão contas de seus atos a Deus. Deus tem autoridade no destino do homem e na sua morte.

Os profetas que os mulçumanos crêem serem portadores das revelações de Deus são; Adão, Noé, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, José, Jó, Moisés, Arão, Davi, Salomão Elias, Jonas, João Batista e Jesus Cristo. O último profeta de Deus é "Mohammad", que revelou as verdades de Deus por intermédio do Anjo Gabriel.

"Islam" (em árabe) significa "submissão", "rendição", "entrega", que é derivada de uma outra palavra que significa paz. No sentido religioso, Islam, significa "total submissão à vontade de Deus".

"Alah" é a palavra árabe que designa Deus. Os católicos nas missas em árabes usa esta palavra, assim como protestantes (igrejas evangélicas) em seus cultos árabes, usam a palavra Alah quando se referem a Deus.

"Mulçumano" é aquele que faz ou pratica o Islã (Islam).

O Islamismo proíbe o consumo de carne de porco, drogas (produtos que causam dependências), O consumo de bebida deve ser saudável e é uma obrigação levar a vida saudável.

Os mulçumanos acreditam que esta vida é uma provação para uma próxima vida no reino de Deus.
  
O mundo mulçumano na idade média foi o centro das pesquisas científicas, e destacou-se no desenvolvimento da matemática, arquitetura, astronomia, navegação, medicina. Os árabes introduziram o papel na Europa e inventaram o arco ogival, sem o qual os europeus cristãos não poderiam construir as catedrais góticas. Enviaram o damasco, açúcar e arroz para a Europa.

Os números romanos, de difícil manuseio para cálculos, foram substituídas pelos algarismos arábicos (1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) que são usados até hoje pela maioria dos paises do mundo.

Os árabes introduziram também na Europa, a idéia hindu do zero, e a idéia de arranjarem os números no sistema decimal.

 
islamismo

O TRANCENDENTE de maio/junho está pronto


 
Depois de algumas semanas de dedicação, finalmente a reação do OT concluiu a produção do segundo número do ano.
O TRANSCENDENTE de Maio e Junho dobrou o seu conteúdo, mas sem perder a dinâmica e o “DNA pedagógico” que o diferencia das outras publicações do Ensino Religioso no país.
As quatro matrizes religiosas: oriental, africana, indígena e ocidental serão abordadas a partir de um jovem. Ele (a) irá mostrar como a sua religiosidade tem relevância fundamental no estilo de vida e na relação que cada um tem com o mundo e os outros.
Nesta edição do jornal é a vez da juventude ser tema de artigos, atividades, para que ela possa pensar o seu relacionamento com a religiosidade.
Esperamos que vocês gostem do jornal! Na próxima semana ele já deverá estar na casa dos nossos assinantes.
Grande abraço.
A redação,

Matriz Afro no Ensino Religioso

Estava preparando essa postagem para o Dia da Consciência Negra, mas com o final de ano das escolas, dificultou terminar de escrever. Mas como todo dia é dia de Diversidade e de valorizar nossas raízes culturais, as contribuições sobre as Religiões de Matriz Afro não deixam de ser pertinentes também em épocas natalinas.


Para completar a carga horária do município, tenho uma turma de Ensino Religioso, e apesar de ser considerada pela maioria um corpo estranho dentro do currículo, que faz com que genericamente se trabalhe valores, aprendi no estágio a utilizar o espaço para trabalhar: a presença da Religião em nossas vidas; a importância dessa esfera para o funcionamento da sociedade e das relações sociais; bem como a Diversidade Religiosa.

Gosto de trabalhar com o Ensino Religioso, principalmente por que não insiro a temática nas aulas de Sociologia, portanto, é um espaço para exercitar esse tipo de reflexão, além do fato de ver sentido na presença de tal disciplina na grade curricular a partir da perspectiva acima. 

Vou compartilhar algumas ideias de aulas sobre essa temática Afrodescendente, resgatando materiais do ano passado e que utilizei esse ano. Em uma próxima postagem pretendo compartilhar uma reflexão um pouco mais programática de como estou tateando aos poucos esse espaço.

Trabalhar as Religiões Afro nunca é muito fácil, pois existe muito preconceito em volta delas. Das vezes que trabalhei o assunto, foi bem comum ver caras feias e alunos se negando a participar das atividades que envolvessem a temática, quando não, chamando o tema de coisa do capeta ou de "coisa ruim". De qualquer forma, não devemos ceder as resistências, pois se não ouvirem um versão diferente na escola sobre as religiões de matriz africana, é possível que não consigam perceber que tudo depende do significado que atribuímos para cada crença e ações.

Ambas as turmas nas quais trabalhei esse assunto, havia um número considerável de alunos evangélicos ou que frequentavam a igreja católica, o que facilita certas barreiras, porém, não necessariamente obstáculos. Pois é a partir das impressões deles e da própria ojeriza que possuem sobre essas crenças que é possível conversar, explicar e discutir. Eles sempre tem algum tipo de curiosidade, comentário ou posicionamento a contribuir, é nesse ponto que devemos explorar. Mesmo os que se recusam a participar de alguma proposta, interagem de uma determinada forma com as aulas, contribuindo para o diálogo interreligioso de certa forma.

Me apoio muito no Sincretismo, nas relações entre Orixás e Santos para explicar que a fé é a mesma, mas as explicações e simbologias são diferentes. Até chegar nesse ponto da matéria, busco trabalhar anteriormente a questão dos Mitos de Criação para esclarecer que cada religião tem um tipo de explicação para a existência do mundo, e fora da religião, existem outras hipóteses sobre nossas origens, como na ciência, daí também utilizo as explicações Evolucionista para exemplificar (em contraponto ao Criacionismo).

Na verdade "preparo o terreno" boa parte do ano para poder trabalhar as religiões afrobrasileiras, com as tradições monoteístas e cristãs antes para evitar reclamações.

Ainda não tive problemas com pais por trabalhar essas questões, contudo, imagino que se um dia a situação surgir, explicaria o caminho percorrido e a forma de lidar com o assunto, que não é de convencimento e catequização, e sim de reflexão-alteridade; apesar de imaginar que isso não exclua desconfortos a algumas famílias, é importante lembrar que temos a lei 10.639 nos amparando, e portanto, devemos sim trabalhar tais questões em sala de aula.

As religiões de matriz africana são constantemente inferiorizadas e discriminadas, sejam por dizeres como "chuta que é macumba" e "volta para o mar oferenda" quanto a xingamentos diversos aos praticantes e ataques aos templos religiosos, portanto, é fundamental utilizar os períodos de Ensino Religioso para desconstruir esses preconceitos que muitas vezes estão cheios de racismo ("é coisa de preto" "negrisse").

Considero que ainda não consegui trabalhar esse tema de forma extremamente satisfatória, pois ainda estou consolidando meu planejamento do Ensino Religioso. E também pela rapidez que foram tratadas as questões, tanto esse ano quanto ano passado, foram destinadas 2 aulas, uma para uma parte "teórica" ou para um trabalho. Imagino que 3 aulas possam ser um numero suficiente, pois é possível que mais aulas possa estimular polêmicas desnecessárias (esse pode ser um receio em demasia, mas a prática também vai auxiliando a ver o termômetro, então com o tempo acharei a medida).

Ano passado, a aula destinada a explicar o tema não deu certo, quis colocar muita coisa em pouco tempo sobre um tema que não gera apatia nos alunos. Inevitavelmente, quando queremos fazer coisas diferentes mas estamos pressionados pelo tempo para tê-las prontas logo, não pensamos  necessariamente na sua operacionalização. A ideia era passar algumas músicas sobre a questão, que tinham foco nos orixás, que me auxiliassem a explicar a questão do sincretismo e um pouco dos preconceitos que são criados em torno dessas crenças. Porém, exagerei no número de músicas, apesar de a quantidade ser a intenção de contemplar gêneros musicais; entretanto, alunos de Ensino Fundamental são mais agitados e possuem menos paciência, portanto, ouvir e analisar 1 música já gera muito esforço, quem dirá 6.

Mesmo não alcançando o que queria, muitos alunos evangélicos se demonstraram extremamente curiosos com a aula e sem muitas barreiras para falar sobre a questão, mesmo que fora da escola essa não seja uma postura que tenham. Considero um pequeno saldo positivo. E como trabalho eles fizeram um jogo da memória entre santos e orixás, que compensou a aula das músicas, pois durante a confecção do trabalho as perguntas iam surgindo.

Os materiais utilizados foram os abaixo:
Aula0811 from Eduarda Bonora Kern - (Material para anotações)

Esse ano, aproveitei o interesse de alguns alunos no anime Cavaleiros dos Zodíaco, e também relacionei as representações das forças da natureza que muitos Orixás trazem consigo com a Mitologia Grega. Esse foi um elemento que reforçou a ideia de que cada crença trás uma explicação válida a quem acredita e por isso deve ser respeitada, além de complementar as explicações anteriores sobre religiões politeístas e monoteístas.

Para iniciar passei os dois vídeos abaixo, seguindo da exibição e explicação dos slides (na sequencia) e finalizando com um pequeno texto no quadro.



(Dica: O projeto A Cor da Cultura disponibiliza um conjunto de episódios  sobre diferentes questões referentes ao recorte étnico-racial afro. Muitas escolas também possuem o Kit do Cor da Cultura de maneira física, podendo deixar as experiências ainda mais ricas.)


A dinâmica já melhorou um pouco mais, entretanto, devido ao desinteresse e desmotivação do fim do ano por parte da turma, ficou um pouco limitado o alcance das explicações.

E como trabalho sobre a temática, tendo em vista a época do ano, fizemos um presépio. A ideia era que fossem criados presépios com os orixás, pelos alunos que se sentissem confortáveis de fazer isso e os tradicionais pelo resto. O obstáculo nesse ponto foi a dificuldade de achar materiais dos orixás que se enquadrassem na ideia do colorir e recortar, portanto, ninguém se dispôs para o presépio afro pois os materiais eram bem menos atrativos.



Aula2711 from Eduarda Bonora Kern - Material Base

Ainda preciso melhorar bastante para trabalhar de uma maneira efetiva a questão, imagino que essa altura será necessário pesquisar alguns materiais e leituras para aprimorar o processo criativo, mas mantenho a certeza de como é fundamental dar atenção a esse assunto, principalmente nas aulas de Ensino Religioso.

fonte:http://sociologiaemteste.blogspot.com.br/2012/12/matriz-afro-no-ensino-religioso.html

Posicionamento da Comunidade Bahá’í do Brasil sobre a Presidência da CDHM-CD




O Presidente eleito da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, tendo em vista seu perfil pessoal e ideológico e o histórico de suas manifestações públicas, tem provocado uma série de reações que nos convidam a uma reflexão mais profunda. Trata-se da ausência da aplicação de um princípio norteador universal, com critérios para a eleição de quem pleiteie tal cargo, independentemente do partido ao qual esteja filiado – algo que já gerou situações similares naquela comissão no passado e agora se repete na atual legislatura.
Há paralelos que podem ser considerados na busca de uma solução para esta questão, como a própria composição do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH-ONU). Para integrá-lo, um país deve cumprir com determinados quesitos de promoção, proteção e defesa dos direitos humanos:
A Resolução 60/251 da Assembleia Geral das Nações Unidas afirma os critérios de adesão que "ao eleger os membros do Conselho, os Estados-Membros devem ter em conta a contribuição dos candidatos à promoção e proteção dos direitos humanos e suas promessas e compromissos voluntários dos mesmos" (parágrafo nº 8). 1
O compromisso assumido diante do CDH-ONU pressupõe que o país manterá os padrões universalmente aceitos para os direitos humanos e enumera as ações assumidas por esse Estado na promoção e proteção dos direitos humanos. Tipicamente inclui-se uma listagem da participação do país em instituições internacionais, a qual está disponível para verificação pública.
Além disso, os candidatos devem aceitar que serão submetidos a avaliações periódicas, pelos demais países, de seu histórico de direitos humanos, algo conhecido como Mecanismo de Revisão Periódica Universal, caso conquistem um assento no CDH-ONU. Mesmo à luz das dificuldades conceituais e operacionais na efetivação dos direitos humanos, o reconhecimento deste conjunto de critérios como algo fundamental para assegurar um padrão mais elevado de integridade dos postulantes a membro do CDH-ONU permite que mecanismos estejam a postos para elevar gradualmente o padrão de conduta dos países que compõem o Conselho.
Uma experiência brasileira que pode ser útil no contexto da CDHM foi a elevação do padrão de postulantes a cargos eletivos públicos por meio da Lei da Ficha Limpa2. A lei é um mecanismo que permite assegurar de forma mais criteriosa que candidatos representem os valores morais e éticos mais elevados da sociedade brasileira. Sabemos que muito ainda podemos avançar em relação aos padrões de representatividade. Ainda assim, a Lei da Ficha Limpa desponta-se com esta intenção, e não coincidentemente recomendamos sua aplicação como critério nas futuras eleições do Parlamento do Mercosul.
A Comunidade Bahá'í do Brasil acredita que é chegado o momento de se aplicar princípios condizentes com a luta pelos direitos humanos, que vem sendo construída há décadas em nosso país, para assegurar a coerência das representações na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, assim como nas demais comissões do Congresso Nacional brasileiro. Esses princípios e critérios devem ser tomados como ferramentas para que, diante do sistema político-partidário que compõe a estrutura democrática do país, o jogo político não implique em escolhas prejudiciais à isenta condução dos temas que as referidas comissões da Câmara e do Senado Federais têm, regimentalmente, a obrigação de promover, de acordo com os melhores interesses da Nação.
Cientes de que a definição desses princípios e critérios deverá passar por ampla consulta junto à sociedade civil, apresentamos algumas indagações que poderão nos auxiliar a amadurecer a ideia: Quais seriam os padrões exigidos para que um parlamentar pudesse representar com dignidade e representatividade o povo brasileiro na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ou do Senado? Quais seriam os critérios adotados para avaliar-se o perfil de um parlamentar que tem por função assegurar o avanço da efetivação dos direitos humanos no Brasil e assegurar que as demais nações caminhem no mesmo sentido? Seria este padrão uma ferramenta preventiva para assegurar uma composição de membros que compreenda a diversidade humana? Estes critérios seriam garantidores de que somente participarão destas comissões parlamentares que compreendam a justiça como expressão prática da convicção de que o progresso humano está no alinhamento entre os interesses do indivíduo e da sociedade e que assim sirvam e representem com dignidade todo o povo brasileiro?
Apresentamos abaixo algumas possíveis respostas a essas perguntas, como uma contribuição para o processo a que nos referimos acima. Um(a) parlamentar que pleiteie ser membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal deve:
  • Apresentar um histórico pessoal na promoção e defesa de direitos humanos, de forma ampla e incondicional;

  • Apresentar uma proposta de ação como futuro membro da comissão, compatível e alinhada com todos os instrumentos internos de defesa, promoção e garantia dos direitos humanos, bem como dos instrumentos internacionais do qual o Brasil é signatário;

  • Estar livre de condenações, denúncias ou associação a situações que violem qualquer dos direitos humanos constantes nos mecanismos internos e externos acima mencionados.

Conclamamos as organizações e movimentos de direitos humanos, assim como a totalidade da sociedade civil brasileira, a dialogar a respeito do tema e assumir a responsabilidade pelo debate maduro acerca dessas questões. A reflexão sobre o princípio de estabelecimento de critérios e sua operacionalização deverá dar-se de forma democrática e participativa para que, de fato, padrões e critérios alinhados com a justiça e os direitos humanos pautem o pensamento e a ação dos futuros membros e presidentes das comissões temáticas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
2 http://www.fichalimpa.org.br/index.php/main/ficha_limpa