domingo, 22 de setembro de 2013

ANTIGA E MISTICA ORDEM ROSACRUZ AMORC - Quem São Eles

* 30 dicas para ajudar seu filho a lidar com o Bullying *



Saiba o que fazer para ajudar o seu filho a superar situações de Bullying na escola
Texto Marion Frank

Fala-se muito hoje em bullying. A palavra, originária da língua inglesa, é empregada boa parte das vezes de modo errado, espécie de caldeirão onde se joga tudo de ruim que pode acontecer em sala de aula. Há crianças que sofrem, no dia a dia escolar, situações que lhes causam mal, mas que não podem ser chamadas de bullying. Há quem veja apenas como brincadeira o que é percebido, no outro, como agressão e razão de infortúnio. Há crianças, vítimas de bullying, que também são entendidas como as responsáveis por esse tipo de situação - nem sempre o agressor é quem dá início a esse tipo de violência, algo que os pais não conseguem admitir, particularmente, os da criança agredida. Nove fora, a falta de informação sobre o tema é enorme, tornando o bullying uma violência que atinge a todos, os pais incluídos.

"O bullying acontece, quando existe um movimento real contra uma determinada criança", esclarece a psicóloga e psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo. "É uma campanha, uma perseguição contra um alvo muito bem definido." Com mais de 38 anos de experiência no trato com alunos das mais variadas personalidades e histórias familiares, Nivea já viu de tudo um pouco. Tem, portanto, expertise de sobra para colocar os pingos nos iis em relação a um tema tão atual e afeito a provocar dúvidas. Em sua opinião, são nas escolas maiores, onde as relações ocorrem de modo impessoal e a capacidade de controle é menor em face do número de alunos, que as possibilidades de acontecer bullying crescem e causam apreensão. "Nessas escolas, existem hoje três grupos de alunos, os nerds, os populares e os bobos - já ouvi muita criança dizer que não pode ser nerd ou "CDF", caso contrário, não será querida da classe", Nivea descreve. "Os bobos? Não se misturam com o resto dos alunos".

Começa, então, a funcionar uma divisão social dentro de uma grande escola típica do universo paulistano, por exemplo. O bullying? Ele acontece, quando um desses grupos implica com um determinado aluno, a crítica se propaga ferozmente pelas redes sociais e o caos se instala. Em especial, em casa. Porque os pais pouco ou nada conseguem fazer para ajudar os filhos, sejam eles os agredidos ou agressores, a sobreviverem ao contato com o bullying - na opinião de Eric Debarbieux, diretor do Observatório Internacional das Violências nas Escolas, "uma das violências mais graves que o ser humano pode sofrer."

Apesar da gravidade do problema, Birgit Möbus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, faz questão de alertar que o bullying é muito sensível à intervenção das autoridades - no caso da escola, dos professores, supervisores e mesmo diretores. "Mas é preciso que a comunidade escolar se envolva como um todo para combater essa violência de modo a reduzir efetivamente o número e a gravidade dos casos", adianta.

Ou ainda: a situação é grave, mas há solução à vista. Faz parte dela a adoção de atitudes no ambiente escolar, caso do respeito e da generosidade, entre outras. "São palavras aparentemente vagas, mas bastante sérias... a criança hoje fica brava por muito pouco!", aponta Nivea. E isso não pode continuar assim, certo? "É desde pequeno que se aprende ser possível vencer, ao lado do outro, os obstáculos que a vida impõe", lembra Gisela Sartori Franco, psicóloga e especialista em Convivência Cooperativa. "A gentileza, o consenso e o diálogo, infelizmente, não são hoje treinados em sala de aula, daí a necessidade dos pais estarem atentos à rotina escolar e exigirem, nas reuniões com professores, mudanças no currículo escolar."

Eis uma sugestão de como os pais devem se comportar para ajudar seus filhos a sobreviverem - com saúde! - ao contato com o bullying. Com a ajuda das especialistas Nivea Maria de Carvalho Fabrício, Birgit Möbus e Gisela Sartori Franco, destacamos outras de igual importância a seguir.

Para ler abaixo:

1. O envolvimento dos pais no dia a dia escolar
Os pais precisam, mais do que nunca, entender a necessidade da educação e, como consequência, jamais se afastar da rotina dos filhos em sala de aula

2. Ajuda para a família
Pais precisam ser ajudados a serem pais, porque a sociedade anda permissiva demais e eles se sentem perdidos ante essa realidade

3. Não tirar o filho imediatamente da escola onde sofreu bullying
Primeiro, é importante trabalhar com os professores e a direção dessa escola de modo a resolver o problema, porque será muito importante para ele vencer o bullying no ambiente onde foi vítima

4. A atenção ao tempo
Se não der certo - e é preciso atenção para a evolução do problema, não deixar passar o tempo em demasia... -, recomenda-se a transferência, se possível, para uma escola preparada para dar suporte a essa criança

5. Observar de onde parte o bullying
Vale a pena insistir aqui no ponto nevrálgico: nem sempre o agressor é quem deu início ao bullying, mas sim quem se faz de vítima. Ou ainda: tudo pode se resumir a uma forma (desesperada) de chamar a atenção de quem se sente excluído, marginalizado, pelos colegas de classe

6. O tema e a sala de aula
Por ser um assunto de sala de aula, o bullying precisa ser tratado com ela por inteiro. Em outras palavras: os pais não devem se preocupar em proteger apenas o próprio filho, seja ele o agredido ou o agressor ou apenas testemunha desse tipo de violência

7. O tema e a reunião de pais
Na reunião de pais e professores, esse assunto deve ser tratado de modo a que todos participem - e não isoladamente, atingindo apenas os envolvidos com o caso de bullying

8. A cobrança dos pais
Pais devem exigir imediatamente da escola uma estratégia de trabalho que envolva o agressor, o agredido e o grupo por inteiro

9. A manutenção do diálogo
Em casa, pai e mãe precisam conversar diariamente com o filho sobre as aulas, mesmo que ele tenha uma reação negativa, do tipo "ah! que conversa chata!" etc. Claro, existe a medida adequada e ela varia de criança para criança. Mas o importante, neste caso, é criar o hábito da conversa entre pais e filhos

10. Incluindo a conversa no dia a dia da família
Essa conversa pode se tornar um ritual a ser integrado na refeição do domingo, por exemplo. Um momento de aproveitar a reunião familiar para que cada um fale de si mesmo.

11. Falta de tempo não é pretexto
Não dá para usar o pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa grande parte do dia para justificar a falta de tempo para ajudar o filho em um momento tão difícil da vida

12. Colocar-se no lugar do outro
Às vezes, basta dizer para o seu filho, "você gostaria que alguém falasse dessa forma com você? Pois, eu não gosto, fico triste..." É importante se colocar no lugar do outro, sentir na pele que a brincadeira feita não tem a menor graça... Brincadeira só vale quando todos se divertem - e nunca quando acontece à custa de outro. Isso é fundamental e os pais devem trabalhar essa questão, conversando com seus filhos desde a infância

13. Troca de informações
Sem essa troca de informações entre pais e filhos, uma situação de bullying pode já estar ameaçando o cotidiano escolar - e nenhum adulto se deu conta dos sintomas dessa violência no comportamento da criança e/ou do jovem. Que se mostra mais irritadiço e angustiado, inventando desculpas para não ir à escola etc.

14. Busca por ajuda
É na conversa com o filho que os pais vão perceber o porquê da agressividade e da insatisfação, orientando a buscar outras formas de se expressar. Se os pais não souberem fazê-lo, não há razão de constrangimento - ao contrário, devem pedir ajuda a quem foi treinado para isso, na escola

15. Pressões psicológicas
Se os pais perceberem que o filho está de fato sofrendo algum tipo de pressão psicológica no ambiente escolar, precisam informar professores e direção da escola para que a questão seja tratada de modo cuidadoso o quanto antes!

16. A hora de intervir
Muitas vezes a escola não sabe que está ocorrendo uma situação de bullying até porque ela acontece fora da sala de aula e, portanto, longe do olhar do professor. Mesmo sem provas, é importante intervir. Atenção: a escola é a autoridade na relação entre alunos - e não os pais!

17. O exercício da autoridade
O bullying é muito sensível à intervenção das autoridades, ou seja, dos professores, supervisores e até mesmo diretores. Em especial, quando desperta o envolvimento da comunidade escolar como um todo no combate a essa violência

18. O equilíbrio da autoestima
O bullying é resultado de uma relação interpessoal em desequilíbrio. Há, portanto, de se cuidar dos dois lados envolvidos - existe um problema de autoestima a ser trabalhado, tanto em relação ao agressor quanto ao agredido

19. A parceria da escola e das famílias
Cada escola tem a sua maneira de agir, mas o que se espera é que ela seja parceira dos pais do aluno que é vítima de bullying - e também daquele que é entendido como agressor. O ideal: aproximar as duas famílias de modo a envolvê-las na solução do problema. Porque todas elas são perdedoras em uma situação de bullying

20. Postura assertiva
Pais e professores precisam se unir para ensinar às crianças e aos jovens a serem assertivos - ou seja, saberem se expressar de modo positivo quando algo os incomoda, fazendo o outro entender que há limites que não podem ser ultrapassados

21. Respeito às diferenças
O respeito às diferenças precisa ser exercitado diariamente no ambiente escolar. Os pais devem exigir que os professores de seus filhos trabalhem nessa direção em sala de aula de modo a que uma situação de bullying não volte a acontecer entre os alunos. Que não precisam ser amigos, mas sim precisam se respeitar um ao outro

22. Dinâmicas de grupo
É recomendado que se faça uma dinâmica de grupo com os alunos da classe onde ocorreu um caso de bullying, conversar individualmente sobre o problema, verificar em que estágio a campanha de Bullying se encontra disseminada na rede social e, se necessário, coibir o uso da rede por um tempo determinado

23. Uso da internet
Com ou sem bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos, eles não podem ter liberdade total no exercício dessa atividade - os pais devem ter acesso às redes sociais do filho como espectadores, jamais devem participar!

24. Inspiração de confiança
Pais não são amigos dos filhos, mas sim pais. E, nesse papel, precisam orientar. Não podem confundir o papel, até porque a criança precisa ter no pai e na mãe uma figura de autoridade, pessoas que inspiram confiança e representam um porto firme para ela

25. A vitimização dos filhos
Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas. Quem pensa só em defender, se esquece que ninguém é santo, muito menos o próprio filho

26. Despertamento da coragem
Tentar despertar coragem no filho com a frase "não leve desaforo para casa!", impondo respeito na base da agressão, é o pior que se pode fazer a uma criança indefesa. Não é com esse troco que se constrói um ambiente de solidariedade entre os colegas

27. Conversa aberta
Quando os pais percebem que seus filhos são autores de bullying ou mesmo testemunhas desse problema no ambiente escolar, devem conversar abertamente com eles a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajudar à escola. Porque quem é autor ou testemunha desse tipo de violência também está sofrendo e precisa ser cuidado!

28. Os pais e o sucesso dos filhos
Os pais se consideram responsáveis pelas vidas dos seus filhos, quando são, na verdade, responsáveis até a página 50 - daí pra frente ou mesmo antes disso, os filhos vão fazer o que lhes dão na veneta... O sucesso não depende mais dos pais, mas sim deles próprios

29. Culpa dos pais?
Cabe aos pais darem o maior número de instrumentos necessários para os filhos terem sucesso. Entretanto, como eles vão usá-los, bem, isso já não é mais responsabilidade paterna. E o problema está aí: os pais se sentem culpados de verem os filhos fazerem tudo errado e, com a pressão da culpa, não conseguem mais ajudar

30. Além da escola
Atenção: o bullying pode acontecer não apenas no ambiente escolar, mas também no bairro. É quando o seu filho pode não ser aceito pela turma por se recusar a beber ou fumar. Seja qual for a situação lembrem-se: uma das estratégias fundamentais na luta contra essa forma de violência é a aliança entre pais e escola. Sempre