segunda-feira, 8 de junho de 2015

Tabu para os católicos, sacerdotisas são comuns em outras religiões

Tabu para os católicos, sacerdotisas são comuns em outras religiões

27/07/2014 16:58
Cristiane Sagioratto, Da Redação 
Num mundo em que a igualdade entre os sexos é tida com um direito, muitos questionam se um dia a Igreja Católica abrirá a possibilidade de ordenação sacerdotal para as mulheres. O Vaticano não admite a ordenação de mulheres como sacerdotes, por outro lado é admitida em outras igrejas brasileiras como a Batista, Metodista, Anglicana e Luterana. Estas denominações religiosas vêem um número crescente de pastoras ocuparem cargos cada vez mais importantes nos templos religiosos.   O Vaticano se baseia no exemplo bíblico, de que Jesus escolheu homens para serem ordenados sacerdotes
Já os metodistas aceitam pastoras há 40 anos no Brasil e, em 2001, uma mulher foi nomeada bispo pela primeira vez. A chance de mulheres assumirem igrejas católicas, sinagogas e mesquitas, porém, permanece reduzida. Segundo a pastora Elisângela Borthardt Rower, 36, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil com sede no Bairro Araés em Cuiabá, a sua Igreja foi a primeira no país a iniciar a ordenação feminina. Conforme Rower, já foram eleitas 18 pastoras ao cargo de bispas em todo o Brasil. As últimas duas concorreram ao bispado no Rio Grande do Sul e em Rondônia.  Em Cuiabá, não há registros de bispas eleitas. Elisângela iniciou como ministra da Igreja luterana em fevereiro de 2006. “Comemoramos este ano 32 anos de ordenação de mulheres. A primeira vez que teve o chamado feminino para pregar a palavra de Deus foi em 13 de novembro de 1982”. Diz ainda que na denominação luterana existem hoje 350 ministras ordenadas pastoras, catequistas, diáconas e missionárias em todo o país. Já em Cuiabá, somente Rower. “As mulheres pregam na Igreja luterana porque elas são tão capazes quanto os homens. São mais de três décadas de conquistas da ordenação feminina em levar a palavra de Deus às pessoas”, frisou Elisângela. A pastora avalia que a determinação e a vontade das mulheres em exercer o ministério foi criando possibilidades na denominação Luterana. “Foi um longo processo, com muitas discussões, orações e quebra de paradigmas. Com confiança em Deus e com um trabalho incansável aos poucos brechas foram sendo abertas e mais mulheres foram ingressando no estudo da teologia e no ministério ordenado”. 
Avanço feminino 
A decisão da Igreja Anglicana da Inglaterra em permitir a ordenação de mulheres como bispas, revela o avanço das vocações femininas em templos de todo o mundo, incluindo o Brasil. A pastora Márcia da Silva Santos, 43, da Igreja Batista Shekinah, localizada no Bairro Dr. Fábio II, em Cuiabá, conta que iniciou seus trabalhos evangélicos aos 17 anos. Em seguida formou-se em teologia no Rio de Janeiro. “Fui convidada pelo pastor da Igreja Batista de Cuiabá para ser missionária na unidade do CPA II no dia 27 de julho de 1997”, lembra.  Em 1999, ela deu início a um trabalho evangelístico no Jardim Vitória, onde surgiu a oportunidade da construção de um novo templo no bairro. “Não é só a palavra de Deus que temos que levar às pessoas e sim uma mudança de comportamento”, enfatiza a pastora. Questionada porque é mais fácil a mulher ser ordenada a levar a palavra de Deus aos fieis na igreja evangélica comparada a denominação católica, a pastora justifica que é pela questão cultural e bíblica.  “Na nossa visão o correto é se casar. É bíblico. Nós cremos que a família é benção de Deus. No meu entendimento, Deus criou a família”. Em Mato Grosso são mais de 300 mil evangélicos. Já em Cuiabá, são mais de 100 mil adeptos à religião evangélica. Na capital são mais de 30 denominações desta religião. “É um chamado de Deus. Para ser missionária tem que ter dom, assim como é com o médico e em outras profissões”, diz a pastora Márcia. Para Karina Leite Santana, 35, da Igreja Metodista, em Primavera do Leste, a mulher já deu um grande passo ao assumir um cargo de pastora na Igreja. Ela é pastora desde 2006. Recorda que teve uma experiência com Deus em Campinas, interior de São Paulo, aos 17 anos.  Antes de iniciar a faculdade de Teologia, Karina atuava como missionária na Igreja. “Senti muito forte o chamado de Deus no meu coração. A denominação Metodista reconhece o ministério Pastoral feminino. Não queremos ocupar o cargo do homem, e sim ao cargo ao qual somos chamadas. A mulher não veio para substituir a figura masculina, mas para exercer seu papel tão bem quanto ele”, observa Karina.
 Outro Lado 
A reportagem tentou contato por inúmeras vezes com diversas igrejas católicas em Cuiabá, mas não obtivemos êxito. No dia 24 de junho, conseguimos, por telefone, falar com o arcebispo Dom Milton. Porém, ele não quis falar sobre o assunto. Tentamos ainda contato no seminário da capital, mas nenhum padre quis se pronunciar sobre o tema. 
http://www.copopular.com.br/cidades/id-115932/tabu_para_os_catolicos__sacerdotisas_sao_comuns_em_outras_religioes

Cristãs lançam campanha para se referir a Deus como 'Ela'

Cristãs lançam campanha para se referir a Deus como 'Ela'

Emma Percy, uma das líderes do movimento pela igualdade de gênero para Deus - Reprodução/Twitter(@emmapercy3)
Um grupo de cristãs lançou campanha para incentivar os fiéis a se referirem a Deus como "Ela"

Batizado de Watch e mais conhecido como Mulheres e a Igreja, o grupo afirma que usar apenas o "Ele" nos rituais e nas orações faz com que Deus seja mais parecido com homens, o que configura um caso de sexismo. 

Uma das líderes do movimento é a pastora anglicana Emma Percy, responsável pela capela do Trinity College, em Oxford (Inglaterra). Ela disse ao "Sunday Times": 

"Quando usamos apenas o masculino para Deus reforçamos a ideia de que Deus é como um homem. Assim, sugerimos que Deus é mais semelhante aos homens do que às mulheres".
Outra pastora, Kate Bottley, já está retirando, quando possível, todas as referências a "Ele" e "Dele" durante a pregações, contou o "Metro".
Muito popular nas redes sociais, Kate Botley (entre noivos) já se refere a Deus como 'Ela' em pregações - Reprodução/Twitter(@revkatebottley)
http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2015/06/01/cristas-lancam-campanha-para-se-referir-deus-como-ela-567614.asp

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Ela só tem 9 anos e constrói abrigos para moradores de rua

Quando tinha 5 anos Hailey Fort, hoje com 9, viu um mendigo em Kitsap County, Washington (EUA) e sentiu vontade de ajudá-lo. De lá para cá, essa tem sido a inspiração da garota, que pretende construir 12 abrigos móveis para moradores de rua ao longo deste ano.
Reprodução
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Cada casa tem o custo de US$ 300 e muitos itens foram doados
Cada casa tem o custo de US$ 300 e muitos dos itens utilizados na construção vêm de doações. O abrigo tem paredes de pallets, cortinas, porta que tranca e uma lâmpada movida a energia solar.
O trabalho de Hailey é acompanhado por sua mãe, Miranda Fort, que já articulou com a prefeitura a permissão de usar os abrigos na cidade. Em entrevista à ABC News, ela conta que, pela lei, as casas podem ser instaladas em terrenos de igrejas.
E Hailey não para por aí. Ela cultiva uma horta de frutas e vegetais. A ideia é plantar 100 quilos de alimentos para doar aos mendigos, ainda este ano.
Reprodução
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Horta cultivada por Hailey Fort
Você pode conferir os projetos dela na página Hailey's Harvest no Facebook. Leia a reportagem completa no site da Época Negócios.
https://catracalivre.com.br/geral/gentileza-urbana/indicacao/ela-so-tem-9-anos-e-constroi-abrigos-para-moradores-de-rua/?utm_source=soclminer&utm_medium=soclshare&utm_campaign=soclshare_facebook

Crianças de religiões afro se sentem discriminadas nas escolas

Por Pedr

o Ribeiro Nogueira Fonte:Portal Aprendiz
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A escola não é um dado. Ela nem sempre existiu, e tampouco sempre foi do jeito que conhecemos hoje. Em sua construção e consolidação como instituição social, ela passou por diversas transformações e foi moldada por determinados setores. É o que o professor Jurjo Torres, em entrevista ao Portal Aprendiz, chama de currículo oculto da educação.

Lembrando da imagem do Cavalo de Troia, Torres afirma que existem muitas aprendizagens não intencionais, ou seja, que não estão no programa do professor de maneira expressa. “São as consequências das cosmovisões e ideologias nas quais fomos educados e assumimos como ‘naturais’, ‘óbvias’ e ‘lógicas’.

Uma ideologia, quando se torna hegemônica, se plasma em determinadas práticas, rotinas, tradições, motivações e interesses que, de uma maneira consciente e reflexiva, nós não tratamos de trazer à luz, investigar, analisar e questionar. Esses tipos de tarefas que programamos e que cremos que são educativas pois são parte do ‘senso comum’, ‘sempre foram assim’, ‘aprendi assim’”.

E como isso se dá numa sociedade com passado escravocrata e um presente que ainda padece de diversas formas de racismo?

Essas e outras perguntas estão presentes na pesquisa de Stela Guedes, doutora em educação e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ (PROPED-UERJ) e autora do livro “Educação nos terreiros – e como a escola se relaciona com crianças de candomblé”, lançado em 2012.

Ao longo de 20 anos de pesquisa, a professora buscou analisar o preconceito contra religiões de matriz africana no ambiente escolar e as dificuldades da implementação da lei 10.639, de 2003, que prevê o ensino de cultura e história afro-brasileira e africana nas escolas e descobriu que, para os estudantes de religiões afro que frequentam as instituições de ensino brasileiras, esse é o espaço onde mais se sentem discriminados.

“Uma vez entrevistei uma professora de Ensino Religioso que afirmava que a disciplina não era proselitista e não discriminava e que, na mesma resposta, comemorava o fato de ter tido no ano anterior 8 alunos ogans que se converteram ao cristianismo (ogan é um cargo masculino cuja responsabilidade são muitas, entre elas, tocar os atabaques nos rituais). A escola, que é o lugar dos diferentes entre si por natureza, deveria ser o lugar mais preparado para não só lidar, mas também para aprender profundamente com essas diferenças. Infelizmente não é”, afirma Stela.



Creative Commons - CC BY 3.0 - Professora Stela Guedes, da UERJ

Arquivo pessoal

Para ela, a “escolarização pública em nosso país foi e continua sendo marcada pelo espírito de catequese” e precisa ser transformada. A pesquisadora, que ministrará neste mês o curso “A escola e o terreiro: diversidade e educação antirracista em pauta”, em São Paulo, conversou por e-mail com o Portal Aprendiz, sobre os resultados de sua pesquisa, o caráter racista da educação brasileira e os possíveis caminhos para uma educação antirracista e transformadora. Confira:

Portal Aprendiz: Bom, começaria com o título de seu livro: como a escola se relaciona com as crianças do Candomblé? Quais foram as principais descobertas dos seus mais de 20 anos de pesquisa?

Stela Guedes: A escolarização pública em nosso país foi e continua sendo marcada pelo espírito de catequese. Não é difícil entender o porquê. Em 1549, trazidos pelo governador geral Tomé de Souza, três jesuítas chegam ao país e, em Salvador, fundaram o colégio da Companhia de Jesus. Duzentos e dez anos depois, quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, o ensino público passou para as mãos de outros setores da igreja católica. Quase 500 anos depois e, apesar de, em 1891, a primeira Constituição republicana ter separado Estado de Igreja e afirmar que “será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos”, o papel da escola pública ainda é catequisar e converter. A conversão é um conceito amplo e não se refere apenas a conversão religiosa. A conversão é uma submissão à lógica dominante que aí sim diz respeito a uma padronização em função da religião dominante, aos valores dominantes conservadores sobre família, sexualidade, aparência, raça, ou seja, aos modos de ser, estar, crer, não crer e agir no mundo. Dentro dessa lógica a escola não acolhe as diferenças entre elas, as diferenças religiosas. Em mais de 20 anos de pesquisa todas as crianças e jovens de candomblé são unânimes quando afirmam que todos os espaços da sociedade são cruéis, mas nenhum lugar é tão cruel quanto a escola quando se trata de humilhar e excluir alunos e alunas de candomblé ou umbanda.

Aprendiz: Que tipos de impactos sociais uma educação intolerante e racista pode trazer?

Stela: Primeiro, temos de reconhecer que o Brasil é um país racista. Esse é o primeiro passo para olharmos para os espaços sociais e entendermos que todos eles são espaços racistas. Isso porque o racismo é um sistema em que um grupo se considera superior e submete de diversas formas um outro grupo considerado inferior. O mais fundamental é, ainda, entender que fomos educados em uma escola branca, cristã e racista. Então a pergunta deve ser “Que tipo de impactos e consequências a nossa sociedade e, portanto, a nossa educação racista nos trouxe? Que tipo de relações criamos?” A dominação colonial na África, como bem se refere o pesquisador Kabengele Munanga, com sua missão “civilizadora”, teve como objetivo reduzir negros e negras ontológica, epistemológica e teologicamente. Isso fez com que os países colonizadores se servissem de seus saques econômicos e históricos. Roubaram por séculos a riqueza material e a história dos povos de África. No nosso caso, negros e negras escravizados não “contribuíram” com a formação do que se chama “povo brasileiro”. Foram os negros e negras roubados, aprisionados, desterrados e escravizados que ergueram esse país. Uma das consequências quando um grupo de seres humanos passa a se achar superior a outro grupo de seres humanos é a total subtração da história do grupo considerado inferior. Essa foi uma consequência drástica na educação brasileira. A história de um continente inteiro foi subtraída de nossas escolas. Não se trata de ser tolerante. Nenhum indivíduo ou grupo quer ser tolerado. A tolerância, apesar de ser um conceito aparentemente interessante, é sempre uma ação que prevê alguma benevolência ou aceitação daquele ou do grupo considerado como referência nas tensas e complexas relações de poder. Ou seja, não podendo te eliminar eu te tolero. Não podendo eliminar este ou aquele grupo eu os tolero e aceito. A tolerância sempre exige algum grau de assimilação e estabelece limites. Uma vez ultrapassados os limites do jogo da assimilação, o tolerante deixa de tolerar.



Creative Commons - CC BY 3.0 - Crianças de religião afro

Stela Guedes

Aprendiz: Como a educação poderia se relacionar com os diferentes tipos de saberes? Você saberia mencionar alguma experiência em que um terreiro e uma escola se articularam para discutir história e cultura-afro?

Stela: A escola não tem de tolerar pessoas as quais considera diferente de sua lógica hegemônica. A escola precisa reconhecer que a vida no planeta é constituída por seres humanos diferentes. A escola é o lugar dos diferentes e, por ser esse lugar, a escola é um lugar tenso, porque não há harmonia na diferença e nem pode haver. O ideal é que busquemos a convivência respeitosa entre pessoas e grupos. E essa convivência respeitosa, essa experiência intercultural pautada nos direitos humanos não acontece se um dado conhecimento for erguido ao reino da importância e, portanto, legitimado, enquanto outros tantos conhecimentos são submetidos ao reino da desimportância e, portanto, deslegitimados e excluídos das escolas. A escola deve reconhecer o conflito e apostar nele, para que, a partir das diferenças, todos e todas possam ser vistos e compreendidos uns pelos outros. Não conheço experiências como as que você menciona, conheço projetos individuais de alguns professores e professoras que tentam fazer com que alunos e alunas conheçam terreiros e falem na escola a partir dessa experiência.

Aprendiz: O que mudou desde a aprovação da lei Lei 10.639?

Stela: A Lei 10.639 foi sancionada em 2003 e diz que nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Todos os pesquisadores e pesquisadoras que estudam a aplicação da lei descrevem inúmeras dificuldades. Falta formação para professores e professoras e o obscurantismo crescente na educação também é um dado que dificulta. Professores, professoras, pais, alunos e alunas, funcionários obscurantistas acreditam que qualquer referência à África é um passaporte para o inferno, pois associam África ao Diabo. Como isso aconteceu? Com a mesma inferiorização dos povos africanos sobre a qual falávamos há pouco. A lei foi uma conquista importante, mas temos muito a caminhar e é preciso uma luta cotidiana contra o racismo, incluindo as faculdades de formação de professores e professoras.

Aprendiz: Porque as crianças afirmam que a escola é o lugar que mais discrimina? Como se dá essa discriminação? Como isso afeta a auto-percepção dessas crianças?

Stela: Por toda essa realidade racista e obscurantista que estamos tratando aqui em todas as perguntas. Uma vez entrevistei uma professora de Ensino Religioso que afirmava que a disciplina não era proselitista e não discriminava e que, na mesma resposta, comemorava o fato de ter tido no ano anterior 8 alunos ogans que se converteram ao cristianismo (ogan é um cargo masculino cuja responsabilidade são muitas, entre elas, tocar os atabaques nos rituais). A escola, que é o lugar dos diferentes entre si por natureza, deveria ser o lugar mais preparado para não só lidar, mas também para aprender profundamente com essas diferenças. Infelizmente não é. Por isso, muitas crianças e jovens sofrem porque são inferiorizados e inferiorizadas.

Aprendiz: Que tipo de aprendizados podem sair dos terreiros? Como eles podem contribuir para uma educação antirracista e focada nos direitos humanos?

Stela: Os terreiros de candomblé são espaços de circulação de imensos conhecimentos. Crianças, jovens e adultos cultuam seus ancestrais e, se não podemos dizer que o Candomblé é uma religião africana porque é brasileira, podemos dizer que o culto aos ancestrais é comum em toda África. Os negros e negras escravizados para o Brasil chegaram aqui com seus ancestrais e nos ensinaram a amá-los a cultuá-los. Para poder fazer isso, criamos o candomblé que, nos terreiros, foi mantido e ressignificado. As línguas dos povos africanos que aqui chegaram é mantida nos terreiros pela oralidade, e isso se aprende todos os dias, há séculos, em cada casa de axé. História, geografia, biologia, ecologia, filosofia, literatura. Um conjunto de conhecimentos poderosos passados de geração em geração e do qual crianças e jovens se orgulham, mas que, nas escolas, são obrigados a sentirem vergonha daquilo que os anima e os faz viver. A educação nos terreiros não é racista, não discrimina as diversas orientações sexuais, as famílias que se organizam e se formam a partir dessas diferentes orientações sexuais. O candomblecista não discrimina qualquer outra religião. Acredito que, por ser assim, a educação nos terreiros pode ensinar o antirracismo e o humanismo do qual precisamos todos os dias.


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TAGS: EDUCAÇÃO, ESCOLA, RELIGIÃO AFRO, CANDOMBLÉ, PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, NEGROS, CULTURA NEGRA, DIVERSIDADE CULTURAL, DIVERSIDADE RELIGIOSA,DIREITOS HUMANOS
CREATIVE COMMONS - CC BY 3.0

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Mulheres de Axé

moça seu cabelo é lindo!!


Racismo é crime e discursos discriminatórios não têm mais lugar nem nas ruas e nem nas redes. Falamos sempre da importância da representatividade da população negra na cultura, nos brinquedos, na sociedade como um todo. E reforçamos a nossa campanha contra o racismo em todas as suas formas dizendo pras moças (e pros moços também) se assumirem como são, sem medo de serem felizes.

Moçxs, seu cabelo é lindo! Se for vítima de racismo, denuncie! #Disque100 #HumanizaRedes#MaisAmorNenhumRacismo
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