Tabu para os católicos, sacerdotisas são comuns em outras religiões
27/07/2014 16:58
Cristiane Sagioratto, Da Redação
Num mundo em que a igualdade entre os sexos é tida com um direito, muitos questionam se um dia a Igreja Católica abrirá a possibilidade de ordenação sacerdotal para as mulheres. O Vaticano não admite a ordenação de mulheres como sacerdotes, por outro lado é admitida em outras igrejas brasileiras como a Batista, Metodista, Anglicana e Luterana. Estas denominações religiosas vêem um número crescente de pastoras ocuparem cargos cada vez mais importantes nos templos religiosos. O Vaticano se baseia no exemplo bíblico, de que Jesus escolheu homens para serem ordenados sacerdotes
Já os metodistas aceitam pastoras há 40 anos no Brasil e, em 2001, uma mulher foi nomeada bispo pela primeira vez. A chance de mulheres assumirem igrejas católicas, sinagogas e mesquitas, porém, permanece reduzida. Segundo a pastora Elisângela Borthardt Rower, 36, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil com sede no Bairro Araés em Cuiabá, a sua Igreja foi a primeira no país a iniciar a ordenação feminina. Conforme Rower, já foram eleitas 18 pastoras ao cargo de bispas em todo o Brasil. As últimas duas concorreram ao bispado no Rio Grande do Sul e em Rondônia. Em Cuiabá, não há registros de bispas eleitas. Elisângela iniciou como ministra da Igreja luterana em fevereiro de 2006. “Comemoramos este ano 32 anos de ordenação de mulheres. A primeira vez que teve o chamado feminino para pregar a palavra de Deus foi em 13 de novembro de 1982”. Diz ainda que na denominação luterana existem hoje 350 ministras ordenadas pastoras, catequistas, diáconas e missionárias em todo o país. Já em Cuiabá, somente Rower. “As mulheres pregam na Igreja luterana porque elas são tão capazes quanto os homens. São mais de três décadas de conquistas da ordenação feminina em levar a palavra de Deus às pessoas”, frisou Elisângela. A pastora avalia que a determinação e a vontade das mulheres em exercer o ministério foi criando possibilidades na denominação Luterana. “Foi um longo processo, com muitas discussões, orações e quebra de paradigmas. Com confiança em Deus e com um trabalho incansável aos poucos brechas foram sendo abertas e mais mulheres foram ingressando no estudo da teologia e no ministério ordenado”.
Já os metodistas aceitam pastoras há 40 anos no Brasil e, em 2001, uma mulher foi nomeada bispo pela primeira vez. A chance de mulheres assumirem igrejas católicas, sinagogas e mesquitas, porém, permanece reduzida. Segundo a pastora Elisângela Borthardt Rower, 36, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil com sede no Bairro Araés em Cuiabá, a sua Igreja foi a primeira no país a iniciar a ordenação feminina. Conforme Rower, já foram eleitas 18 pastoras ao cargo de bispas em todo o Brasil. As últimas duas concorreram ao bispado no Rio Grande do Sul e em Rondônia. Em Cuiabá, não há registros de bispas eleitas. Elisângela iniciou como ministra da Igreja luterana em fevereiro de 2006. “Comemoramos este ano 32 anos de ordenação de mulheres. A primeira vez que teve o chamado feminino para pregar a palavra de Deus foi em 13 de novembro de 1982”. Diz ainda que na denominação luterana existem hoje 350 ministras ordenadas pastoras, catequistas, diáconas e missionárias em todo o país. Já em Cuiabá, somente Rower. “As mulheres pregam na Igreja luterana porque elas são tão capazes quanto os homens. São mais de três décadas de conquistas da ordenação feminina em levar a palavra de Deus às pessoas”, frisou Elisângela. A pastora avalia que a determinação e a vontade das mulheres em exercer o ministério foi criando possibilidades na denominação Luterana. “Foi um longo processo, com muitas discussões, orações e quebra de paradigmas. Com confiança em Deus e com um trabalho incansável aos poucos brechas foram sendo abertas e mais mulheres foram ingressando no estudo da teologia e no ministério ordenado”.
Avanço feminino
A decisão da Igreja Anglicana da Inglaterra em permitir a ordenação de mulheres como bispas, revela o avanço das vocações femininas em templos de todo o mundo, incluindo o Brasil. A pastora Márcia da Silva Santos, 43, da Igreja Batista Shekinah, localizada no Bairro Dr. Fábio II, em Cuiabá, conta que iniciou seus trabalhos evangélicos aos 17 anos. Em seguida formou-se em teologia no Rio de Janeiro. “Fui convidada pelo pastor da Igreja Batista de Cuiabá para ser missionária na unidade do CPA II no dia 27 de julho de 1997”, lembra. Em 1999, ela deu início a um trabalho evangelístico no Jardim Vitória, onde surgiu a oportunidade da construção de um novo templo no bairro. “Não é só a palavra de Deus que temos que levar às pessoas e sim uma mudança de comportamento”, enfatiza a pastora. Questionada porque é mais fácil a mulher ser ordenada a levar a palavra de Deus aos fieis na igreja evangélica comparada a denominação católica, a pastora justifica que é pela questão cultural e bíblica. “Na nossa visão o correto é se casar. É bíblico. Nós cremos que a família é benção de Deus. No meu entendimento, Deus criou a família”. Em Mato Grosso são mais de 300 mil evangélicos. Já em Cuiabá, são mais de 100 mil adeptos à religião evangélica. Na capital são mais de 30 denominações desta religião. “É um chamado de Deus. Para ser missionária tem que ter dom, assim como é com o médico e em outras profissões”, diz a pastora Márcia. Para Karina Leite Santana, 35, da Igreja Metodista, em Primavera do Leste, a mulher já deu um grande passo ao assumir um cargo de pastora na Igreja. Ela é pastora desde 2006. Recorda que teve uma experiência com Deus em Campinas, interior de São Paulo, aos 17 anos. Antes de iniciar a faculdade de Teologia, Karina atuava como missionária na Igreja. “Senti muito forte o chamado de Deus no meu coração. A denominação Metodista reconhece o ministério Pastoral feminino. Não queremos ocupar o cargo do homem, e sim ao cargo ao qual somos chamadas. A mulher não veio para substituir a figura masculina, mas para exercer seu papel tão bem quanto ele”, observa Karina.
Outro Lado
A reportagem tentou contato por inúmeras vezes com diversas igrejas católicas em Cuiabá, mas não obtivemos êxito. No dia 24 de junho, conseguimos, por telefone, falar com o arcebispo Dom Milton. Porém, ele não quis falar sobre o assunto. Tentamos ainda contato no seminário da capital, mas nenhum padre quis se pronunciar sobre o tema.
http://www.copopular.com.br/cidades/id-115932/tabu_para_os_catolicos__sacerdotisas_sao_comuns_em_outras_religioes
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