sábado, 30 de março de 2013

A história da diáspora judaica


A história da diáspora judaica


A história da diáspora judaica se deu por razões que ameaçavam a existência do povo judeu: perseguições, guerras, preconceitos. O que os levou, em diversos momentos, a buscarem melhores condições de sobrevivência em novos lugares, dentre eles, o chamado Novo Mundo.
No Brasil temos o registro da presença dos judeus desde o século XVII, e especificamente no Paraná os primeiros judeus chegaram por volta de 1880. Segundo pesquisas, eles eram oriundos da Galícia Austríaca, com cinco homens e três mulheres da família Flacks, e dois irmãos da família Rosenmann. Eles se estabeleceram na recém criada colônia agrícola de Tomás Coelho, hoje Barigui.
Ao se instalarem em solo paranaense, a semelhança do que ocorreu no restante do Brasil, os judeus se dedicaram às atividades comerciais, vendendo principalmente produtos agrícolas, em especial os cereais, o que facilitou a relação com os agricultores de Tomás Coelho. Os Flacks e os Rosenmann uniram-se e organizaram um armazém de secos e molhados, onde comercializavam os gêneros agrícolas dos camponeses.
Ao deixar a colônia de Tomás Coelho, apenas Max Rosenmann foi para o centro urbano da cidade de Curitiba. Os Flacks retornaram à Europa a fim de casarem seus filhos com pessoas da comunidade judaica, para que assim garantissem a continuidade de suas tradições. Rosenmann instalou, no centro de Curitiba, um moinho a vapor, e, com o passar dos anos, foi se estabelecendo, tornando-se um líder da pequena comunidade que já se formava. Passou a exercer um papel de elemento congregador, que buscava preservar a identidade do grupo, organizando as principais cerimônias do rito religioso judaico, como o Shabat (dia do descanso para os judeus que se reúnem para rezar), o Sêder de Pêssach (cerimônia religiosa referente a páscoa judaica que relembra a saída do povo hebreu do Egito), o Yom Kipur (Dia do Perdão) e o Rosh Hashaná (ano novo judaico baseado no calendário lunar). Ele também se preocupava com os ritos referentes ao nascimento (Brit Milá, cerimônia de circuncisão da criança menino) e a morte (Chevra Kadisha, serviços funerários).
Pouco a pouco a comunidade foi crescendo, e havia a necessidade de se criar grupos de ajuda mútua para o auxílio aos refugiados de guerra na Europa e na integração dos novos imigrantes, que começavam a aportar em Curitiba. Assim, em 1917, surge um Comitê Feminino formado pelas esposas dos imigrantes pioneiros, que tinha como objetivo integrar os novos imigrantes que chegavam à cidade. Com o aumento desse grupo houve a tentativa de se criar, de maneira mais efetiva, uma Kehilá (comunidade), que pudesse congregar a todos. Tal tentativa culminou com a organização do Centro Israelita do Paraná, no ano de 1920. Em seguida, o esforço foi para adquirir uma propriedade onde pudessem construir uma sinagoga e também um Centro Cultural e Social, para preservar e difundir a tradição e a cultura judaica.
Após a criação do Centro Israelita, outras instituições foram organizadas, tendo em vista as necessidades desse grupo. Em 1925, através de uma doação, a comunidade estabeleceu o seu primeiro cemitério, no bairro Água Verde. Hoje a comunidade possui outros dois cemitérios, um no bairro Santa Cândida e outro no bairro Umbará. Em um segundo momento criou-se a escola israelita, com sede própria, sendo o terreno doado por um dos líderes da comunidade, Salomão Guelmann, no ano de 1935. A escola ganhou o nome do seu benfeitor e, inicialmente, localizava-se na Rua Lourenço Pinto, sendo transferida na década de 1970, para a sua sede atual, na Rua Nilo Peçanha. Com a escola tinha-se o objetivo de manter a educação, as tradições, os costumes e a cultura judaica, além da preocupação com o estudo da Torá (o Pentateuco ou os cinco primeiros livros da Bíblia), a literatura, principalmente em iídiche língua com elementos do alemão e do hebraico).
Com a nova sede da escola e do clube, nos anos de 1970, pôde-se organizar melhor a vida comunitária, e em 2009 a comunidade comemorou 120 anos no Paraná. Como parte dessa comemoração houve vários eventos, dentre eles, o concerto musical da cantora de origem judaica, Fortuna, e o Coro de Canto Gregoriano de São Paulo. A comunidade autorizou o projeto de uma nova Sinagoga, que fará parte do conjunto onde se localiza a escola e o Centro Israelita do Paraná (CIP). As cerimônias religiosas já estão ocorrendo nesse novo local, juntamente com as ações sociais e culturais.
Atualmente a Comunidade Judaica Paranaense conta com aproximadamente 1.000 famílias, que em sua maioria, vivem em Curitiba. No mês de setembro de 2011 foi inaugurada a nova Sinagoga Bet Yaacov, e em novembro será inaugurado o primeiro Museu da Shoa do Brasil.
Fonte: Instituto Cultural judaico Brasileiro “Bernardo Schulman” via http://www.oikehila.com.br/quem-somos/ 

O que é a dança segundo Muniz Sodré


compartilhando de Valéria Rosa Pinto

(...) a dança é um ponto comum entre todos os ritos de iniciação ou de transmissão do saber tradicional. Ela é manifestadamente pedagógica ou "filosófica", no sentido de que expōe ou comunica um saber ao qual devem estar sensíveis as gerações presentes e futuras. Incitando o corpo a vibrar ao ritmo do cosmos, provocando nele uma abertura para o advento da divindade (o êxtase), a dança enseja uma meditação, que implica ao mesmo tempo corpo e espírito, sobre o ser do grupo e do indivíduo, sobre arquiteturas essenciais da condição humana," Muniz Sodré

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