“Estabelecemos um importante precedente com respeito aos nossos direitos. O sonho é que isso nos permita ter uma vida mais próspera para todas as pessoas beneficiadas por este dia”, disse a ganhadora do prêmio Nobel de Paz, Rigoberta Menchú, renomada ativista indígena da Guatemala. Para ela, essa semana traz um sinal de esperança para “uma vida plena e não apenas uma vida de sobrevivência”.
Apesar de os povos indígenas totalizarem 5% da população, eles representam 15% da camada mais pobre do mundo. Para angariar um compromisso real dos representantes de Estados-membros para mudar essa realidade, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Sam Kutesa, convocou os representantes para “cumprirem com o seu papel de levar o debate adiante”.
A Conferência de dois dias realizada durante a 69a sessão da Assembleia Geral da ONU reuniu milhares de delegados indígenas e não indígenas para discutir a realização dos seus direitos, incluindo alcançar os objetivos da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotado em 2007.
Como resultado do encontro, os delegados aprovaram um documento final fortalecendo os direitos de mais de 370 milhões de pessoas indígenas em todo o mundo. Entre os pontos abordados, o documento ressalta a necessidade de proteção contra a violência contra a mulher e os desafios da juventude para preservar sua linguagem e o conhecimento tradicional, bem como garantir um meio de vida sustentável.
Saiba tudo sobre a conferência em wcip2014.org