Simbolismo religioso é o uso de símbolos, incluindo arquétipos, atos, trabalhos artísticos, eventos, ou fenómenos naturais, por uma religião.
Religiões visualizam textos religiosos, rituais, e obras de arte como símbolos de idéias convincentes ou ideais. Os símbolos ajudam a criar um reseonant mythos que exprime os valores morais da sociedade, os ensinamentos da religião, cria um sentimento de solidariedade entre os seguidores religiosos, ou funciona como uma forma de trazer um adepto mais perto de seu deus ou deuses.
O estudo do simbolismo religioso é ou Universalista, como uma componente da religião comparada e mitologia, ou localizadas no âmbito de aplicação, dentro dos limites e fronteiras de uma religião.
África, o continente com mais civilizações antigas, com as culturas mais diversas, repleta da enorme diversidade que a caracteriza..., tudo isto naturalmente se reflecte nas tradições que dizem respeito ao casamento. Embora muitas das tradições possam não ser aceites na nossa sociedade, existem algumas ou até mesmo o seu simbolismo que podem sempre ser incorporadas no vosso casamento.
A maioria das regiões africanas que celebram o casamento tem por base uma premissa: a família. Um casamento africano é isso mesmo: a celebração do conceito da família através da união de duas pessoas; a junção de duas famílias e por vezes até de duas tribos.
África - o continente da diversidade - apresenta muitas religiões e muitas crenças. Existem mais de 1.000 unidades culturais e cada tribo tem a sua própria tradição relativamente ao casamento. As maiores religiões de África são o Cristianismo e todas as suas diversidades, o Islamismo, Religiosa-Étnica, Não-Cristã, Hinduísmo e Baha’i. No norte de África o Islamismo está mais presente e mais para o sul surge o Cristianismo, o Hinduísmo e até algumas tradições Judaicas misturadas com outros costumes antigos
As festas coloridas, a música e as danças são elementos fundamentais de um casamento africano. Tudo depende da parte de África onde o casamento é celebrado, mas muitas cerimónias de casamento podem durar dias, sendo extremamente elaboradas. Por vezes, existem cerimónias conjuntas onde diversos casais são casados ao mesmo tempo. O casamento pode ser algo bastante elaborado, envolvendo uma festa na comunidade que pode durar dias, cheia de dança.
Tal como no restante mundo, o casamento em África é um acontecimento que envolve a família e a junção de duas pessoas. Existem muitas tradições relativas ao casamento em África e nenhuma é igual a outra. Contudo, existe algo em comum, a noiva tem sempre um papel especial sendo sempre tratada com o respeito devido pois ela significa uma nova possibilidade de continuar a família. Em alguns locais, a família do noivo chega a mudar-se para a vila da noiva e monta a sua casa lá.
Em muitos locais de África, as mulheres são ensinadas desde crianças a serem boas esposas, chegando a aprender linguagens secretas passadas pelas anciãs mais velhas para poderem apenas comunicar acerca dos problemas do casamento, sem que os maridos percebam o que elas dizem. Os noivos, em geral, são preparados desde cedo para serem parceiros ideais. Em algumas tribos os mais idosos reúnem-se com a noiva e dão-lhe sábios conselhos para um casamento feliz. Muitas raparigas vão para escolas onde mães mais velhas as ensinam como ser boas esposas.
Etiópia
Na Etiópia, a povoação Karo decora as suas noivas com tatuagens no abdómen com diferentes símbolos.
Na tribo Amhara, muitos casamentos são negociados pelas duas famílias, com uma cerimónia civil a selar o contrato. Por vezes um sacerdote está presente, outras vezes não. Existe um casamento temporário celebrado através de um contrato verbal antes de ser realizado o casamento em frente às testemunhas.
Kenya
O povo Massai do Kenya faz acordos entre eles relativamente ao destino das suas crianças. Usualmente uma criança está destinada a casar com outra quando chegar à idade apropriada. No casamento, as mulheres são casadas com homens que não conhecem, usualmente muito mais velhos que elas. A noiva recolhe todos os seus bens, e é vestida com as mais finas jóias. Durante a cerimónia o pai da noiva cospe na sua cabeça e peito como sinal da sua bênção; depois a noiva parte com o seu marido para a sua nova casa sem olhar para trás, pois reza a lenda, que se assim não fizer ela transformar-se-á em pedra.
O povo Swahili do Kenya banha as noivas em óleos de sândalo e tatuam henna nos seus pés e mãos. Uma mulher mais velha dá instruções à noiva sobre como ser uma boa esposa, como agradar e fazer sentir bem o seu marido. Por vezes, esta mulher mais velha esconde-se por debaixo da cama dos recém-casados para o caso de serem necessárias instruções adicionais.
Noutra parte do Kenya a maior festa do casamento é a Kupamba, que surge na noite depois do casamento, sendo basicamente um exibir da noiva às mulheres. Nesta festa só estão mulheres, sendo uma festa onde elas podem remover os seus véus, e podem exibir umas às outras os seus magníficos vestidos e penteados, tornando a festa quase numa competição entre mulheres, pois um bom marido providencia boas roupas e boas jóias à sua mulher para que ela as possa exibir às outras.
Nigéria
Os Wodabee da Nigéria cortejam as primas para casar. Os rapazes usam amuletos poderosos para demonstrar o seu encanto às suas primas. Se existirem 2 primos que pretendam a mesma mulher a mulher escolhe um deles, sendo o outro primo convidado a ser amigo do casal e a frequentar a sua casa, e por vezes até a sua cama!
Namibia
O povo Himba da Namíbia rapta a noiva antes da cerimónia do casamento e coloca-lhe uma espécie de coroa de noiva feita em pele. Depois da cerimónia ela é levada à casa da família onde esta a informa das suas novas responsabilidades de casada, e depois ela é besuntada de manteiga para lhe demonstrar que foi bem aceite na família.
Sudão
No povo Neur do sul do Sudão, o noivo tem de pagar 20 a 40 cabeças de gado à família da sua noiva e o casamento só é considerado completo depois da mulher ter dado à luz 2 filhos. Se a mulher não conseguir dar à luz, ele pode pedir o retorno das cabeças de gado. No entanto, se o marido falecer, a família do noivo deverá providenciar um irmão do falecido à viúva e este deverá adoptar as crianças do seu irmão como suas.
Esta semana, a edição do Brasileiros Viajantes volta à quinta-feira e com um contributo diferente do habitual – Caroline Dutra, brasileira que viveu três anos no Oriente Médio, vem esclarecer alguns dos mitos que o mundo ocidental continua cultivando com relação a esta região e, principalmente, acerca de um país em especial: o Irã. Um testemunho que não deve perder, porque melhor do que ficar com as ideias que passam para este lado, é escutar quem conheceu o lado de lá.
Sem dúvida, o Irã, ou Pérsia, como antigamente era conhecido, é o país mais injustiçado pela opinião pública. Confesso que antes de conhecer este país, eu não tinha nada de bom para falar. No entanto, depois de ter morado três anos em Teerã, de ter conhecido verdadeiramente o país e seu povo, hoje vejo como a maioria das pessoas (até mesmo jornalistas) pouco sabem sobre o assunto. É como se todos os problemas de diferentes países do Oriente Médio tivessem agora a mesma origem (o Irã) e que o posicionamento de seu governo refletisse a opinião do povo iraniano.
Dentre os muitos paradigmas e preconceitos, elenquei abaixo os que mais frequentemente ouvi e destaquei o país de onde verdadeiramente veio o mito. Dá uma olhada:
1. As mulheres vestem burca
Não há mulheres vestindo burcas! Provavelmente você nem saiba o que é uma burca. A burca é o traje que cobre totalmente a mulher (inclusive o rosto) e é usado majoritariamente no Afeganistão. Todas as mulheres no Irã mostram o rosto. A vestimenta no país varia entre: Chador (o mais conservador – um lençol negro jogado por cima de todo o corpo), Maghnaeh (é tipo um capuz, usado especialmente nas instituições de ensino e por trabalhadoras em estabelecimentos comerciais) e o simples lenço cobrindo parcialmente os cabelos, valendo inclusive estampas coloridas. Minha roupa do dia a dia era jeans, All-Star (super popular entre as iranianas), camisete longa e lenço. Sim: estrangeiras também devem usar algo sobre os cabelos.
2. É um lugar perigoso. Há atentados terroristas.
Em questão de segurança, o Irã muitas vezes é associado à situação dos países que fazem fronteira com ele, tais como Paquistão, Afeganistão e especialmente Iraque. No entanto, o país é dos mais seguros em que estive. Pessoas contam dinheiro na rua, joalherias abrem sem ter seguranças e bancos não tem porta com detector de metais. Eu andava sozinha nas ruas, dia ou noite, e nunca tive qualquer problema no país.
3. As pessoas andam em camelos
Os únicos camelos que eu vi foram uns decorados com “pompons” para turistas pagarem para andarem neles. Além disso, há criação de camelos, mais para consumo da carne do que para transporte de cargas. Querendo ver camelos do seu imaginário, recomendo ir ao Rajastão, na Índia.
4. O clima é sempre muito quente
O calor forte restringe-se aos 3 meses do verão. As 4 estações do ano são bem marcantes, com uma primavera de muitas flores, um outono com plátanos em vários tons laranja e um inverno com frio e neve. Acredite: há várias estações de esqui no Irã e os preços são atrativos comparados com outras estações de esqui pelo mundo.
Uma estação de esqui no Irã. Na foto, três brasileiras e o treinador, iraniano, vestindo a camiseta da CBF.
5. Não há marcas/produtos internacionais disponíveis
Diferente do que se imagina a respeito das sanções aplicadas ao Irã, o cidadão local tem acesso a quase tudo, inclusive marcas americanas, como Coca-Cola (nas versões normal, diet e zero) e Pepsi. Há até lojas oficiais de marcas internacionais, como por exemplo: Adidas, Nike, Salomon, Mango, Esprit, Geox, Benetton, WMF, LG, Samsung, Porche, Crocks, etc, e até marcas brasileiras como Tramontina e Yogoberry. No entanto, não existem franquias americanas de alimentos, tais como McDonalds, Pizza Hut e Burguer King. Nesta onda de marcas internacionais, a grande sensação de Teerã foi a inauguração da loja Victoria Secrets em uma das avenidas mais importantes da capital.
6. Só a religião islâmica é permitida
A constituição iraniana reconhece 3 outras religiões monoteístas além do islamismo: o cristianismo, o judaísmo e o zoroastrismo. São religiões respeitadas, porém, consideradas arcaicas, já que Deus teria enviado, através de Maomé, a versão “mais recente” de seus ensinamentos. Maomé e o Alcorão são posteriores à Bíblia, e portanto seriam a palavra final de Deus. Já as religiões que surgiram posteriores a Maomé, como a Bahai, não são bem aceitas, possivelmente por colocarem o islamismo na mesma condição de “desatualizada”.
7. Os iranianos são árabes
Este erro é bastante comum entre os ocidentais e motivo de grande ofensa para os persas. Possivelmente a confusão surge pelo fato de árabes e persas seguirem a mesma religião, de grande parte dos países árabes estar no Oriente médio e pelo nome Irã e Iraque ter uma sonoridade parecida. No entanto, os iranianos não vêem motivos para este equívoco, e proferem uma lista interminável de diferenças que os distinguem como um povo único: possuem uma cultura milenar, possuem famosos filósofos e poetas, são originários da raça ariana, têm uma língua própria (com origem indo-européia), culinária distinta, etc.
8. Os iranianos falam árabe
Apesar do alfabeto ser praticamente igual ao árabe (há algumas letras que são exceção), a língua e a gramática são totalmente diferentes. Um exemplo interessante é o fato da língua árabe não ter o som do “p”, que na língua farsi (ou persa) é comum.
9. O país vive uma completa ditadura
Cargos políticos como presidente ou parlamentares são eleitos por voto direto. Homens e mulheres podem votar, sem restrições. No entanto, acima do presidente está o Líder Supremo Religioso, que tem o poder de vetar em última instância eventuais medidas que desagradem a religião islâmica. O Líder Supremo também pré-aprova os candidatos que disputarão as eleições.
10. As mulheres não podem dirigir
Este é um mito adquirido da Arábia Saudita, único país islâmico que não permite que mulheres dirijam. No Irã, mulheres dirigem normalmente e, assim como no Brasil, há piadinhas machistas quanto a “habilidade” delas no comando de um carro.
11. As mulheres não têm direitos
Muito da fama das supostas restrições impostas às mulheres no Irã vem da situação delas na Arábia Saudita. No Irã, mulheres podem votar, trabalhar, serem eleitas a cargos políticos, dirigir, estudar (inclusive são maioria nas universidades). Porém, no Irã, ainda não podem: cantar sozinhas na frente de homens (exceto coros), sair do país sem a autorização do pai ou marido, serem eleitas para presidente e serem juízas. Em juízo, o testemunho de uma mulher vale metade do do homem.
12. Homens casam com várias mulheres
Pelo islamismo, um homem pode ter até quatro esposas simultaneamente, desde que possa sustentá-las decentemente e que as trate igualmente. Como o Irã é uma república islâmica, a regra também vale para o país, PORÉM, a primeira mulher deve concordar com tal decisão. Em vilas remotas isso pode até ser encontrado, mas nas cidades, as famílias são muito matriarcais e mulheres estão no comando. Não conheci mulher alguma que tenha aceitado a proposta do marido casar com mais mulheres. Os homens nem tentam…
13. Não há festas
De fato não há discotecas, mas as festas ocorrem nas casas, escondidas, com muito som, bebidas e, acreditem, roupas minúsculas (mini saias e tops são os preferidos das iranianas)! Até para uma brasileira os modelitos espantam!
14. Os iranianos não gostam de estrangeiros
Super errado pensar isso! Os iranianos são um dos povos mais hospitaleiros que existem e adoram receber estrangeiros. Não é difícil acontecer de um iraniano convidar um desconhecido turista para tomar um chá em sua casa. E não estranhe também se eles quiserem trocar telefones, e-mails e tirar fotos com você.
15. Não há Facebook
Oficialmente não há mesmo. Sites como Facebook, Twiter, blogs são censurados. No entanto, com as tecnologias de VPN e anti-filtros, todos têm acesso e perfis nestes sites. Muitos estabelecimentos comerciais (lojas e restaurantes), ao invés de terem um endereço web na internet, preferem ter um perfil no Facebook (grátis e fácil de usar).
16. Não possuem tecnologias avançadas
Especialmente na área de nanotecnologia e nuclear, o Irã tem tecnologia superior à brasileira. O número de engenheiros / habitantes formados no Irã é um dos mais altos do mundo.