terça-feira, 30 de junho de 2015

O que é bullying? Confira a definição pela Revista Nova Escola

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/bullying-escola-494973.shtml

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. 

"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz(224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

Nos links, abaixo, você encontra respostas para as dúvidas mais recorrentes relativas ao tema.

21 perguntas e respostas sobre bullying

quarta-feira, 24 de junho de 2015

ASSINTEC PROJETO JUN 2015



No dia 19/06/2015 foi realizada uma palestra com membros da Sede Fé Bahá i com Janete Argenton e seu esposo João David Argenton, com alunos dos quintos anos e Sala Especial ,Tivemos esse mimo da fotografa Ruth Shafa que conseguiu como diz o significado da fotografia "escrever com luz" os momentos de observaçao ,atençao,anotaçao ,questionamentos e reflexóes dos mesmos.

Parabéns ao grupo que se propos a trazer informaçoes sobre essa Organizaçao Religiosa a minha companheira de trabalho que cooperou sedendo as aulas de Educaçao Física para termos esse formato flexivel a professora Mellony que com carinho esteve presente.

Ensino Rligioso sem proseletismo aprendendo a Pluralidade com Alteridade!!!

 

Palestra A Fé Bahá'í na escola LINNEU!!


Togetherness - Trailer - Legendas Português

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Paraná - NRE promove palestra sobre Ensino Religioso

Região Sul

Paraná - NRE promove palestra sobre Ensino Religioso

Quinta-feira, 14 de maio de 2015
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O Ensino Religioso esteve em discussão no dia 09 de abril  no auditório do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Cascavel.
A palestra com o tema “A concepção do Ensino Religioso no Estado Laico” foi voltada para professores da rede estadual de ensino.
A oficina tem como objetivo aperfeiçoar a forma como o Ensino Religioso é aplicado nas instituições de ensino públicas.

Fonte: CGNT

domingo, 21 de junho de 2015

Famosos falam de intolerância religiosa após morte de médium no Rio

Nelson Xavier, Henri Castelli, Valesca Popozuda e outros artistas ligados ao espiritismo repudiam os recentes episódios de violência.

Juliana Maselli, Luciana Tecídio e Tatiana Regadasdo EGO, no Rio
Nelson Xavier (Foto: Reprodução)Nelson Xavier como Chico Xavier no cinema
(Foto: Reprodução)
Nesta sexta-feira, 19, o médium Gilberto Arruda, do Centro Espírita Lar de Frei Luiz, um dos maiores e mais importantes do Rio de Janeiro - que tem muitos famosos entre seus frequentadores -, foi encontrado morto, amarrado e amordaçado em seu quarto. Ocrime esquentou ainda mais as discussões sobre episódios de intolerância religiosa, que vêm acontecendo com maior frequência recentemente - há cinco dias,uma menina de 11 anos levou uma pedrada ao sair com sua roupa de candomblé do centro, também no Rio.
Em meio a este debate, o EGO conversou com famosos ligados não só ao Frei Luiz, mas também ao espiritismo em geral. Todos se mostraram chocados com os casos de violência e criticaram a falta de tolerância religiosa. Nelson Xavier, que interpretou o famoso médium Chico Xavier no cinema, é kardecista e já esteve no centro espírita onde ocorreu o assassinato. Alcione conhecia pessoalmente Gilberto e já havia se consultado com ele. Veja o depoimento dele e de outros artistas:
Nelson Xavier
"Cheguei a frequentar o Frei Luiz. Estive lá umas cinco ou seis vezes e até fiz um tratamento holístico, mas não conheci o Gilberto. Lamento muito o que aconteceu com ele. A gente está vivendo um momento muito difícil no Brasil. As pessoas não tem dinheiro para viver e acho que toda energia baixa parece se expandir. Esses assaltos com facas são uma coisa bem visceral... Está muito difícil mesmo. A gente precisa se concentrar em pensamentos positivos e energias brancas".
Alcione
"Ele foi um grande médium e só fazia o bem. Eu mesma já tinha sido atendida por ele. Precisamos saber, com urgência, quem está fazendo essas coisas. Precisamos saber que energia estranha é essa que anda espalhando tanto mal em agressões a tantas pessoas que só fazem o bem. Estamos todos muito tristes, desesperados com esta notícia. É mais uma vítima da intolerância absurda que tem proliferado neste país, que sempre foi conhecido pela cordialidade e boa convivência entre povos e credos".
Valesca Popozuda (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)Valesca Popozuda é umbandista
(Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Valesca Popozuda
"Ao mesmo tempo em que confiamos de olhos fechados e coração aberto no poder supremo de Deus, algumas vezes me pergunto o motivo de tanta intolerância. Algumas pessoas têm perdido os laços de amor com as outras. O respeito não existe mais. Na minha época de menina, minha mãe, que sempre foi uma guerreira - em todos os aspectos - não me permitia discriminar ninguém, talvez por isso eu tenha crescido com esse sentimento de igualdade tão forte dentro de mim. É muito triste ver como a intolerância, neste caso, religiosa, pode fazer tamanha maldade com um ser humano tão frágil, indefeso. As vezes penso: Será que não estamos caminhando pra trás ao invés de evoluir rumo a direitos igualitários? Não me conformo em pensar que somente por acreditar em um caminho religioso diferente de algumas pessoas, alguém possa tomar pedradas na rua. Agressão não, não posso admitir. Temos que acreditar que Deus é um só, e que o que nos move são as nossas crenças, nossa fé. Peço ao nosso pai maior que nos dê serenidade para enfrentar o que não podemos mudar, mas também, nos dê muita força para lutar por um mundo melhor".
Amanda Djehdian (BBB 15)
"Eu fico horrorizada ao ver notícias como essa! As pessoas têm que entender que uma oração de um católico, de um evangélico, de um espírita, de um umbandista ou da religião que for é para o mesmo Deus, o mesmo que ensina a amar e respeitar o próximo! O Brasil viu o quanto preconceito sofri enquanto estava dentro da casa... Quando saí, achei um absurdo julgarem alguém pela sua religião, mas respeito todas as opiniões. Pois o que me é ensinado na minha religião é respeitar todas as outras e todas as pessoas.  Sempre estender a mão a quem precisar e principalmente saber que as pessoas têm limitações, então relevo as agressões verbais e desejo muita paz para pessoas que ao invés de doarem amor ao próximo, agridem".
Jessika Alves (Foto: Isac Luz / EGO)Jessika Alves (Foto: Isac Luz / EGO)
Jessika Alves
"A intolerância é geral, né? As pessoas não entendem que cada um é livre para fazer o que quer. Nada justifica discriminar alguém, muito menos partir para a violência. Estamos precisando de amor e Deus. Porque está tudo muito louco! Estamos vivendo uma guerra civil aqui no Rio, com medo não só de bandidos, mas agora também de pessoas comuns de mente fechada. Eu fui criada em uma família evangélica e sou cristã, apesar de hoje não frequentar mais a igreja e não ter uma religião definida. Mas tenho amigos do Frei Luiz e já fui lá com eles. Também é importante não generalizar! Porque falam muito dos evangélicos e realmente é uma doutrina muito rigorosa, mas ninguém da minha família pensa assim e teria comportamentos como esse, por exemplo".
Angélica Ramos (BBB 15)
"Está cada dia mais complicado. A intolerância é religiosa, sexual, racial... E parece que esse ano a coisa tá pior. O preconceito e a violência estão gratuitos. Te afrontam e te ameaçam diretamente e, quando você levanta qualquer bandeira, é apedrejado. Não pode nem ter direito à sua opinião. Eu sofri muito com isso quando sai da casa porque minha mãe é do candomblé e por causa da minha amizade com a Amanda. É uma ignorância impressionante! Bem difícil conviver com isso... As pessoas têm que aprender a respeitar as opções de cada um. Tudo gera tumulto e crítica. O jeito é ser feliz da forma que você escolheu e não tentar se moldar à sociedade. Se não você não vive".
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Mãe Neide Oyá D´Oxum e Henri Castelli (Foto: Reprodução/Facebook)Mãe Neide Oyá D´Oxum e Henri Castelli
(Foto: Reprodução/Facebook)
Henri Castelli
"Eu me pergunto: Para que isso? Que Deus é esse que está dentro das pessoas que praticam intolerância e preconceito. Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou a ter amor ao próximo, amar nosso semelhante, praticar a verdadeira caridade, ajudar uns aos outros. Por que tanta agressividade? Vamos nos respeitar e nos amar independente de raça, classe social, religião ou opinião política. Vamos colocar de verdade a mão na consciência e colocar Deus no coração. Ninguém é melhor que ninguém, somos todos irmãos, iguais perante a Deus . Espero do fundo do coração que um dia isso acabe e que tenhamos mais amor e paz no coração. Amo todos vocês. E Deus também. O racismo e o preconceito são a prova do quanto ainda somos primitivos".
http://ego.globo.com/famosos/noticia/2015/06/famosos-falam-de-intolerancia-religiosa-apos-morte-de-medium-no-rio.html?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=ego

Nem só azul, nem só rosa. Pela superação das binariedades





Você já parou para refletir sobre o que representa a expressão “ideologia de gênero” que ultimamente tem sido publicada nas redes sociais?



Parece-me que vale um tempo de reflexão sobre o que ela pretende expressar. A primeira coisa importante, então, seria entendermos o que sinaliza o termo ideologia. Sobre essa palavra que já é tão usada em nosso dia-a-dia e que pode ser tomada, inicialmente, como um conjunto de ideias sobre algum assunto. Se aprofundarmos um pouco mais o entendimento sobre ideologia, podemos afirmar que se trata de um conjunto de ideias sobre algum assunto a respeito do qual, um indivíduo ou grupo de indivíduos, assenta convicções e práticas políticas que orientam a sua vida social. Até aí tudo bem. As pessoas podem sustentar diferentes tipos de ideologias e a partir delas orientarem suas vidas. Mas devemos atentar para o fato de que se uma ideologia for tomada como único, verdadeiro e absoluto ponto de vista sobre os outros, corre-se o risco perder de vista que existem outros pontos de vista legítimos, com base nos quais as pessoas podem construir suas opiniões.



Quando uma ideologia é tida como exclusiva, aí pode-se dizer dela que é alienante, porque priva a pessoa ou grupo de pessoas que a ostenta de outras possibilidades de interpretação da realidade social.



Tomando por base essa compreensão de ideologia, passemos ao segundo ponto, o que vem a ser gênero.



Diz-se da espécie humana que é dividida em dois gêneros: o masculino e o feminino. Seriam duas classes diferentes, uma que agrupa homens e outra mulheres, listadas conforme características comuns. As tais características seriam definidas pelo que seria próprio ao homem e a mulher, mas isso se definiria prioritariamente pelo aparelho sexual: homens têm pênis, mulheres têm vagina. Daí que todos os outros traços da psiquê, do comportamento e da conduta social de homens e mulheres se definiriam com base nesse argumento que é tão somente biológico. Mas, então, o que se pode dizer de homens que possuem pênis, mas pensam e se sentem mulheres e mulheres que têm vagina, mas pensam e sentem tal qual homens? Outra pergunta: o que dizer de pessoas que nascem com um aparelho reprodutor feminino, mas a genitália masculina? Ora, nesses casos, o gênero da pessoa somente poderá ser definido diante sua escolha e no momento em que tiver condições emocionais para tomar tal decisão.



Embora esses dois casos sejam poucos em face da quantidade de situações que exibe a vida cotidiana e que espelham questões sérias sobre os gêneros e a sua definição, elas nos servem como indicativos que nos ajudam a desconstruir a simples classificação binária de gênero masculino/feminino. O ponto de vista segundo o qual masculino e feminino se distingue apenas em função da correspondência entre aparelho reprodutivo e genitália, uma de homens/machos e outra para mulheres/fêmeas, não suporta ambuiguidades dentro do esquema binário masculino e feminino. O que fazemos com esses casos, então?



Em algumas culturas, essas ambiguidades eram amaldiçoadas. No caso do judaísmo antigo, por exemplo, aqueles cujos órgãos reprodutivos fossem mutilados, especialmente homens, ou que manifestassem outro gosto no uso de sua genitália – que não correspondesse à relação homem-mulher, de coito, com finalidade de procriação –, era considerado impuro. Na condição de impuro, ele não poderia integrar a comunidade religiosa, pois não corresponderia ao padrão de perfeição exigida pelo seu Deus Yahweh. Tal padrão cumpre o desígnio de Deus que teria criado homem e mulher, segundo sua própria imagem, para que se reproduzissem e governassem a terra. Fora desse parâmetro, homem e mulher não cumpririam sua missão no mundo. Aquele que desejasse agradar Yahweh, no antigo judaísmo, deveria atinar para o que dizia a Lei dele. Caso contrário, seria considerado impuro.



Esse entendimento é o mesmo na Bíblia cristã (católica e protestante/pentecostal). Isso porque 1) cristãos e judeus compartilham o Antigo Testamento e 2) Jesus, em que acreditam os cristãos, era ele mesmo um judeu. Consequência, a religiosidade e a cultura de cristãos e judeus apresentam muitos pontos em comum, dentre os quais: o entendimento de que a função do casamento é unir homem e mulher, a fim de constituírem família e procriarem: “Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou... Deus os abençoou e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!” (Gênesis 1:27-28). Esse, portanto, é um postulado cristão. Sobre ele se assenta a crença que existem apenas dois gêneros e dele depende a sobrevivência da espécie humana. Essa espécie que teria sido criada pelo Deus único, Criador de céus e terra. Trata-se de um postulado porque não se pode comprová-lo. Em torno da crença em Deus pode até haver um consenso inicial, mas não partilhado por todos e todas.


Fiz esse percurso, a fim de sustentar que dada a complexidade desse assunto, a recente expressão “ideologia de gênero” criada por religiosos cristãos – de maioria pentecostal, mas não só – defende a distinção homem/mulher com base numa crença que não é partilhada igualmente por todos e todas. O passo seguinte, a afirmação de que a homossexualidade pode vir a acabar com a família (no modelo cristão) é apenas um desdobramento disso. Por isso, seria uma ameaça. Contudo, uma ameaça legítima apenas segundo o entendimento cristão do que seja a função de homens e mulheres e forma ou modelo mais “correto” de família.



Diante desse quadro, aqui pintado brevemente, vale a pergunta: qual grupo tem uma ideologia de gênero que se opõe a outras formas de entendimento da realidade?



Para dizer claramente onde pretendo chegar, se todos os planos de educação, os projetos de lei e os documentos que em seus textos apresentarem a palavra gênero estiverem expressando subliminarmente uma ideologia funesta que visa destruir as famílias pelo enfraquecimento da definição homem/mulher, sim, aí teríamos uma perigosa ideologia. Talvez, uma ideologia cuja utopia seria uma sociedade formada de pessoas gays ou quem sabe pessoas assexuadas, por que não? E, sim, o desdobramento disso seria o fim da humanidade ou quem sabe, uma humanidade criada in vitro. O que parece ficção, entretanto, se confunde com crença, daquelas irrefutáveis que ameaçam não a todos, mas a alguns. Dito de outra forma: quando religiosos se alinham em torno da defesa da binariedade masculino e feminino, da família e da moralidade cristã como único paradigma de interpretação do mundo, estão a defender uma “ideologia de gênero”: a ideologia de alguns...


Se a Constituição brasileira prevê como direito fundamental, a inviolabilidade da liberdade de crença e de consciência, vale lembrar que tal inviolabilidade se desdobra em três: 1) liberdade de consciência - convicção, valores e escolhas -, 2) liberdade de religião - de aderir ou não a uma religião -, 3) e liberdade de culto. A laicidade é a maior garantia de que essas liberdades poderão ser exercidas integralmente.


Quando há conflito de direitos e o exercício dessas liberdades se ameaçam mutuamente pela incompatibilidade, por exemplo, entre um tipo de consciência e uma modalidade de crença religiosa, o que deve prevalecer, senão que: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza" (Art. 5º da Constituição de 1988)? A prevalência do ponto de vista de um grupo não denuncia que está sendo beneficiado em detrimento de todos os outros? Quando a palavra gênero é retirada dos planos de educação, dos projetos de lei e de documentos importantes que visam construir uma sociedade igual para todos e todas, quem se beneficia? Qual ideologia se sobrepõe a todas as outras impedindo que outros pontos de vista exerçam influência na construção de um Estado democrático de real pluralismo político?


Penso que diferente dessa binariedade seria simplesmente o entendimento que a igualdade entre homens e mulheres, seus direitos e deveres, passa pela construção de uma sociedade em que as pessoas possam exercer autonomia e suas liberdades individuais, independente de serem homens ou mulheres: nem preto, nem branco ou, nem tão azul, nem tão rosa! Diferente disso seria avançarmos em direção a uma sociedade em que mulheres e homens pudessem ocupar espaços, desenvolver suas funções e fossem reconhecidos pelo mérito de suas ações, pelo potencial e pela capacidade que possuem e pela dignidade peculiar da sua humanidade que lhes reserva os mesmos direitos e deveres, independente do gênero com o qual se identificam ou não.
http://religsociedcult.blogspot.com.br/2015/06/nem-so-azul-nem-so-rosa-pela-superacao.html?spref=fb

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A beleza negra de Odara

A beleza negra de Odara

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Publicado há 12 horas - em 18 de junho de 2015 » Atualizado às 9:24 
Categoria » Mulher Negra · Patrimônio Cultural
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“Deixa eu dançar pro meu corpo ficar odara”, canta Caetano Veloso em um dos sucessos de seu disco Bicho, de 1977. Foi aí que o artista plástico Muha Bazila, 25 anos, encontrou inspiração para nomear sua série de gravuras dedicada a mulheres negras: “‘Odara’ é uma palavra que tem a ver com a exaltação de algo, como mostra a música do Caetano. Achei que cairia bem como título de uma série que celebra a beleza negra”, explica.
Por Mariana Tavares, do Não lidos
Criada em 2013, a Odara nasceu do interesse de Muha em refinar sua técnica em retratos feitos com canetas marcadores, instrumentos que conheceu por meio da Arquitetura, que cursa na Universidade de Brasília. Após experimentar com autorretratos, o artista, nascido em Salvador, foi buscar referência em imagens de mulheres negras de cabelo afro, interessado em explorar o potencial estético de tais composições e formas, diz. Entre suas influências, cita a francesa Françoise Nielly e o austríaco Voka, com quem compartilha o interesse por retratos e pelo uso de cores.
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Após os primeiros desenhos, uma pergunta começou a ser comum: por que apenas mulheres negras? “Eu respondo: por que não? Por que isso é diferente? Quando artistas das mais diversas áreas ou mesmo campanhas publicitárias mostram apenas pessoas brancas, não existia esse questionamento. Então, por que o espanto com uma série como a Odara?”, observa. Hoje, a série conta com mais de vinte gravuras de mulheres com os mais diversos perfis, o que, segundo Muha, não é aleatório: “É comum que a mulher negra, quando retratada, seja sexualizada. São estereótipos dos quais eu queria fugir. Por isso, procurei representar uma gama ampla de mulheres”.
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Muha busca inspirações em um banco de imagens que construiu, mas há referências próximas fundamentais. Sua mãe, Maria Luiza Junior, é militante do movimento negro, o que, segundo o artista, lhe garantiu uma educação com consciência sobre questões raciais. Da mesma forma, a atenção ao cabelo black partiu de vivência própria: “Na infância e adolescência, eu tinha o cabelo sempre trançado, não me sentia bem com o cabelo solto. Só depois, adulto, eu comecei a usar o cabelo black. E hoje vejo esse movimento, que parte principalmente das mulheres, as maiores vítimas de um eurocentrismo e de uma estética hegemônica branca que diz que o cabelo afro não é legal, que incomoda, e que obriga o alisamento do cabelo”.
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Muha vê na série uma forma de colaborar para essa mudança, sem roubar o protagonismo de quem ele é de direito: “Meu objetivo é dar minha contribuição por meio da forma que eu trabalho. São as mulheres negras que devem falar pelas mulheres negras”. Uma série dedicada aos homens negros está nos planos, entre outros projetos. Enquanto isso, a Odara segue. Além de exposições no Brasil, em 2014 a série foi para a mostra Art Freedom, em Paris, na França, onde Muha era o único artista brasileiro. Para conhecer mais de seu trabalho, visite sua página no facebook.
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Muha Bazila (foto: Ziza Gomes)
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Imagens cedidas pelo artista.

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Mãe cria boneca com cabelo cacheado para melhorar autoestima da filha Leia a matéria completa em: Mãe cria boneca com cabelo cacheado para melhorar autoestima da filha

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Categoria » Mulher Negra
doll angelica

Foi uma insatisfação da filha, Sophia, que fez a americana Angelica Sweeting criar A Boneca Angelica, projetada para ser parecida com meninas de cabelos cacheados, narizes mais largos, lábios espessos e pele negra.
no Mulher
Quando Angelica descobriu que a menina estava passando por problemas com sua imagem corporal, resolveu dispensar as bonecas tradicionais. “Notei que Sophia queria ter cabelo liso e longo. Ela começou a expressar uma forte antipatia por suas características faciais e tom de pele”, escreveu a mãe no site que coleta doações para o projeto.
O brinquedo foi desenvolvido com características semelhantes às de sua filha, além de ser feita com um cabelo que simula o natural e pode ser lavado, puxado, enrolado e modelado.
Angelica espera criar uma linha de bonecas com diferentes tons de pele e texturas de cabelo para que todas as garotas possam se identificar.
“Estou criando a Angelica para que as meninas saibam que elas são lindas. É hora de elas encontrarem um novo padrão “, escreveu a mãe na página.
O projeto já alcançou o valor de doação necessário para ser colocado em prática, no entanto, quem ainda quiser apoiar com quantias acima de US$ 85 dólares ganhará a boneca, que será entregue apenas em endereços do Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.
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segunda-feira, 15 de junho de 2015