sábado, 31 de outubro de 2015

Sobre a exposição "Beleza divina" nos sécs. XIX-XX: O sagrado na arte é ineliminável

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http://snpcultura.org/sagrado_na_arte_ineliminavel.htmlO diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, considera que o sagrado nunca deixou de estar presente no Ocidente, em particular entre os séculos XIX e XX, durante as horas mais negras para o ser humano, na injustiça, na guerra e na morte.
«Está na natureza da arte uma dimensão sagrada ineliminável, enquanto ela é por vocação chamada a abrir ao mistério, a anelar uma redenção, mesmo no momento da denúncia radical», escreve, citando João Paulo II, o cardeal de Florença, Giuseppe Betori», recorda o responsável em texto publicado esta sexta-feira no jornal do Vaticano.
O artigo no "L'Osservatore Romano" é suscitado pela exposição "Beleza divina entre Van Gogh, Chagall e Fontana", que decorre de 24 de setembro a 24 de janeiro, em Florença, cidade que acolherá o papa Francisco em novembro, por ocasião do Congresso Eclesial Nacional.
A seleção e a organização da centena de obras-primas reunidas na mostra, criadas entre a segunda metade do século XIX e 1950, torna patente que «a persistência» e a «imanência do sagrado nunca abandonaram o Ocidente», sustenta Antonio Paolucci.
«Nunca o abandonaram nas estações dos nacionalismos e das guerras, das revoluções e das repressões, dos fascismos e dos comunismos, do ateísmo e do secularismo. A dor e o desejo de redenção, o medo e a esperança, a radical denúncia e a expectativa de um mundo melhor habitaram as formas artísticas da modernidade», assinala.
O proletariado rural da Europa que vivia em condições miseráveis, no século XIX «dos socialismos e da encíclica "Rerum novarum"» vai encontrar «o seu resgate no "Angelus" de Millet», enquanto que a «negra Alemanha é significada no "Caminho para o Calvário" de Otto Dix, e é como de Grünewald de Isenheim tivesse escolhido testemunhar a pátria devastada pelos bombardeamentos aéreos e humilhada pelos horrores do nazismo».
«Na "Deposição" de Van Gogh, emprestada pelos Museus do Vaticano, a angústia e a dor do artista fazem a angústia e a dor de todos os homens, ao passo que a memória de Picasso e de "Guernica" vive, nos anos de 1940-41, na célebre "Crucificação" de Guttuso».
Para Paolucci, «há uma pintura, na exposição, que talvez ainda mais do que "Guernica", pode ser assumida como emblema do século XX. É a "Crucificação branca", de Chagall, que vem do Art Institute de Chicago».
«Estamos em 1938, um ano após "Guernica". Na Alemanha aconteceu a aconteceu a "Noite dos Cristais", iniciando-se a perseguição nazista anti-semita com a diáspora da população israelita. Marc Chagall é judeu mas sabe que para todos, no mundo, o Cristo crucificado quer dizer dores atrozes e sofrimento injusto. Por isso, como um pintor católico, desenha um Cristo na cruz com títulos em latim e em hebraico».
Em torno de Cristo «reina a devastação: a "menorah" aos pés da cruz, as casas revolvidas, a sinagoga saqueada, pessoas em fuga, uma mãe em primeiro plano com uma criança apertada junto ao peito. No fundo, sobre a esquerda, esvoaçam as bandeiras vermelhas de outubro; esperança vã, porque um ano depois, em 1939, Hitler e Estaline assinarão o famigerado pacto de não agressão. Síntese mais exemplar e mais terrível da história da Europa na véspera da última guerra não poderia dar-se».
O responsável nomeia outros autores e obras presentes na exposição, como Gustave Moreau, Casorati, Edward Munch, Gino Severini, Maurice Denis, Matisse, Lucio Fontana e a sua "Via crucis".
A pintura realista, o Divisionismo, o Simbolismo, o Expressionismo e o Futurismo são algumas das escolas convocadas na exposição, «que analisa e contextualiza um século de arte sacra moderna, sublinhando atualizações, tendências várias e por vezes conflitos na relação entre arte e sentimento do sagrado», lê-se na página da iniciativa.


OS CANTOS SAGRADOS E O RESPEITO AO OUTRO

Religiao1
“A tolerância deve ser uma fase transitória. Deve conduzir ao respeito. Tolerância é ofensa” (Johann W. Goethe).

As “Máximas e reflexões” do poeta ajudam a pensar e agir no sentido de superarmos a fase em que nem tolerar a gente tem conseguido na cultura brasileira. Na verdade, como se pode ver no documentário da ONU abaixo, cresce a intolerância religiosa no Brasil. E, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Disque 100 recebe uma denúncia a cada três dias por intolerância religiosa. Entre os anos 2011 e 2014 foram registradas 504 ocorrências pelo serviço disque denúncia, a maioria envolvendo o Povo de Santo das religiões afro-brasileiras, com cultos de imprecações cristãs contra os seus Terreiros e agressões aos seus símbolos e aos seus membros.
Esse quadro se reproduz na região da gente e, por isso, o nosso Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife tem intensificado os momentos de reflexão sobre esse fenômeno, mas também colaborado em ações culturais para o enfrentamento da violência religiosa. Nesse sentido, em parceria com o Diálogos – Fórum da Diversidade Religiosa em Pernambuco, os Programas de Estudos da Religião e o Instituto Humanitas da UNICAP, vamos participar de um encontro da arte com as tradições de fé e sabedoria, uma tarde de vivências sobre os “Cantos sagrados e o respeito pelo outro”, em que cantar e dançar embalarão a abertura para caminhos alterativos de transcendência.
O evento, dentro da Semana de Integração Universidade Católica e Sociedade, será no dia 22 de outubro, das 16 às 18h30, no hall térreo do bloco G da UNICAP. Com efeito, nessa mesma época, em 1965, o papa Paulo VI assinava a declaração Nostra Aetate, que assim concluía: “A Igreja reprova, como contrária ao espírito de Cristo, toda e qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos cristãos que observem uma boa conduta no meio dos homens. E tenham paz com todos, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus”.
Mas ainda estamos longe de alcançar essa colaboração efetiva para a cultura de paz, seja da parte dos católicos ou de cristãos de outras igrejas ou dos devotos das demais religiões. A tarde artística na UNICAP, então, quer ensaiar essa possibilidade, reunindo representantes das várias tradições participantes do Fórum Diálogos, compartilhando testemunhos de mães-de-santo, pastor e padre em uma Aula Pública sobre a defesa da diversidade religiosa e da inclusão social, mas, sobretudo, dividindo as danças e os cantos sagrados das diversas experiências espirituais para criar um clima de serenidade e atenção ao outro em nosso campus.
Precisamos aprender a tolerar comportamentos humanos e expressões simbólicas diferentes e, mais que isso, somos chamados a nos educar para a passagem do mero suportar ao compreender e respeitar. As visões de mundo e rituais religiosos são como um arco-íris, em que cada um pode embelezar a sua cor, mas consciente de que ela vai aparecer ainda mais bonita dentro do espectro das colorações do mundo. Quem sabe, em meio a um hino evangélico, através dos afoxés e do toré, a gente não se abre para ouvir uma palavra diferente e que cause diferença em nossas vidas, na direção do respeito cuidadoso pelo irmão – “de todas as raças, de todas as religiões”, como dizia Dom Helder!
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Musica - Retina/Consuelo de Paula

DIEB apresenta materiais do Projeto Diversidade Religiosa e Direitos Humanos

Por Tomás Rios   
Seg, 25 de Agosto de 2014 14:36
2508pequenaTR2A Diretoria de Educação Básica e Profissional (DIEB) da Secretaria de Educação (SED) realizou uma webconferência na última terça-feira, 19, para apresentar os materiais paradidáticos do Projeto Diversidade Religiosa e Direitos Humanos.
Na apresentação foram expostas as metas do programa, que consiste em disponibilizar materiais didático-pedagógicos que apresentem conhecimentos acerca das histórias, identidades, memórias, crenças, convicções e valores de diferentes grupos religiosos e não religiosos, com vistas a subsidiar práticas educativas que contribuam na superação de preconceitos, intolerâncias e violências no contexto escolar.
O material consiste em dois livros para os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental – Volume I: As Aventuras de Yara no Planeta Oculares, para 6º e 7º ano;Volume II: As aventuras de Yara no Planeta Oculares, para 8º e 9º ano – e um para os professores, intitulado Diversidade Religiosa e Direitos Humanos: conhecer, respeitar e conviver.
2508pequenaTR3A SED e as Gerências Regionais de Educação (Gereds) pretendem promover formações continuadas com base no livro dos professores, tanto de forma presencial quanto semipresencial. Nas Gereds de Rio do Sul, Videira e Maravilha os cursos já estão sendo desenvolvidos; nas demais, a expectativa é que sejam oferecidos no próximo ano.
Para os técnicos da DIEB, Adecir Pozzer e Elcio Cecchetti, a webconferência foi fundamental para fomentar a utilização dos materiais nas escolas. “Foi um momento privilegiado para apontar aos professores e diretores as possibilidades de uso dos livros da Yara, e as diferentes atividades de aprendizagem que podem ser desenvolvidas com eles”, disse Adecir.
O projeto já conta com uma página no “Facebook” para a divulgação e acompanhamento de notícias relacionadas ao tema. Gestores, professores e estudantes poderão enviar relatos e fotografias das principais ações desenvolvidas nas escolas. Para acessá-la, basta clicaraqui.
Links para acessar o material do professor e slides apresentados na Webconferência:
Webconferênciahttp://www.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/doc_download/3885-projeto-dr-dh-webconferencia-19082014-final
Livro: http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/documentos/doc_download/3884-livro-dr-dh-versao-final
http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/noticias/5958-tomas-rios

Diálogo Teopedagogia fazer NAS experiências Mulheres Negras Brasil: Acolhimento que alimenta Ancestralidade [i]

Conceição da Silva Pessoa Lilian Lira [ii]
pinturas-the-petróleo-por-mulheres-África (3) 
            Acolher e alimentá São comumente características femininas relacionados como Práticas. Práticas de Mulheres para o qual Muito do cumprimento UM muitos SEUS Papéis é aproximam: a maternidade.De: Não por acaso Brasileira teóloga feminista Ivone Gebara diz: "A RELIGIÃO na SUA originais base mama E, E Protetora e aconchegante" [iii] Isto É não entanto, Não Quer dizer que você HOMENS NÃO Sejam importante, mas só queria dizer que essa pressuposto é baseado Sentimento religioso religioso na fazer. Ou como autor argumenta:
Como Mais Antigas Representações religiosas dá Humanidade feminino São Mais ou São precisamente Projeções das Maternidade experiências femininas e Fertilidade.[...] Maes e RELIGIÃO Indicam Uma cumplicidade original é marcada por contradições MUITAS. [Iv]
            A Pluralidade que eu estabeleci Interesse dá Cristã teologia fazer o pluralismo religioso, e comprises amor universal Deus [v]. Gebara destaca como conseqüências fazer Respeito pluralismo NÃO ao, Ao aplicar
que ou esquecimento Desse casca pluralismo diferentes Instituições, expresso parte pluralismo em usar da Relação entre feminino e masculino, vemos que não estamos Mulheres e Homens que ou reconhecemos e Falamos dar, foi parte em causa dá extremamente violento em nós Vivemos últimos Séculos. Uma parte dos mesmos nsa, ou masculino afirmou como tentador hide princípio único NÃO SO ou feminino, mais e destruídas agredi-lo-lo na das Instituições Sociais existência concreta. [Vi]
            Reconhecer ou princípios fundadores pluralismo dá existência humana Promove Uma Compreensão Melhor do ser humano se diálogo MESMO, Bem como POSSIBILITA que Sejam Ações e políticas desenvolvidas como violentos Relações humanas transformem em Relações de cuidado humano mútuo [vii]:
[...] Por ISSO, ou apelo das sabedorias éticos de todos como as culturas humanas do semper insistiu sobre a necessidade de Olhar ou Outro, a Outra, semelhantes-com decisão Meus de descobri-o como Outro meu eu como o meu próximo, sem a A Minha própria vida Qual NÃO é executada. E, ultimamente, este princípio de interdependência que dá o fruto Veio Conosco Evolução dá vida, o princípio da Manutenção plural como todas as vidas, expande Consciência-se em em todos os viventes Outros Relação e necessità você dar-lhes vital. Entao, podar, ou seja Dizer poderia Pluralidade de Princípios ATE Recolher, um sentido Certo, fazer Expressa Unidade usando cascas de cuidar da vida. [...] Creio que Questão pluralismo nos convida a fazer Ao novo Pensamento, à Sabedoria Proximidade com, ou diferentes Amizade com, com ou está próximo e distante, Complexidade assustador expressões da da vida. E ISTO TAMBÉM vale para como teologias, porque em última Análise, com certeza TEM SUA para ver fraca, incerta, plural e sempre Renovável deliberadamente não o amor que nos sustenta. "Onde Houver amor, Deus aí está ..." [viii]
TEMOS aqui ou amor como um foco. Ou que cause ou Exercício Pensa-o que dá vida a partir de Mulheres negras dar a reconhecer, como indicado na ativista ganchos escritor sino-americanos [ix], que NUMA Sociedade Classista, racista, sexista, uma mulher NÃO reconhecer preto descobre que SUA e vida interior e importante, MUITAS vezes, Nao E Conhece ou ser amado [x]. Como o autor afirma:
[...] Para opressão ea Exploração Nossa CAPACIDADE impedem distorcem e amor.Numa Sociedade Onde dois brancos supremacia prevalece em preto dois vida permeada por E Questões políticas que explicam a interiorização do racismo e hum Sentimento de inferioridade. ESSES sistemas de dominação São Mais when EFICAZ DE PRODUÇÃO alteram Nossa Habilidade quer e amor. [Xi]
Para Mulheres como preto, em particular, conhecer, experiência, sentir ou Corpos amor em SEUS E SUAS fortalecer Forças para resistir e superar a violência como adversária, pois
QUANDO nós Mulheres pretas, uma experiência transformadora Força te amo em Nossas vidas, nós assumimos capaz de numerário atitudes como alterar completamente Estruturas Sociais existentes. ASSIM poderemos acumular Forças para enfrentar o genocídio ou matar muitas Homens, Mulheres e Crianças negras diária. Conhecemos ou amor QUANDO, QUANDO amor, é ou Passado Possível enxergar COM da página Outros Olhos; Possível é e sonhar transformar ou presente ou futuro. Esse é ou gosta de fazer. O amor cura. [Xii]
            Entenda-se que há diálogo, TEM-se a Possibilidade de que cada Tradição religiosa é reconheça como lócus 'acolhimento' Desse nutrem e comida para a vida, está procurando alternativas para dar a oportunidade de Superação dá Violência [xiii]. É ESSE diálogo torna-se fértil "EM PESSOAS que encontram em SUAS respectivos Religiões ou sentido último da existência sua," [xiv] e que acreditam que ISSO "ou encontrado horizontes religiosos Culturais ameixa permitir ou 'acolhimento' Do Outro e dá Outra SUA na alteridade, SUA na Diferença "[xv]. A alteridade mencionado cascas teólogo afro-brasileiras Palavras Irene Dias do rosto Lembrar como poeta mexicano Octavio Paz (1914-1998): "'Otredade' é estranheza, estupefação, paralisia estado de espírito: assombro" [xvi] Diante I Do Outro.Alteridade como um paradigma educacional em 'Solidariedade que a Justiça de Acolhida AO assumidos Sejam Outro como parte de Humanização do processo "[xvii], como Bem ou teólogo brasileiro diz Luis Carlos Dalla Rosa.
            RecordA para Marilena Chauí filósofo brasileiro que "[...] como definido as Mulheres São página Outros OS seres e como seres Nao Outros com OS" [xviii], n'uma patriarcal Visão que precisa ser superado. Urge, portanto, que Mulheres e Homens, feminino e masculino como complementaridade, em SUAS diversidade, e NÃO como Oposição, vivam experiências humanas que lhes proporcionem OUTRAS PESSOAS COM Serem como, promovendo Ações Passos para trás a esse original está Humanidade Tornem.
            A Boa Nova Antiga é renovada aqui, na todos os que você vida e lugares, sempre e Mais uma Vez, que tem E UMA Ação poderosa, capaz de transformar Relações humanas como assim para restaurar complementaridade dá teia dá a vida, promovendo harmonia Superação cósmica e toda a violência: o Amor.
            E necessary que ou SEJA Presença na amar a vida como PESSOAS todos. Para Mulheres negras como, Sujeito da Proposta Reflexão aqui especialmente cuja sobrevivência História e lhes Resistência impos, MUITAS vezes para ser impossibilidade de sentirem amados, ou o amor torna-se urgente AINDA Mais. E uma falta de amor Gerado desequilíbrio TEM e violência. QUANDO amor ha, ha vida em abundância. Amor when ha tem Respeito e cuidado. Amor when ha 'acolhimento' tem que nutre e alimenta você Corpos de vida. Seu E segue a vida cascas ancestralidade eternos claro, eu unindo todos e todos não Caminho Humanidade de volta ao original, que Teve Início em Deus é Amor que.
            Uma Teopedagogia fazer Dialogue, portanto, propõe hum Aprendizado que Podera revitalizar Ações educativas e Processos educacionais, usando da Promoção fazer "'acolhimento' que alimenta ancestralidade" assim como Podera perenizar a Humanidade, como corroborado para a instauração de hum Processo não civilizar Relações qua TEM tão humanos como base ou como o amor entre PESSOAS.
            ASSIM, "ou 'acolhimento' que alimenta ancestralidade" - que na Tradição do tem a Motivação dá memória ancestral, ameixa seca revitalizar Educação e perenizar ou humano - é configurado como Projeto civilizadora de (re) Humanização que PROMOVE Equilíbrio do nas Relações humanas, Gerando ou retorno Um original da Humanidade.
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[I]   Este Artigo O e Um excerto curto de Doutorado da tese da autora, intitulado "Elementos Teopedagógicos Afrocentrados Para Superação Da Contra a Violência de Gênero Como Mulheres Negras: Terreiro diálogo com um Comunidade- ILE ASE Yemojá Omi Olodò e" ou alimentando Acolhimento para Ancestralidade ".
[Ii]   Doutora em Teologia, na área de religiao e Educação, casca Faculdades EST, São Leopoldo / RS.Ativista social ao lado ou Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE), Porto Alegre / RS. Presbítero Diocese Anglicana do Recife, da Igreja Episcopal Anglicana da do Brasil (IEAB). Membro fazer "Diálogos - Fórum de Diversidade Religiosa em Pernambuco". Membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristã (CONIC) Pernambuco. Atualmente colaborador da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) como Assessora dá Direção de Formação Profissional. E-mail: liliancsilva13@gmail.com.
[III]   Gebara, Ivone. A Mobilidade feminino dá senzala. Mulheres do Nordeste, a vida Melhor e feminismo. São Paulo: Paulinas, 2000a, p. 101.
[IV]   Gebara, 2000a, p. 101.
. Barros, Marcelo Uma Quem não Reconciliação do pluralismo cultural e religioso separou:Eixo da da Libertação Teologia. Disponível em: <http://servicioskoinonia.org/relat/353p.htm>. Acesso em: 02 de janeiro 2014.
  [Vi]. Gebara, Ivone vulnerabilidade, Justiça e feminismo: antologias. São Bernardo do Campo: Nhanduti, 2010, p. 25.
[VII]   Gebara, 2010, p. 26.
[VIII]   Gebara, 2010, p. 26.
[Ix]   Uma pequena seda iniciar respeita a dar lugar a enfrentar Opção autor.
[X]   HOOKS, Bell. Vivendo o amor. Tradução Maisa Mendonça. Disponível em: Acesso em: 11 de janeiro2014 Gloria Jean Watkins, bell hooks, como Gösta ser Chamada e como escreve Proprio Seu nome é ativista escritor, tomada Muito americano e disse que não Meio da militância feminista negra.
[Xi]   HOOKS de 2014.
[Xii]   ganchos, 2014, p. 10. Este argumento Desenvolvido foi excepcionalmente tese na ROSA, Luis Carlos Dalla. Educar para a Sabedoria fazer amor. A alteridade como paradigma educacional. 2010. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Teologia, Faculdades EST, São Leopoldo, 2010. Tese concedido cascas SOTER - Sociedade de Teologia e Ciências e dá RELIGIÃO COM pós-saco tiras Doutorado CAPES, em 2011 EST. egresso dá EST expira ou recompensar Teses CAPES. Disponível em: <http://www.est.edu.br/noticias/visualiza/egresso-da-est-vence-o-premio-capes-de-teses>. Acesso em: 15 de janeiro 2014.
[Xiii]   Gebara, 2000a, p. 62.
[XIV]   OLIVEIRA, Irene Dias. . Religiões brasileiras e Violência Africano Ciberteologia - Revista de Teologia & Cultura. n. 35, ano VII, Julho / Agosto / Setembro de 2011, p. 22. Disponível em: Acesso em: 14 de janeiro 2014.
[XV]   OLIVEIRA, 2011, p. 22.
[Xvi] PAZ, Octavio. O Arco ea Lira. O poema, a revelação poética, da poesia e história. 3. ed. México: FCE, 1972, p. 129.
[Xvii]   ROSE, 2010, p. 29.
[Xviii]   Chaui, Marilena. Participar mulher sem debate e violência. Em: Antropológica Perspectivas daMulher. Rio de Janeiro: Zahar, 1984, n. 4, p. 35-36 e 48.

VIII CONERE FONAPER

Imagine The Possibilities | Barbie

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quais foram as tribos mais poderosas dos EUA?

or Tiago Jokura | Edição 86
Ao longo da história americana, sobretudo no século 19, à época do Velho Oeste, os valentes povos sioux e apache se destacaram pela resistência à invasão do homem branco e pelo poderio militar. Porém, é praticamente impossível estabelecer, de fato, quais tribos foram "as" mais importantes. "Dentre centenas de tribos que habitavam a América do Norte na época da colonização, listar apenas algumas sempre gera discordâncias", explica Colin Calloway, historiador especialista em nativos americanos do Darthmouth College, nos EUA. Mesmo fazendo a ressalva, o estudioso nos ajudou a montar uma linha de frente com os povos que deixaram sua marca nos EUA, enquanto sua terra natal ia sendo violentamente demarcada - atualmente, essas tribos vivem em reservas que nem de longe correspondem ao território que ocupavam originalmente. `|| : (
GUERREIROS BONS DE BRIGA
Os povos mais importantes na desigual luta dos indígenas americanos contra a invasão dos colonizadores brancos
APACHE
Ao lado dos sioux, os apaches foram os que resistiram à dominação do homem branco por mais tempo. Dividiam-se em várias tribos pequenas e nômades, não passando muito tempo no mesmo local. Só se renderam mesmo quando 5 mil soldados dos EUA cercaram o grupo de 50 guerreiros comandados por Gerônimo
COMANCHE
Os corajosos caçadores de búfalos não combateram apenas os States, chegando a travar brigas feias com espanhóis e até com os apaches. Adquiriram cavalos dos desafetos espanhóis e desenvolveram técnicas de combate a galope para atacar os inimigos
CREEK
Foi a primeira tribo "civilizada" pelos esforços de George Washington - primeiro presidente dos EUA. Os creeks mantinham comércio intenso com os britânicos e travaram longas guerras para proteger o território contra os americanos
NAVAJO
Exímios caçadores, também combateram os invasores espanhóis e americanos com arcos e flechas. Com 220 mil integrantes, os navajos são hoje a segunda nação indígena mais populosa dos EUA, controlando a maior reserva do país, com o tamanho da Irlanda
PUEBLO
O povo pueblo era bastante hábil no uso do barro, utilizado na construção de vasos e habitações. Suportaram a colonização de espanhóis, mexicanos e americanos, sendo uma das poucas tribos que continuam ocupando as áreas povoadas originalmente
CHEROKEE
Maior população indígena dos EUA hoje, com quase 310 mil membros, a nação cherokee acabou incorporando muitos costumes dos colonizadores europeus. Por causa disso, eram conhecidos à época como uma das "Cinco Tribos Civilizadas"
IROQUOIS
Formavam uma confederação de seis nações indígenas, vivendo democraticamente sob um mesmo governo. Mais tarde, Benjamin Franklin se inspirou no modelo da nação iroquois para elaborar a Constituição dos EUA
CHOCTAW
Também fazia parte das "Cinco Tribos Civilizadas", ao lado de cherokees e creeks, citados em nossa lista, e dos povos chickasaw e seminole. Tiveram suas terras desapropriadas para o cultivo de algodão e para habitação dos escravos empregados na lavoura
SIOUX
Formada por índios dakotas, entre outros povos, a grande nação sioux - que significa homens-búfalo - foi a mais aguerrida na defesa de seu território. Como na famosa batalha de Little Bighorn, em 1876, quando, sob o comando do chefe Touro Sentado, liquidaram a 7ª Cavalaria do general Custer
BLACKFOOT
Os mocassins com sola preta que calçavam lhes renderam o apelido de blackfeet - "pés pretos", em inglês. Se valiam de uma agressiva cavalaria, equipada com armas de fogo, para dominar tribos vizinhas e tocar o terror contra os invasores de pele branca
CHIPPEWA
Viver à beira dos Grandes Lagos especializou a tribo na pescaria, mas não diminuiu seu poder de fogo. Lutaram ao lado de franceses contra outros indígenas e deram uma força aos ingleses que batalhavam contra a ex-colônia que já se chamava Estados Unidos
MANDAN
Mais pacíficos, se dedicavam à agricultura. Não à toa, suas vilas tornaram-se grandes centros para comércio de artigos hortifrútis. Como várias tribos, sofreram com epidemias de varíola que dizimaram grande parte da população no século 19
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-foram-as-tribos-mais-poderosas-dos-eua?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_mundoestranho
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Vídeo explicativo Templo Budista de Três Coroas

Normal É Ser Diferente - Grandes Pequeninos

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Indígenas dos cinco continentes participam de Jogos inéditos Leia a matéria completa em: Indígenas dos cinco continentes participam de Jogos inéditos

ublicado há 4 horas - em 28 de outubro de 2015 » Atualizado às 16:34 
Categoria » Direitos Humanos
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Leia a matéria completa em: Indígenas dos cinco continentes participam de Jogos inéditos - Geledés http://www.geledes.org.br/indigenas-dos-cinco-continentes-participam-de-jogos-ineditos/#ixzz3puCG85f3 
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Até o dia 31 de outubro, Palmas, a capital do Tocantins, sedia a primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas, com cerca de mil atletas brasileiros e 700 vindos de países como Rússia, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Mongólia, Chile, Etiópia e Finlândia.
Por Mama Press
Os Jogos Indígenas já tiveram 12 edições nacionais, desde 1996, em diferentes cidades do país, com apoio do governo federal, patrocínio das prefeituras e, eventualmente, de estatais como Caixa Econômica e Eletrobras.
Mas o primeiro evento esportivo e cultural internacional foi ideia dos povos brasileiros terenas e pode impulsionar a criação de uma espécie de comitê para organizar as próximas edições no exterior.
Mais de 20 etnias brasileiras – como os Xerente (os anfitriões, do Tocantins), Bororo Boe (Mato Grosso), Asurini (Pará), Pataxó (Bahia) e Canela (Maranhão) – participam dos Jogos.
O evento, no entanto, também foi boicotado por etnias como os Krahô e os Apinajé, pelo que dizem ser um “momento difícil” para os povos brasileiros, com a demora na demarcação de terras, conflitos violentos com fazendeiros e invasões de territórios já homologados por madeireiros e garimpeiros.
Os Guarani-Kaiowá, presentes nos noticiários pelo alto índice de mortes relacionadas com conflitos pela terra no Mato Grosso do Sul, estão divididos: há delegação da etnia em Palmas, mas algumas lideranças também criticaram o evento em uma carta.
151025221024_sp_indigenous_games_3_624x460_reuters_nocreditMulheres do povo Caiapó (Pará); jogos internacionais foram ideia de povos terenas Image copyrightReuters
151025220824_sp_indigenous_games_2_624x460_reuters_nocreditNa chegada em Palmas, diversos índios como este Caiapó tiravam fotos da reunião de povos nativos em smartphones-Image copyrightReuters
151025221407_sp_indigenous_games_4_624x460_reuters_nocreditImage captionOs Guarani-Kaiowá enviaram uma delegação de atletas (foto) a Palmas, mas alguns líderes criticaram o evento-Image copyrightReuters,
151025221806_sp_indigenous_games_6_624x460_ap_nocreditCarajás protestaram contra a PEC 215, que transfere para o Congresso a atribuição de aprovar a oficialização das terras indígenas-mage copyrightAP
151025221806_sp_indigenous_games_6_624x460_ap_nocredit (1)
151025221612_sp_indigenous_games_5_624x460_ap_nocreditÍndios Kuikuro (Mato Grosso) apresentam dança tradicional no festival cultural que precedeu os Jogos Indígenas-Image copyrightAP
151025221937_sp_indigenous_games_7_624x460_reuters_nocreditCom uniformes e adereços tradicionais, índios caiapó esperam sua vez na competição de futebol-Image copyrightReuters
151025222330_sp_indigenous_games_9_624x460_ap_nocreditReunindo indígenas de 24 países, o evento possibilita encontros como este de uma índia da Sibéria, na Rússia, com nativos do Panamá- copyrightAP
151025222513_sp_indigenous_games_10_624x460_afp_nocreditOs olhos arregalados e a língua de fora são uma expressão facial tradicional do maori, da Nova Zelândia, para demonstrar força e emoção-Image copyrightAFP
Os Jogos Indígenas misturam competições esportivas com modalidades de “demonstração”, em que povos fazem apresentações de alguns de seus esportes tradicionais, e atividades culturais.
Entre os esportes de competição estão o futebol masculino e feminino, o arco e flecha e a corrida com toras e a natação. Entretanto, os países não competem necessariamente em todas elas. Algumas serão disputadas só por brasileiros.
Os atletas são escolhidos pelos chefes de cada tribo convidada a participar dos Jogos.
151025222859_sp_indigenous_games_11_624x460_reuters_nocreditPataxós assistem a um jogo de futebol de seus atletas contra os Xerente-Image copyrightReuters
151025224918_sp_indigenous_games_13_624x460_ap_nocreditNa cerimônia de abertura, indígenas dos Estados Unidos fazem uma apresentação- image copyrightAP
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151025225202_sp_indigenous_games_14_624x460_reuters_nocreditA abertura dos jogos também foi marcada por protestos pela demarcação de terras indígenas e pelo fim dos confrontos com fazendeiros- mage copyrightReuters
Neste domingo, segundo a Agência Brasil, os indígenas da Mongólia impressionaram os espectadores em uma demonstração de destreza e precisão no arco e flecha.
Os mexicanos também jogaram a pelota mixteca, semelhante ao tênis, em que rebatem uma bola de 900 gramas para o time adversário com a ajuda de uma pesada luva de couro cheia de cravos de metal.
Já os brasileiros caiapós demonstraram o rõnkran, em que usam bastões para conduzir um coco de babaçu até o campo do adversário e ganhar pontos.
E os índios pataxós praticaram a corrida de maracá, em que revezam um chocalho tradicional.
151025225405_sp_indigenous_games_15_624x460_getty_nocreditA corrida com toras é um dos esportes tradicionais em que as tribos irão competir durante a semana dos Jogos-Image copyrightGetty
151025230130_sp_indigenous_games_17_624x460_ap_nocreditIndígenas da Mongólia, homens e mulheres, impressionaram os espectadores em demonstração de arco e flecha-Image copyrightAP
151025230327_sp_indigenous_games_18_624x460_ap_nocredit (1)Índios brasileiros e maoris se juntaram durante as demonstrações de arco e flecha em Palmas-Image copyrightAP
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151025230452_sp_indigenous_games_19_624x460_epa_nocreditUm desfile de beleza indígena teve 50 mulheres de diversas etnias com seus trajes típicos, como esta índia russa- Image copyrightEPA
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Image captionUm desfile de beleza indígena teve 50 mulheres de diversas etnias com seus trajes típicos, como esta índia russa
151025230955_sp_indigenous_games_21_624x460_afp_nocreditÍndia da Guiana Francesa participa de desfile de beleza indígena, parte da programação cultural dos Jogos- Image copyrightAFP
151025231124_sp_indigenous_games_22_624x460_getty_nocreditOs caiapós demonstraram o jogo rõnkran, espécie de hóquei em que eles usam um bastão para conduzir um coco de babaçu até o outro lado do campo- Image copyrightGetty

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Revolução indígena, cura e resistência por meio da música















Photo Cred. Bailey Rebecca Roberts
O rapper Lakota, Frank Waln falou com exclusividade a Rádio Yandê, primeira mídia brasileira que o entrevistou sobre seu trabalho.Famoso por suas letras de valorização e respeito as culturas indígenas norte americanas, ele consegue combater os esteriótipos presentes na sociedade envolvente e mídias. 

Frank é um jovem lakota, da Reserva Rosebud em South Dakota nos Estados Unidos, que conquistou um espaço de destaque com sua música. É um dos 12 indígenas americanos apontados no BuzzFeed por estarem fazendo a diferença. 

Não apenas incentivando toda uma geração, mas despertando o orgulho indígena e trazendo com suas rimas, sentimentos e críticas sobre a colonização. Ele realiza workshops fazendo conscientização ambiental e política sobre a questão indígena em seu país. A resistência indígena norte americana aposta na conscientização e empoderamento cultural como as principais armas para a revolução.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Quando você sentiu pela primeira vez o poder da música, não apenas como forma de expressar sentimentos sobre sua realidade mas como formar de descolonizar pensamentos em uma sociedade não indígena, que acredita que os povos indígenas ficaram no passado ou deixaram de existir ?

Frank Waln: Quando eu me dei conta de que a música tinha o poder de curar o trauma emocional causado pela colonização do meu povo assim como tinha o poder de me ajudar a descolonizar a minha própria mente. Se eu estou descolonizando minha própria mente e pensamentos através da minha música, a mente do ouvinte seguirá o mesmo caminho.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Como é ser um jovem indígena da etnia Lakota e pertencer a uma reserva nos Estados Unidos ?

Frank Waln: É uma coisa incrível. Eu tenho uma conexão com a terra, cultura e língua que poucas pessoas nos EUA podem invocar. Eu não gostaria que fosse de outra maneira.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Você já sofreu preconceito por ser indígena ?


Frank Waln: Diariamente.


(Rádio Yandê) Renata Machado : Em uma entrevista recente, foi destacado o fato de você combater estereótipos indígenas e preconceitos com sua música. Você influencia e aumenta a autoestima de muitos jovens indígenas, não apenas no Estados Unidos. Seu ativismo em defesa do seu povo e o fato de aparecer no Rebel Music da MTV, fez com que outros passassem a acreditar, que um indígena pode ser aquilo que ele desejar ser. Para você como está sendo tudo isso ?


Frank Waln: É um pouco devastador e incrível ao mesmo tempo. Ajudar, curar e inspirar as crianças indígenas que estão passando por um momento difícil é um dos melhores presentes do mundo para mim.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Você acredita que as mídias sociais estão ajudando na difusão de informações aos indígenas de todo o mundo a se comunicar uns com os outros ?

Frank Waln: Sim eu acredito. Nós agora podemos soltar nossas vozes coletivas para o mundo através de mídias sociais, algo que não podíamos fazer antes. A mídia social é também uma ótima ferramenta para reestabilizarmos nossas linhas intertribais de comunicação e compartilhar informação rapidamente.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Existem rappers indígenas brasileiros a maioria deles são das etnias kaiowa e guarani mbyá. O  grupo Brô MCs é o mais conhecido do país. Qual conselho você daria para indígenas que seguem esse gênero musical?


Frank Waln: Seja você mesmo. Conte sua história. Faça tudo isso partindo de um local de amor.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Existe uma dor que todos compartilhamos, faz parte da nossa história e memória enquanto indígenas, você acredita que a música pode ser um dos instrumentos para curar nossas feridas do processo de colonização ? 

Frank Waln: Eu acredito que a música é uma ótima maneira de expressar a nossa dor, raiva, amor e espírito. A música também transcende fronteiras, culturas e línguas. Isso faz com que a música seja uma ferramenta poderosa de cura e ensino.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Seus clipes musicais são bastante inspiradores. "Oil 4 Blood" , você aparece com os olhos e boca vendados. Como o governo dos Estados Unidos cuida das questões indígenas e quais as maiores dificuldades enfrentadas?


Frank Waln: O governo dos Estados Unidos é construído na destruição das terras e povos indígenas. O governo ainda age desta maneira. Eles continuam colonizando nossas terras e tentando destruir nossas comunidades. A extração de energia natural nas terras indígenas, em total desrespeito aos direitos dos tratados indígenas, e o Estado roubando crianças indígenas das comunidades indígenas para colocá-las sob assistência social do governo são apenas alguns dos muitos problemas que enfrentamos hoje.

(Rádio Yandê) Renata Machado : Que mensagem você gostaria de deixar para os fãs brasileiros e ouvintes da Rádio Indígena Yandê sobre valorização da cultura e ancestralidade ?

Frank Waln: Como pessoas indígenas nós descendemos de algumas das pessoas mais fortes, mais inteligentes, mais lindas do mundo. Toda sua grandeza flui em nossas veias. Nós merecemos ser felizes,saudáveis e respeitados. Muito obrigado por ouvir a minha música e suportar o meu trabalho.

Redação Yandê
Tradução: José Jefferson










Foto: Reprodução AP Photo/MTV World, Nusrat Durrani.