Todo o estado brasileiro, possui liberdade para determinar sobre o ensino religioso, porém todos os estados brasileiros devem respeitar a constituição que prega liberdade de crença religiosa. Observamos, porém, a imposição do ensino religioso cristão em escolas públicas e o uso de símbolos cristãos em órgãos públicos, municipais e federais. Além disso, a discriminação relacionada as minorias, se torna mais evidente.
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Infelizmente, ainda cometemos o erro de fortalecer as crenças religiosas em detrimento ao desenvolvimento cognitivo de nossos alunos e a criação de mentes “autônomas” com capacidade de auto-desenvolvimento.
Enquanto em algumas salas de aula, alunos são obrigados a “rezar o pai nosso” e em alguns tribunais ainda obrigam as testemunhas a “jurarem sobre a Bíblia”, dificilmente teremos em nosso âmago populacional e social, pessoas capazes de manifestar uma espiritualidade sadia e livre.
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A discussão relacionada ao ensino religioso a meu ver deveria ser tratada, primeiramente com mais respeito pelos governantes e em segundo lugar, com a coerência necessária frente a nossa constituição e auto-declaração de uma nação “laica” em si mesma. O “Ensino” deveria priorizar a construção da capacidade do aluno para o auto-desenvolvimento e reflexão. Potencializar a “meta-cognição” ou capacidade de aprender a aprender, é algo que independe da crença de alguém.
Um ponto paradoxal toma forma na discussão quando fomentamos a análise do tema. Se por um lado o ensino religioso pode ser útil no sentido de fomentar a reflexão, por outro a imposição de crenças leva a pessoa a uma atitude embotelhadora, fanática e contraria o objetivo inicial de criar pessoas com capacidades auto-reflexivas.
A imagem a seguir demonstra a diferença na questão do ensino religioso em alguns estados brasileiros.
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Antes do Ensino Religioso propriamente dito, o Ensino da Filosofia deveria obter um melhor status. Sempre relevado a um plano secundário dentro das matérias ditas “principais” por nosso sistema de educação, a Filosofia traz em sua base a busca por criar um pensador livre. Alguém com auto-capacidade de reflexão e autonomia de raciocínio frente as problemáticas da vida.
Um aluno ao invés de ser “obrigado a rezar”, deveria ser “obrigado” a pensar por si mesmo e a manifestar “a própria” opinião. O que raramente ocorre nas aulas de ensino Religioso.
Em uma sociedade cada vez mais heterogênea em sua cultura. Onde convivemos no pluralismo de crenças e filosofias, ética e moral, o RESPEITO deveria ser a palavra chave.
O uso do símbolo religioso deveria ser amplificado. Querem usar símbolos, usem um símbolo universalista que seja abrangente e não convergente. Existem inúmeros exemplos disso, porém não cabe resumi-los e exemplificá-los aqui. O Ensino deveria também ser amplificado, poderíam as escolas, ao invés do comodismo de “pregar uma religião”, ensinar sobre as diversas religiões do mundo, Cristã, Budista, Judáica, Islmâmica, Induista, Xamanista, Animalista e etc… Fazendo o aluno gerar uma hermenêutica autêntica e a estabelecer relações com os acontecimentos históricos e sociais.
Esta crítica visa estimular o leitor a Pensar por si mesmo e a tirar suas próprias conclusões
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