segunda-feira, 27 de maio de 2013

“No Brasil os negros são livres, mas não têm dignidade”, comenta protagonista de “Faroeste Caboclo

Estefani Medeiros
Do UOL, em São Paulo
27/05/2013    05h00
O ator Fabricio Boliveira diz que João de Santo Cristo de "Faroeste Caboclo" é um espelho do povo brasileiro
O ator Fabricio Boliveira diz que João de Santo Cristo de “Faroeste Caboclo” é um espelho do povo brasileiro
Dos nove minutos de “Faroeste Caboclo”, um verso costura a história de Fabrício Boliveira a João de Santo Cristo, personagem da música do Legião Urbana que é apresentado ao público na estreia da adaptação cinematográfica homônima nesta sexta (31). Migrante nordestino da Bahia, Boliveira também sofreu “discriminação por causa de sua classe e sua cor”.
“Tem uma coisa da dignidade do João que acho que é quase rara no Brasil e consigo me ver um pouco”, diz Boliveira em entrevista ao UOL. “Que é de uma família negra e que de algum jeito tem a autoestima resolvida. Lembro que quando era pequeno, a minha mãe falava: ‘Fabrício, veste a camisa! Já viu preto sem camisa?’. É muito forte você crescer com isso. Por que eu sou preto preciso vestir uma camisa e representar alguma coisa que não sou? Isso é uma coisa que era um comentário da minha mãe. Mas por outro lado, me deixava muito fortalecido, muito seguro das minhas escolhas, das minhas opções.”
O protagonista acredita que apesar de o Brasil ser um país democrático, o preconceito racial está enraizado no dia a dia, e o filme mostra isso em diferentes cenas. Em uma delas, depois de conhecer João, o senador Ney (Marcos Paulo), pai de Maria Lucia (Isis Valverde), questiona se a filha está metida em confusão. De prontidão ela responde com uma pergunta: “Só porque ele é preto?”.
“O João traz isso muito forte na dignidade dele. Que é o que falta no Brasil, é uma diferença entre liberdade e dignidade. Aqui no Brasil, os negros são livres, mas não têm dignidade, não têm condição de sustento básico para olhar horizontalmente para alguém”, comenta o ator em tom de desabafo, como se quisesse falar com a presidente.
Em “Faroeste Caboclo”, o baiano se transforma em um anti-herói de cordel inspirado no bang bang do sertão brasileiro. O diretor René Sampaio disse que a escolha de Fabrício ajudou a dar um contexto político ao filme, o que o ator concorda.
“Era mais ‘West Side Story’ no começo, eu achava. Uma briga de gangues jovial”, comentou, com gestos expressivos em conversa em São Paulo na última semana. “Mas esse filme se passa no Brasil, né? Nós temos muitas questões para poder abordar e não tem por que não abordar e ser um filme leve. Foi bacana contribuir com minhas experiências pessoais para fazer um filme mais profundo.”
Para ele, o amor entre Maria e João é um “exemplo de como lidar com as diferenças e atravessar o preconceito para mostrar o que está atrás dos olhos dos outros”.
“É o caminho mais óbvio que a gente tem pra sobreviver nesse mundo. Uma linda história de amor que parece que não pode dar certo, que no filme não dá certo, mas é um mito de como poderia dar certo um pouco mais a frente. O filme não é derrotista e sim abre possibilidades e questões. Muitos caminhos podem ser atingidos antes que a gente puxe uma arma e dê um tiro em alguém só por uma diferença ou por acreditar em um mito darwinista que é totalmente obsoleto.”
René disse que não procurou estereótipos nos atores que poderiam viver o carpinteiro. Mas Fabrício conta que a ideia da mãe de Renato, Carmem Manfredini, era que o papel fosse de um ator mulato. “A gente visitou a casa dela, falamos muito sobre o Renato. E foi engraçado que ela questionava o fato do João ser negro. Por que ela achava que o Renato tinha pensado num ator mestiço. A ideia do Renato era que o João fosse o Ângelo Antonio e a Maria Lucia, a Letícia Sabatella, a princípio. Então ela ficou com esses personagens na cabeça, mas eu rapidamente disse pra ela que o que importava era ter um ator que os olhos brilhassem, e os meus estavam brilhando por essa história. Então, eu assumia a responsabilidade. E foi muito bom encontrar ela na pré-estreia em Brasília, ela estava mega realizada e feliz.”
Ator acredita que João de Santo Cristo é um alter-ego de Renato Russo
Boliveira conta que o contato com as informações passadas pela família de Renato ajudaram a criar sua teoria de que o personagem da música era um alter-ego do líder da Legião Urbana. “É uma interpretação minha. O João como trovador solitário, uma coisa que o Renato também era. A diferença é que o Renato estava numa situação diferente em Brasília. Era filho de um militar, envolvido com política, um cara que tinha uma boa condição social, era branco e nascido no Rio de Janeiro, ou seja, estava lá em uma boa situação. E acho que na década de 80 ele se questionou como seria se ele fosse um dos caras que ajudou a construir Brasília, um candango, se fosse negro, nordestino e pobre. Ele se questionou como essa cidade tratava essas pessoas, como a cidade o tratava na década de 80. E trazemos isso pro hoje com o filme. Quem são os Joãos que estão nas cidades satélites e espalhados por esse Brasil?”.
Para chegar a essas conclusões, Boliveira diz que foi essencial o processo de imersão na obra do poeta. “Foi muito bonito poder dialogar com um artista como o Renato Russo, poder cruzar meu trabalho com o trabalho dele. Para mim, é a maior honra de todas. E, é claro, mexer com o que está na mente das pessoas. Materializar um mito, isso é muito forte também. Para mim é inusitado, eu nunca fui mito”, comenta entre risos.
Outro ponto mencionado é o fato de João tê-lo feito crescer como protagonista. “É muito bom ser também corifeu de uma história, poder contar uma história com meu recorte, com meu olhar. Tenho mais de doze anos de carreira e é a primeira vez que protagonizo. Acho que já estava preparado pra falar um pouquinho das minhas experiências misturadas com outras histórias. Espero que venham muitos outros.”
Boliveira se prepara para viver Skunk em filme sobre o início do Planet Hemp
No segundo semestre, Boliveira deve continuar contando histórias, mas dessa vez em filme sobre Skunk, fundador e melhor amigo de Marcelo D2 no Planet Hemp. O longa é dirigido por Jhonny Araújo e deve chegar aos cinemas no próximo ano.
“A gente teve umas pequenas reuniões e leituras de texto com o Marcelo, ele contando histórias incríveis do Skunk. Estou excitadíssimo”, comenta. “E é um filme que abre outras discussões. O filme fala sobre o começo da banda, da história do Planet Hemp, do Planeta Maconha, dentro do Brasil, superousados, querendo discutir a droga, o crime aliado a droga. Têm histórias de banda, da tentativa, da amizade dos dois. O Marcelo sempre fica emocionado quando ele fala do Skunk, o filme é quase uma homenagem ao Skunk. Quando a banda faz sucesso o Skunk morre, então é tipo: ‘tudo que nós somos hoje e o cara não ta aqui para ver’. Para eles é muito forte.”
Fabrício, que já atuou em “Tropa de Elite”, é um rosto conhecido da televisão brasileira. Seu último trabalho foi o gari Cleiton na série “Subúrbia”. E apesar de já ter quase doze anos de carreira, o que incluiu atuações nas novelas “Sinha Moça” e “A Favorita”, é no ano que termina em um número de azar que Fabrício concentra a sua maior parte de trabalhos nas telonas. Até o início de 2014, Boliveira viverá Milton Nascimento, atuará em “Nise da Silveira: Senhora das Imagens” e terá feito participações na cinebiografia do carnavalesco Joãosinho 30 e da banda Calypso. Ainda existem especulações de que pode viver Pelé no filme sobre o jogador.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Biblia de 1500 anos é encontrada e pode mudar o Cristianismo



Uma Bíblia de mais de 1500 anos foi descoberta na Turquia e causa preocupação ao Vaticano. Isso porque a tal bíblia contém o evangelho de Barnabé, que teria sido um dos discípulos de Cristo que viajava com  o apóstolo Paulo e descreve Jesus de maneira semelhante à pregada pelareligião islâmica.


O livro teria sido descoberto no ano 2000, e foi mantido emsegredo na cidade de Antara. O livro, feito em couro tratado e escrito em um dialeto do aramaico, língua falada por Jesus, tem as páginas negras, por causa da ação do tempo. De acordo com as notícias; peritos avaliaram o livro e garantiram que o artefato é original

Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.

O Vaticano teria demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e seu conteúdo.

Acredita-se que a igreja Católica durante o Concílio da Nicéia tenha feito a seleção dos Evangelhos que fariam parte da Bíblia, suprimindo alguns, dentre deles possivelmente o Evangelho de Barnabé. Há ainda a crença de que existiram muitos outros evangelhos, conhecidos como Evangelhos do Mar morto.



FONTE: : Daily Mail

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Uma Oração Indígena




Meu avô é o fogo
Minha avó é o vento
A Terra é minha mãe
O Grande Espírito é meu pai
O Mundo parou quando nasci
E se colocou aos meus pés
E eu irei engolir toda a Terra
Quando morrer
Assim a Terra e eu seremos um só
Salve o Grande Espírito, meu pai
Ninguém existiria sem ele
Porque não haveria a vontade de viver
Salve a Terra, minha mãe
Sem a qual o alimento não poderia ser
plantado
Salve o Vento, minha avó
Pois ela nos traz a amorosa e fecunda
chuva que nos alimenta assim como
alimenta nossas plantações
Salve o fogo, meu avô
Pela sua luz, pelo seu calor e o conforto
que ele nos traz
Salve meus pais e avós
Sem os quais
Nem eu
E nem você
E nem ninguém
Poderia existir
A Vida dá a Vida
Que dá a si mesma
A promessa de uma nova vida
Salve o Grande Espírito, a Terra, o vento, o fogo
Honremos com toda força os meus pais
Pois eles são os seus pais também
Ó Grande Espírito, que me deu a vida
Por favor, aceite esta oração como uma humilde oferta
Esta oferenda de devoção
Esta honesta reverência do meu amor por vocês.

Cromo Caio

Alma Celta

Uma Oração Indígena

Meu avô é o fogo
Minha avó é o vento
A Terra é minha mãe
O Grande Espírito é meu pai
O Mundo parou quando nasci
E se colocou aos meus pés
E eu irei engolir toda a Terra
Quando morrer
Assim a Terra e eu seremos um só
Salve o Grande Espírito, meu pai
Ninguém existiria sem ele
Porque não haveria a vontade de viver
Salve a Terra, minha mãe
Sem a qual o alimento não poderia ser
plantado
Salve o Vento, minha avó
Pois ela nos traz a amorosa e fecunda
chuva que nos alimenta assim como
alimenta nossas plantações
Salve o fogo, meu avô
Pela sua luz, pelo seu calor e o conforto
que ele nos traz
Salve meus pais e avós
Sem os quais
Nem eu
E nem você
E nem ninguém
Poderia existir
A Vida dá a Vida
Que dá a si mesma
A promessa de uma nova vida
Salve o Grande Espírito, a Terra, o vento, o fogo
Honremos com toda força os meus pais
Pois eles são os seus pais também
Ó Grande Espírito, que me deu a vida
Por favor, aceite esta oração como uma humilde oferta
Esta oferenda de devoção
Esta honesta reverência do meu amor por vocês. 

Cromo Caio

Alma Celta

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Xamanismo

http://www.facebook.com/pages/Xamanismo/244725175635206


Os xamãs foram os primeiros professores, profetas, contadores de histórias, artistas místicos e investigadores da natureza. Tinham desenvolvidas no mais alto grau as suas capacidades mentais e aplicavam o conhecimento intuitivo animal, que reside em nosso sistema límbico - area primitiva co cérebro conectada com a memória animal, que diz respeito à mente prólógica. Daí o xamã trabalhar com seus animais de poder, que são seres espirituais que lhe protegem e servem, manifestações da sua outra identidade, e que podem ser descobertos por todas as pessoas em seu mundo interno.

Na jornada às outras dimensões os xamãs tem os seus animais como seus cúmplices e as plantas de poder como seus agentes secretos; a percepção aguda dos seus animais auxiliares permite-lhe rastrear a enfermidade do paciente, e o vínculo com os seres vegetais lhe empresta o poder da cura. Para eles só existem os limites da imaginação.

A natureza é a sua grande aliada, e nela todos os seres são vivos e podem agir com finalidade certa. Afinal, almas e espíritos animam todas as coisas do universo por obra do sagrado.

O neófito é o possuidor de uma vocação xamânica, normalmente aflorada em meio a alguma espécie de crise, de prova, que simboliza o seu chamado. A tradição é repleta de histórias que narram o processo de iniciação ritual na arte do xamanismo, sendo muito conhecida a de Carlos Castañeda com seu mestre Dom Juan. O indivíduo com o destino de ser um xamã deve voltar sua sensibilidade para o misticismo, e para isso a realidade se encarrega de defrontá-lo com o sentido profundo da vida. Muitas vezes isso acontece com o surgimento de uma doença, que o futuro xamã conseguirá superar, vivendo o arquétipo junguiano do "curador ferido" - sua morte simbólica para o renascimento em outra consciência.

A entrada no transe que conduz à viagem xamânica exige uma alteração do estado de consciência. Nesse processo, o som, a dança, o canto e os objetos de poder vão criar os estímulos para isso. Com a consciência alterada, o xamã recebe impressões inacessíveis aos sentidos comuns, penetra na dimensão astral, em outros mundos. Esses mundos não são artificiais, mas tão reais quanto o mundo comum; artificiais podem ser os meios para se chegar até eles. A ciência tem estudado a natureza do transe xamânico, constatando a superioridade de certos estados de consciência alterada sobre o estado de consciência comum em que vivemos a maior parte do tempo.

A abordagem holística que caracteriza a cultura aquariana emergente tem conciliado com grande felicidade o terapêutico e o espiritual, o tradicional e o contemporâneo. Muitas técnicas multimilenares do xamanismo estão retornando ao presente, expressando-se na psicologia e em diversas modalidades de terapias alternativas, com a criatividade típica desse conhecimento arcaico. E a criatividade é uma condição essencial para o resgate do nosso ser original, para enfrentarmos - como bons xamãs modernos - a morte ritual do pequeno ego que nos fará renascer inteiros.

domingo, 12 de maio de 2013

Veja algumas,dentre inumeras personalidades negras que destacaram -se!!!


Lélia Gonzales

Filha de um ferroviário negro e de uma empregada doméstica indígena era a penúltima de 18 irmãos, entre eles o futebolista Jaime de Almeida, que jogou pelo Flamengo. Nascida em Belo Horizonte, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1942.

Graduou-se em História e Filosofia e trabalhou como professora da rede pública de ensino. Fez o mestrado em comunicação social e o doutorado em antropologia política. Começou então a se dedicar à pesquisas sobre relações de gênero e etnia. Foi professora de Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde chefiou o departamento de Sociologia e Política.

Ajudou a fundar instituições como o Movimento Negro Unificado (MNU), o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga e o Olodum. Sua militância em defesa da mulher negra levou-a ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), no qual atuou de 1985 a 1989. Foi candidata a deputada federal pelo PT, elegendo-se primeira suplente. Nas eleições seguintes, em 1986, candidatou-se a deputada estadual pelo PDT, novamente elegendo-se suplente.

Seus escritos, simultaneamente permeados pelos cenários da ditadura política e da emergência dos movimentos sociais, são reveladores das múltiplas inserções e identificam sua constante preocupação em articular as lutas mais amplas da sociedade com a demanda específica dos negros e, em especial das mulheres negras

Entre outras homenagens, Lélia Gonzalez tonrou-se nome de uma escola pública estadual no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro, de um centro de referência de cultura negra, em Goiânia, e de uma cooperativa cultural, em Aracaju. Foi citada pelo bloco afro Ilê Aiyê em duas edições do Carnaval baiano: em 1997, como parte do enredo Pérolas negras do saber, e em 1998, com Candaces.

O dramaturgo Márcio Meirelles escreveu e encenou em 2003 a peça teatral Candaces - A reconstrução do fogo, baseada em sua obra.

Em 2010, o governo da Bahia criou o Prêmio Lélia Gonzalez, para estimular políticas públicas voltadas para as mulheres nos municípios baianos.

Livros

Festas populares no Brasil. Rio de Janeiro, Índex, 1987.
Lugar de negro (com Carlos Hasenbalg). Rio de Janeiro, Marco Zero, 1982. 115p. p.9-66. (Coleção 2 Pontos, 3.)

Ensaios e Artigos

“Mulher negra, essa quilombola.” Folha de São Paulo, Folhetim. Domingo 22 de novembro de 1981.
“A mulher negra na sociedade brasileira.” In: LUZ, Madel, T., org. O lugar da mulher; estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro, Graal, 1982. 146p. p.87-106. (Coleção Tendências, 1.)
“Racismo e sexismo na cultura brasileira.” In: SILVA, Luiz Antônio Machado et alii. Movimentos sociais urbanos, minorias étnicas e outros estudos. Brasília, ANPOCS, 1983. 303p. p.223-44. (Ciências Sociais Hoje, 2.)
“O terror nosso de cada dia.” Raça e Classe. (2): 8, ago./set. 1987.
“A categoria político-cultural de amefricanidade.” Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, (92/93): 69-82, jan./jun. 1988.
“As amefricanas do Brasil e sua militância.” Maioria Falante. (7): 5, maio/jun. 1988.
“Nanny.” Humanidades, Brasília, (17): 23-5, 1988.
“Por um feminismo afrolatinoamericano.” Revista Isis Internacional. (8), out. 1988.
“A importância da organização da mulher negra no processo de transformação social.” Raça e Classe. (5): 2, nov./dez. 1988.
“Uma viagem à Martinica - I.” MNU Jornal. (20): 5, out./nov.[8]


oaquim Barbosa será eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no dia 10 de outubro.

O novo presidente do STF assume o cargo, possivelmente, no dia 21 de novembro (quarta-feira), uma semana após Carlos Ayres Britto, atual presidente, deixar o cargo por atingir a idade limite de 70 anos. Ao contrário do seu antecessor, Joaquim Barbosa cumprirá os dois anos de mandato, exceto se os problemas de saúde o impedirem de permanecer no cargo.

Joaquim Benedito Barbosa Gomes nasceu na cidade mineira de Paracatu em 7 de outubro de 1954. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84). Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado.

Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no HumanRightsInstitute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles Schoolof Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado para o STF pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.


ngenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um cantor, compositor e violonista brasileiro.

Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão. Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.

Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.

Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário. Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".

Junto com um grupo amigos sambistas do morro, Cartola criou o Bloco dos Arengueiros, cujo núcleo em 1928 fundou a Estação Primeira de Mangueira. Ele compôs também o primeiro samba para a escola de samba, "Chega de Demanda". Os sambas de Cartola se popularizaram na década de 1930, em vozes ilustres como Araci de Almeida, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas.

Mas no início da década seguinte, Cartola desapareceu do cenário musical carioca e chegou a ser dado como morto. Pouco se sabe sobre aquele período, além do sambista ter brigado com amigos da Mangueira, contraído uma grave doença - especula-se que seja meningite - ter ficado abatido com a morte de Deolinda, a mulher com quem vivia.

Cartola só foi reencontrado em 1956 pelo jornalista Sérgio Porto (mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta), trabalhando como lavador de carros em Ipanema. Graças a Porto, Cartola voltou a cantar, levando-o a programas de rádio e fazendo-o compor novos sambas para serem gravados. A partir daí, o compositor é redescoberto por uma nova safra de intérpretes.

Em 1964, o sambista e sua nova esposa, Dona Zica, abriram um restaurante na rua da Carioca, o Zicartola, que promovia encontros de samba e boa comida, reunindo a juventude da zona sul carioca e os sambistas do morro. O Zicartola fechou as portas algum tempo depois, e o compositor continuou com seu emprego público e compondo seus sambas.

Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo, e sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como "As Rosas Não Falam", "O Mundo é um Moinho", "Acontece", "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça), "Cordas de Aço", "Alvorada" e "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.


MILTON SANTOS

Milton Santos nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926. Ainda criança, migrou com sua família para outras cidades baianas, como Ubaitaba, Alcobaça e, posteriormente, Salvador. Em Alcobaça, com os pais e os avós maternos (todos professores primários), foi alfabetizado e aprendeu álgebra e a falar francês.

Aos 13 anos, Milton dava aulas de matemática no ginásio em que estudava, o Instituto Baiano de Ensino. Aos 15, passou a lecionar Geografia e, aos 18, prestou vestibular para Direito em Salvador. Enquanto estudante secundário e universitário marcou presença na militância política de esquerda. Formado em Direito, não deixou de se interessar pela Geografia, tanto que fez concurso para professor catedrático no Colégio Municipal de Ilhéus. Nesta cidade, além do magistério desenvolveu atividade jornalística, estreitando sua amizade com políticos de esquerda. Nesta época, escreveu o livro Zona do Cacau, posteriormente incluído na Coleção Brasiliana, já com influência da Escola Regional francesa.

Em 1958, concluiu seu doutorado na Universidade de Strasburgo, na fronteira da França com a Alemanha. Ao regressar ao Brasil, criou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais, mantendo intercâmbio com os mestres franceses. Após seu doutorado, teve presença marcante na vida acadêmica, em atividades jornalísticas e políticas de Salvador. Em 1961, o presidente Jânio Quadros o nomeia para a subchefia do Gabinete Civil, tendo viajado a Cuba com a comitiva presidencial - o que lhe valeu registro nos órgãos de segurança nacional após o golpe de 1964.

Exílio
Em função de suas atividades políticas junto à esquerda, Milton foi perseguido pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Seus aliados e importantes políticos intervieram junto às autoridades militares para negociar sua saída do país, após ter cumprido meio ano de prisão domiciliar. Milton achou que ficaria fora do país por 6 meses, mas acabou ficando 13 anos. Milton começa seu exílio em Toulouse, passando por Bordeaux, até finalmente chegar em Paris em 1968, onde lecionou na Sorbonne, tendo sido diretor de pesquisas de planejamento urbano no prestigiado Iedes.

Permaneceu em Paris até 1971, quando se mudou para o Canadá. Trabalhou na Universidade de Toronto. Foi para os Estados Unidos, com um convite para ser pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde trabalha com Noam Chomsky. No MIT trabalha em sua grande obra O Espaço Dividido. Dos EUA viaja para a Venezuela, onde atua como diretor de pesquisa sobre planejamento da urbanização do país para um programa da ONU. Neste país manteve contato com técnicos da Organização dos Estados Americanos. Estes contatos facilitaram sua contratação pela Faculdade de Engenharia de Lima, onde foi contratado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para elaborar um trabalho sobre pobreza urbana na América Latina.

Posteriormente, foi convidado para lecionar no University College de Londres, mas o convite ficou apenas na tentativa, já que lhe impuseram dificuldades raciais. Regressa a Paris, mas é chamado de volta à Venezuela, onde leciona na Faculdade de Economia da Universidade Central. Segue, posteriormente para Tanzânia, onde organiza a pós-graduação em Geografia da Universidade de Dar es Salaam. Permaneceu por dois anos no país, quando recebeu o primeiro convite de uma universidade brasileira, a Universidade de Campinas. Antes disso, regressa à Venezuela, passando antes pela Universidade de Colúmbia de Nova Iorque.

Retorno ao Brasil
No final de 1976, houve contatos para a contratação de Milton pela universidade brasileira, mas não havia segurança na área política e o contato fracassou. Em 1977, Milton tenta inscrever-se na Universidade da Bahia, mas, por artimanhas político-administrativas, sua inscrição foi cancelada. Ao regressar da Universidade de Colúmbia iria para a Nigéria, mas recusou o convite para aceitar um posto como Consultor de Planejamento do estado de São Paulo e na Emplasa. Esse peregrinar lhe custou muito, mas sua volta representou um enorme esforço de muitos geógrafos, destacando-se Armen Mamigonian, Maria do Carmo Galvão, Bertha Becker e Maria Adélia de Souza. Quanto ao seu regresso, Milton tinha um grande papel nas mudanças estruturais do ensino e da pesquisa em Geografia no Brasil.

Após seu regresso ao Brasil, lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) até 1983. Em 1984 foi contratado como professor titular pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), onde permaneceu mesmo após sua aposentadoria.[2]. Também lecionou geografia na Universidade Católica de Salvador.

Milton Santos veio a falecer em São Paulo no dia 24 de junho de 2001, aos 75 anos, vítima de um câncer de próstata.

A trajetória e o reconhecimento
Embora pouco conhecido fora do meio acadêmico, Santos alcançou reconhecimento fora do país, tendo recebido, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud (conferido por universidades de 50 países).

Sua obra O espaço dividido, de 1979, é hoje considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos.

Suas idéias de globalização, esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento - conceitos depois desenvolvidos por outros. Por uma Outra Globalização, livro escrito por Milton Santos dois anos antes de morrer, é referência hoje em cursos de graduação e pós-graduação em universidades brasileiras. Traz uma abordagem crítica sobre o processo perverso de globalização atual na lógica do capital, apresentado como um pensamento único. Na visão dele, esse processo, da forma como está configurado, transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massifica e padroniza a cultura e concentra a riqueza nas mãos de poucos.

Espaço: abordagem inovadora
A obra de Milton Santos é inovadora e grandiosa ao abordar o conceito de espaço. De território onde todos se encontram, o espaço, com as novas tecnologias, adquiriu novas características para se tornar um "conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações".

As velhas noções de centro e periferia já não se aplicam, pois o centro poderá estar situado a milhares de quilômetros de distância e a periferia poderá abranger o planeta inteiro. Daí a correlação entre espaço e globalização, que sempre foi perseguida pelos detentores do poder político e econômico, mas só se tornou possível com o progresso tecnológico. Para contrapor-se à realidade de um mundo movido por forças poderosas e cegas, impõe-se, para Santos, a força do lugar, que, por sua dimensão humana, anularia os efeitos perversos da globalização.

Estas idéias são expostas principalmente em sua obra A Natureza do Espaço (Edusp, 2002).

No conceito de espaço, Milton Santos revela a noção de paisagem, onde sua forma está em objetos naturais correlacionados com objetos fabricados pelo homem. Santos aponta que espaço e paisagem não são conceitos dicotômicos, onde os processos de mudança social, econômico e político da sociedade resultam na transformação do espaço, que concatenado a paisagem se adaptam para as novas necessidades do homem naquele dado período. Milton Santos revela o conceito de paisagem como algo não estanque no espaço, e sim que a cada período histórico altera, renova e adapta para atender os novos paradigmas do modo de produção social.

São idéias apontadas na obra "Pensando o espaço do homem" São Paulo: Hucitec, 1982.

Atividades, prêmios e distinções
Por seus méritos, universidades e instituições ligadas à Geografia passam a outorgar-lhe títulos acadêmicos e honrarias. Os mais importantes são:

Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud, Paris, 1994
Mérito Tecnológico, Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, 1997

Personalidade do Ano, Instituto dos Arquitetos do Brasil, 1997

Prêmio Jabuti de Literatura, 1997 - Prêmio pelo melhor livro das Ciências Humanas por A Natureza do Espaço - Técnica e Tempo, Razão e Emoção

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, 1995

Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em 1997

Homem de Idéias 1998, homenagem do Jornal do Brasil a Milton Santos, em 1998

Contemplado em concurso nacional da Revista Isto É como um dos 20 "Cientistas do Século", conforme encarte Especial nº 7, de 4 de agosto de 1999

Milton Santos recebeu o título de Doutor Honoris Causa pelas seguintes instituições:

Universidade de Toulouse, França, 1980
Universidade Federal da Bahia, 1986
Universidade de Buenos Aires, 1992
Universidade Complutense de Madri, 1994
Universidade do Sudoeste da Bahia, 1995
Universidade Federal de Sergipe, 1995
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1996
Universidade Estadual do Ceará, 1996
Universidade de Passo Fundo, 1996
Universidade de Barcelona, 1996
Universidade Federal de Santa Catarina, 1996
Universidade Estadual Paulista, 1997
Universidade Nacional de Cuyo, Argentina, 1997
Universidade do Estado do Rio de Janeiro,1998
Universidade de Brasília,Brasília, 1999
Além da vida acadêmica, Milton Santos desempenhou outras atividades, entre as quais:
Presidente ou membro de distinguidas entidades profissionais, como:
Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege)
Consultor de organismos como:
Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Organização dos Estados Americanos(OEA)
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Secretaria da Educação Superior (SESu/MEC)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp/SP)

Livros
SANTOS, Milton. A cidade nos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira S.A., 1965.
SANTOS, Milton. Geografía y economía urbanas en los países subdesarrollados. Barcelona: Oikos-Tau S.A. Ediciones, 1973.
SANTOS, Milton. Sociedade e espaco: a formacão social como teoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo: AGB, 1977, p. 81- 99.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec-Edusp, 1978.
SANTOS, Milton. O trabalho do geógrafo no Terceiro Mundo. SP: Hucitec, 1978.
SANTOS, Milton. Pobreza urbana. São Paulo/Recife: Hucitec/UFPE/CNPV, 1978.
SANTOS, Milton. Economia espacial: críticas e alternativas. SP: Hucitec, 1979.
SANTOS, Milton. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1979.
SANTOS, Milton. O espaço dividido. Os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979 (Coleção Ciências Sociais).
SANTOS, Milton. A urbanização desigual. Petrópolis: Vozes, 1980.
SANTOS, Milton. Manual de Geografia urbana. São Paulo: Hucitec, 1981.
SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Hucitec, 1982.
SANTOS, Milton. Ensaios sobre a urbanização latino-americana. SP: Hucitec, 1982.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
SANTOS, Milton. O meio técnico-científico e a redefinição da urbanização brasileira. Projeto de pesquisa apresentado ao CNPq, 1986 (datilografado).
SANTOS, Milton. Aspectos geográficos do Período Técnico-Científico no estado de São Paulo. Projeto de pesquisa apresentado à Fapesp, maio 1986 (datilografado).
SANTOS, Milton. A região concentrada e os circuitos produtivos. Texto apresentado como parte do relatório de pesquisa do projeto O Centro Nacional: Crise Mundial e Redefinição da Região Polarizada, 1986 (datilografado).
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. Paulo: Hucitec, 1988.
SANTOS, Milton. O Período Técnico-Científico e os estudos geográficos: problemas da urbanização brasileira. Projeto de pesquisa apresentado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mar. 1989 (datilografado).
SANTOS, Milton. Metrópole corporativa fragmentada: o caso de São Paulo. São Paulo: Nobel/Secretaria de Estado da Cultura, 1990.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
SANTOS, Milton. Por uma economia política da cidade. SP: Hucitec /Educ, 1994.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Editora Hucitec, 1994.
SANTOS, Milton; SOUZA, Maria Adélia A.(org.). A construção do espaço. São Paulo: Nobel, 1986.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal. São Paulo: Editora Record, 2000.

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Qual papel do intelectual segundo Milton Santos?

Revista Diálogo

quinta-feira, 9 de maio de 2013

GINCANA DO LIVRO DE MATEUS


1- Quem reinava na Judéia no lugar de Herodes?
R= Arquelau. (Mateus 2.22)
2- Quem pregava dizendo: Arrependeis-vos porque é chegado o reino dos céus?
R= João Batista. (Mateus 3.1)
3- Quantos dias Jesus jejuou?
R= 40 dias e 40 noites. (Mateus 4.2)
4- Pedro e André, o que eles faziam quando Jesus os convidou a lhe seguir?
R= Pescando. (Mateus 4.18)
5- Qual o parentesco de João e Thiago e André e Pedro?
R= Irmãos. (Mateus 4.18-21)
6- Quantas foram às gerações que fazem parte da genealogia de Jesus?
R= 14. (Mateus 1.17)
7- Qual o significado do nome Emanuel?
R= Deus Conosco. (Mateus 1.23)
8- Qual o nome da cidade onde Jesus nasceu?
R= Belém da Judéia. (Mateus 2.1)
9- Qual foi o sinal que os magos viram que indicavam o nascimento de Jesus?
R= Estrela. (Mateus 2.10)
10- Quais foram os presentes que os magos levaram pra Jesus?
R= Ouro, incenso e mirra. (Mateus 2.11)
11- Pra que lugar José, Maria e Jesus foram para esconder de Herodes?
R= Egito. (Mateus 2.13)
12- Jesus foi morar na cidade de Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas, como Ele seria chamado?
R= Nazareno. 2.23)
13- Qual o parentesco de André e Pedro e João e Thiago.
R= Irmãos. (Mateus 4.18-21)
14- Quem foi que disse: Bem aventurado os limpo de coração porque eles verão a Deus?
R= Jesus. (Mateus. 1.8)
15- Quantos homens foram alimentados na primeira e segunda multiplicação de pães?
R= 5 mil e 4 mil, ao todo nove mil fora mulheres e homens.(Mateus 14.21 e 15.38)
16- Na parábola dos trabalhadores quantas vezes o dono da casa saiu para assalariar os trabalhadores?
R= 4 vezes. (Mateus 20.2,3,5e6)
17- Na parábola dos talentos quanto recebeu cada servo?
R= 5,2 e 1 talento. (Mateus 25.15)
18- O que fizeram os principais dos sacerdotes para tentar ocultar a ressurreição de Jesus?
R= Deram grandes soma de dinheiro aos soldados. (Mateus 28.11-15)
19- Quem teve a orelha decepada quando Jesus foi preso?
R= Servo do sumo sacerdote. (Mateus 26.51)
20- Durante quais horas a terra ficou em trevas na crucificação de Jesus?
R= Hora sexta e nona. (Mateus 27.45)
21- Quem era o Elias que haveria de vir preparar o caminho do Messias?
R= João Batista. (Mateus 11.14)
22- O que não devemos dar para os “cães”?
R= As coisas santas. (Mateus 7.6)
23- Qual o animal que os falsos profetas vestem
R= Ovelha. (Mateus 7.15)
24- Em que dia da semana Jesus passou pelas searas e os seus discípulos, tendo fome começaram a colher espigas e a comer?
R= Em um sábado. (Mateus 12.1)
25- Quantos pães e peixes havia antes da primeira multiplicação?
R- 5 pães e 2 peixinhos. (Mateus 14.17)
26- Quantas vezes devemos perdoar os nossos irmãos?
R= 70 X sete. (Mateus 18.22)

AS DIFERENÇAS ENTRE O JUDAÍSMO E O CRISTIANISMO



INTRODUÇÃO
Há várias distinções substanciais e vitais entre o judaísmo e o cristianismo. Claro, também há muitas semelhanças, basicamente porque o cristianismo surgiu do judaísmo. Todavia, o cristianismo seguiu um outro caminho desde o início, pois suas lideranças romperam com o judaísmo e formaram uma nova religião. Portanto, é um grande equívoco acreditar que ambas as religiões têm a mesma essência, ou ver o cristianismo como uma continuação natural do judaísmo. Nada é mais distante da verdade.

Nesta seção exploraremos as diferenças básicas entre as duas religiões. Para começar, nunca é demais repetir que a crença central do judaísmo é de que, independentemente de sua religião, todos os seres humanos são filhos de D’us e, portanto, iguais perante Ele: todos têm direito ao Seu amor, misericórdia e auxílio.

O judaísmo não exige que alguém se converta ao judaísmo para ser uma pessoa melhor ou para que, algum dia, alcance o Paraíso. Para isso, no entendimento dos judeus, basta ser ético. Embora o judaísmo aceite o valor de todas as pessoas independentemente da sua religião, ele também abre aos não-judeus que desejam voluntariamente se unir ao Povo Judeu a possibilidade de se tornarem judeus. Todavia, justamente por considerar que qualquer um pode viver de forma ética na sua religião é que se torna incomum no meio judaico o trabalho missionário e proselitista. O judaísmo está de portas abertas, mas nenhum judeu sairá pelo mundo tentando converter não-judeus ao judaísmo. Essa, por si só, já é uma grande diferença entre o judaísmo e o cristianismo.

É realmente impossível fazer um resumo adequado do judaísmo ou do cristianismo somente nessa seção. Assim sendo, são necessários mais estudos para se aprofundar no assunto. As posições formais do judaísmo em vários assuntos devem ser discutidas com um rabino.
Bibliografia:

Uma referência excelente nesse assunto é o livro “Judaism and Christianity: The Differences", de Trude Weiss-Rosmarin. Também está disponível a edição em língua portuguesa sob o título “Judaísmo e Cristianismo: as Diferenças”, Editora Sefer).

Outra dica interessante (somente em inglês) é o livro “You Take Jesus, I'll Take God: How to Refute Christian Missionaries”, uma entre outras obras importantes para refutar as posições de missionários cristãos que buscam, a todo custo, converter judeus ao cristianismo, muitas vezes inclusive se passando por judeus.

Descreveremos a seguir as crenças centrais do judaísmo e do cristianismo. Alguns pensadores cristãos e judeus poderão discordar, às vezes consideravelmente, das posições mencionadas aqui. Mesmo com todas essas limitações, é importante considerar as diferenças.

D’US
O principal fundamento do judaísmo é a noção de monoteísmo, ou seja, a idéia de que existe somente um único D’us. Conforme o judaísmo, D’us não é feito de partes, ainda que porventura essas partes estivessem misteriosamente unidas. A noção cristã da Santíssima Trindade é que D’us é composto do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Outros cristãos negam a Santíssima Trindade, todavia acreditam que D’us encarnou naquele que eles consideram como seu filho predileto – Jesus – e que esse, junto com o Deus Pai, formam uma só divindade. Tanto no primeiro como no segundo caso, ambas as visões são incompatíveis com a visão judaica de que qualquer divisão é impossível, mesmo que o cristianismo seja chamado de monoteísta pelo fato dos cristãos acreditarem que a trindade, por mistério divino, forme um só Deus; ou que o Deus Pai e o Deus Filho são, por mistério Divino, um só Deus. A idéia revolucionária do judaísmo é que D’us é Um e somente Um. Essa idéia considera a absoluta unicidade e singularidade de D’us como a primeira e única força criadora. Portanto, para os judeus D’us é o Criador de tudo o que gostamos e de tudo o que não gostamos. Não existe uma força maligna capaz de criar como D’us. O judaísmo vê o cristianismo como um enfraquecimento da idéia da Unicidade de D’us.

Os judeus não têm um grupo de crenças definidas a respeito da natureza de D’us; no entanto, há um debate muito rico e estimulado dentro do judaísmo a respeito disso. Porém, todos os movimentos judaicos rejeitam absolutamente a idéia de que Deus constitui-se de duas, três ou mais partes. Além disso, muitos judeus vêem essa tentativa de dividir D’us como um retrocesso parcial, quase um comprometimento com o conceito pagão de vários deuses. Para o judaísmo isso se constitui em idolatria, atividade proibida na fé judaica.

A VISÃO JUDAICA DE JESUS

Para os cristãos, o princípio central de sua religião é a crença de que Jesus é o Filho de Deus, parte da Trindade, o messias salvador de almas. Para os cristãos ele é a revelação de Deus na carne. Jesus é, em termos cristãos, o Deus encarnado, o Deus em carne e osso que veio à Terra para absorver os pecados dos seres humanos e assim livrar dos pecados todos aqueles que aceitam a sua divindade.

Para os judeus, por mais que Jesus possa ter sido um professor e contador de casos maravilhoso, ele foi somente um ser humano, não o Deus Filho (no máximo, mais um filho de D’us, no sentido metafórico de que todos os seres humanos são filhos de D’us). Na visão judaica, Jesus não pode salvar almas; só D’us pode. Na visão judaica, Jesus não ressuscitou. Na visão judaica, todos somos filhos de D’us, e ninguém pode ser um Deus Filho.

De um ponto de vista judaico, Jesus tampouco absorveu os pecados das pessoas ao ser expiado e crucificado. Para os judeus a única maneira de se remover os pecados é pedindo perdão: os judeus buscam o perdão de D’us pelos pecados cometidos contra Ele; buscam também o perdão das outras pessoas pelo mal que cometeram contra elas. A busca do perdão exige um senso sincero de arrependimento, a busca direta da reparação do mal causado a outra pessoa e a atitude de não cometer este erro novamente no futuro. Os pecados e transgressões são parcialmente removidos por meio de orações (que substituíram os sacrifícios de animais da época do Templo Sagrado de Jerusalém) como um modo de expiar os pecados, mas o principal é buscar corrigir o mal feito a outras pessoas.

Para os cristãos, Jesus substituiu a Lei judaica (1). Para os judeus, os mandamentos (mitsvót) e a Lei judaica (halachá) continuam e continuarão valendo para sempre e jamais serão substituídos.

Para os judeus, Jesus não é visto como o messias. Na visão judaica, o messias é um ser humano que virá em uma era de paz. Poderemos reconhecer a era messiânica quando percebermos que o mundo está absolutamente em paz. Na visão judaica, é notório que isso não aconteceu quando Jesus viveu, e jamais houve paz em qualquer período após a sua morte.

Quando se fala de Jesus como um homem, as opiniões dos judeus variam muito. Alguns o respeitam como um professor ético que aceitava a Lei judaica, como uma pessoa que sequer se via como um messias, que jamais quis iniciar uma nova religião. Em vez disso, Jesus é visto por esse judeus como uma pessoa que desafiou as práticas das autoridades religiosas judaicas de seu tempo. Segundo essa visão, ele queria aperfeiçoar o judaísmo de acordo com o seu próprio entendimento, sem jamais querer romper com o Povo Judeu. Para outros, Jesus distorceu as leis judaicas e semeou a discórdia entre os judeus de seu tempo. Seja qual for a resposta judaica, há um consenso fundamental e irrefutável: nenhum judeu, seja nascido judeu ou convertido ao judaísmo, acredita que Jesus seja o Deus Filho ou o messias.

Para os judeus, o único Deus é D’us; e o Messias ainda está por vir.

LIVRE-ARBÍTRIO E PECADO ORIGINAL

Para o cristianismo a idéia do pecado original assume que as pessoas trazem consigo a mácula do mal desde o nascimento e que não podem remover seus pecados sozinhas, mas somente pela graça que lhes foi oferecida pela morte sob sacrifício de Jesus como expiação por todos os pecados da humanidade. Para os cristãos não há outra forma de salvação a não ser através de Jesus.

Em contrapartida, para os judeus não há a idéia de pecado original. A visão judaica é que os seres humanos não nascem naturalmente bons ou maus. Todo indivíduo tem inclinações boas e más, mas tem também o livre-arbítrio moral para escolher o bem, e esse livre-arbítrio moral para o bem pode ser mais poderoso do que a inclinação para o mal. Na verdade, a ética judaica traz consigo a idéia de que os seres humanos decidem por si mesmos como agir. Isso é assim porque a inclinação para o mal e a possibilidade de pecado inerente à mesma permitem que as pessoas escolham o que é bom e, assim, obtenham mérito moral. A visão judaica não é a que as pessoas estão indefesas diante do equívoco moral e dependem de terceiros para serem salvas. O judaísmo entende que os seres humanos foram dotados de recursos para que sejam capazes de optar pelo bem quando se deparam com uma situação em que há inclinações para o bem e para o mal. Assim, têm a possiblidade de aprender com os próprios erros e evoluir moralmente.

MORTE, CÉU E INFERNO

Em geral os pensadores judeus sempre se concentraram nas maneiras que poderiam levar a uma vida boa na Terra e ao Ticun Olám, ou seja, ao aperfeiçoamento do mundo, deixando as preocupações a respeito da morte e do que vem após a morte para um momento mais apropriado. O judaísmo encara a morte como um fato natural e enfatiza o seu papel de dar um sentido à vida. É claro que as questões relativas à morte são inevitavelmente importantes. O medo da morte, do que irá acontecer com a nossa alma e com as almas das pessoas que nos são queridas, as questões éticas que emergem quando alguém morre injustamente e vários outros temas são discutidos na literatura judaica. Uma vez que D’us é visto como absolutamente justo, as aparentes injustiças no mundo têm levado muitos judeus tradicionais a verem a vida após a morte como uma maneira de refletir sobre a justiça final aplicada à existência humana.

Muitos pensadores judeus tradicionais teceram considerações sobre o modo como os indivíduos seriam recompensados ou punidos após suas mortes. Há poucas e raras descrições da vida após a morte. Os tradicionalistas deram o nome de “Guehenôm” para o local onde as almas são punidas. Muitos pensadores judeus notaram que uma vez que D’us é, essencialmente, pleno de misericórdia e amor, não se deve considerar que a punição será eterna; longe disso - muitas vezes considera-se que esse período, para a maioria das pessoas, dura menos de um ano.

Ao mesmo tempo, há muitos conceitos diferentes de Paraíso: um deles defende que o Paraíso é o local onde nós finalmente entenderemos o verdadeiro sentido de D’us. Ademais, melhor do que pensar em céu e inferno separados é imaginar que há somente uma distância maior ou menor de D’us após da morte. Além disso, a punição poderá ser auto-determinada, ou seja, o indivíduo receberá um sofrimento equivalente àquele que proporcionou enquanto estava vivo. Portanto, o judaísmo não tem uma noção de céu e inferno, com diferentes lugares no inferno para diferentes punições. Em vez disso, prevalece a idéia de que D’us usa a vida após a morte para conceder a justiça definitiva e como uma última oportunidade para que as pessoas predominantemente más busquem algum tipo de redenção final.

O judaísmo não acredita que as pessoas não-judias irão automaticamente para o inferno ou que os judeus irão automaticamente para o céu somente por pertencerem a uma ou outra religião (2). Em vez disso, o que realmente conta é a conduta ética individual. Muitos judeus tradicionais acreditam que o judaísmo fornece o melhor guia para conduzir essa vida ética.

Notas do tradutor

(1) Para os cristãos, arrepender-se do pecado e pedir perdão a Jesus é suficiente para a sua absolvição. Para os judeus, além do sincero arrependimento, é necessário pedir perdão a D’us, à pessoa que sofreu com o erro, reparar o dano causado e comprometer-se a não cometer este erro novamente no futuro, ao viver de acordo com os mandamentos da Lei judaica.

(2) Ou seja, somente o fato de ser judeu não é passaporte para o Paraíso no Mundo Vindouro (após a morte), ou o fato de se ter outra religião não significa que se irá para o inferno.

Créditos:
Texto adaptado do site em inglês www.convert.org com a permissão de Barbara Shair
Tradução: Fábio Lacerda
Edição: Adriana Lacerda e Uri Lam
Adaptação para o judaísmo brasileiro: Uri Lam

Países menos religiosos são também menos violentos







A afirmação parece contraditória, sendo que a maioria das religiões prega a paz e o amor, mas, segundo o Índice Global da Paz (IGP) de 2012, apesar do mundo em geral ter ficado um pouco mais pacífico nos últimos anos, são os países menos religiosos que continuam sendo menos violentos.

O que é o IGP?

O Índice Global da Paz, desenvolvido pelo Instituto de Economia e Paz, em conjunto com a Unidade Economista de Inteligência com a orientação de uma equipe internacional de acadêmicos e experts em paz, classifica as nações do mundo pela sua tranquilidade.
Composto por 23 indicadores, que vão desde o nível de despesas militares de uma nação às suas relações com os países vizinhos e o nível de respeito aos direitos humanos, incluindo os níveis de democracia e transparência, educação e bem-estar material, o IGP usa uma ampla gama de fontes respeitadas, incluindo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, do Banco Mundial e várias entidades da ONU, para contribuir significativamente para o debate público sobre a paz mundial.
O IGP possui investidores de todo o mundo, incluindo Prêmio Nobel, economistas, acadêmicos, agentes humanitários e políticos, como o diplomata Kofi Annan, o presidente Jimmy Carter, Sua Santidade o Dalai Lama, o professor Joseph Stiglitz e o arcebispo Desmond Tutu.

Um lugar melhor para se viver

Em sua sexta edição, o IGP indica que o mundo se tornou mais pacífico pela primeira vez desde 2009; todas as regiões, exceto o Oriente Médio e o Norte da África (que sofrem atualmente as consequências da Primavera Árabe) viram uma melhora nos níveis de tranquilidade geral. O Brasil, em particular, subiu duas posições, passando de 85º para 83º país mais pacífico dentre os 158 analisados.
Apesar da mudança, muitas coisas permaneceram as mesmas. A Islândia é o país mais pacífico do mundo, pelo segundo ano consecutivo, e a Somália continua a ser nação menos pacífica do mundo pelo segundo ano consecutivo.
A Síria foi o país que caiu pela maior margem: mais de 30 lugares, indo para 147º. Isso com certeza têm a ver com o fato de estar passando por uma guerra civil, sofrendo uma escalada da violência nos últimos 14 meses, que matou mais de 16 mil pessoas no país. O contrário ocorreu com o Sri Lanka, já que o fim de sua guerra civil elevou o país em 30 lugares.
Pela primeira vez, a África Subsaariana não é a região menos pacífica do mundo, aumentado seus níveis de paz desde 2007. Como já dissemos, o Oriente Médio e Norte da África é hoje a região menos pacífica, refletindo a turbulência da Primavera Árabe.
Pelo sexto ano consecutivo, a Europa Ocidental continua a ser a região mais pacífica, com a maioria dos seus países no top 20. A América do Norte experimentou uma ligeira melhoria, mantendo uma tendência desde 2007, enquanto a América Latina experimentou uma melhora geral com 16 dos 23 países aumentando sua pontuação de paz.

O ranking

Confira os 10 países mais pacíficos do mundo, seguidos de sua pontuação no ranking:
  1. Islândia – 1,113
  2. Dinamarca – 1,239
  3. Nova Zelândia – 1,239
  4. Canadá – 1,317
  5. Japão – 1,326
  6. Áustria – 1,328
  7. Irlanda – 1,328
  8. Eslovênia – 1,330
  9. Finlândia – 1,348
  10. Suíça – 1,349
O Brasil tem uma pontuação intermediária:
83º Brasil – 2.017
Enquanto os dez países menos pacíficos são:
149º Paquistão – 2,833
150º Israel – 2,842
151º República Centro Africana – 2,872
152º Coreia do Norte – 2,932
153º Rússia – 2,938
154º República Democrática do Congo – 3,073
155º Iraque – 3,192
156º Sudão – 3,193
157º Afeganistão – 3,252
158º Somália – 3,392

Religião x paz

Na Nova Zelândia, Dinamarca e Noruega, países que estão no top 10 de mais pacíficos, o conflito religioso na sociedade é praticamente inexistente. Também, um ranking feito pelo sociólogo Phil Zuckerman mostrou que todos os países desse top 10, menos a Irlanda, estão entre os 50 menos crentes do mundo, nas seguintes posições:
Islândia – 28º
Dinamarca – 3º
Nova Zelândia – 29º
Canadá – 20º
Japão – 5º
Áustria – 24º
Eslovênia – 18º
Finlândia – 7º
Suíça – 23º
Será que há alguma relação entre religião e paz? Segundo alguns especialistas, muitas guerras e atrocidades que marcaram a história estão ligadas ao sentimento religioso. Sendo assim, pode ser que países sem conflitos religiosos sejam mais pacíficos.

O Brasil no Ranking da Paz

O Brasil aparece na 83ª posição do ranking. Historicamente, não nos envolvemos em muitas guerras, porém nossa violência interna é suficiente para não deixar o país subir muito no Índice.
Quanto à religião, de acordo com a pesquisa do instituto alemão Bertelsmann Stifung, 95% dos jovens brasileiros (entre 18 e 29 anos) explicitam suas ligações religiosas: somos o terceiro país mais religioso do mundo, atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos.
O IGP de 2012 mostra que os pontos em que somos menos pacíficos são, em indicadores em ordem decrescente: homicídios, crimes violentos e terror político, acesso a armas, e violência percebida pela sociedade.
Alguns dos pontos em somos mais pacíficos são, empatados: conflito organizado, atos terroristas, mortes por conflito interno e por conflito externo, armas pesadas e relações com países vizinhos.[VisionofHumanityUOLBemParanaPaulopesAhDuvido]