O FONAPER, ao analisar o Documento-Referência da CONAE II – que está organizado em VII Eixos, seguido de quadros com proposições, estratégias e responsabilidades - identificou ausências de propostas e estratégias que tratem especificamente do Ensino Religioso e da Diversidade Religiosa.
Neste sentido, fez um estudo e está divulgando para todos e aos que se identificam com a proposta, conclama para defenderem a inserção dos acréscimos destacados em negrito no texto abaixo ou conforme destaques no texto anexo:
PROPOSTAS E ESTRATÉGIAS EIXO II
EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: Justiça Social, Inclusão e Direitos Humanos
INSERIR o que está em negrito:
7. Inserir e implementar na política de valorização e formação dos/as profissionais da educação, a discussão de raça, etnia, gênero e diversidade sexual, diversidade religiosa, na perspectiva dos direitos humanos, adotando práticas de superação do racismo, machismo, sexismo, homofobia, lesbofobia, transfobia, intolerância religiosa, e contribuindo para a efetivação de uma educação antirracista, e não homo/lesbo/transfóbica.
9. Desenvolver e consolidar políticas de produção e disseminação de materiais pedagógicos para as bibliotecas da educação básica que promovem a igualdade racial, de gênero, por orientação sexual e identidade de gênero, direitos reprodutivos, o diálogo inter-religioso e intercultural, a inclusão das pessoas com deficiência, a educação ambiental e que também contemplem a realidade dos povos do campo, dos indígenas, dos quilombolas, dos ciganos e da educação ao longo da vida, respeitando e valorizando as especificidades da juventude e dos adultos e idosos, garantindo a acessibilidade.
18. Introduzir o estudo de direitos humanos, educação ambiental, diversidade religiosa, história e cultura afro-brasileira, africana, indígena, língua brasileira de sinais, temas do Estatuto da Criança e Adolescente e estratégias pedagógicas inclusivas nos currículos dos cursos de pedagogia, das licenciaturas, do ensino médio e na modalidade normal, e na formação dos professores que atuam na educação superior.
26. Garantir que o espaço escolar propicie a liberdade de expressão, pensamento, consciência e religião, a promoção dos direitos humanos e a inclusão educacional.
34. Inserir na avaliação de livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), de maneira explícita, critérios eliminatórios para obras que veiculem preconceitos à condição social, regional, religioso, étnico-racial, de gênero, orientação sexual, identidade de gênero, linguagem, condição de deficiência ou qualquer outra forma de discriminação ou de violação de direitos humanos.
38 Garantir condições institucionais para o debate e a promoção da diversidade étnico-racial, religiosa e de gênero, por meio de políticas pedagógicas e de gestão específicas para este fim.
Nova Proposição:
Assegurar a oferta do ensino religioso nos currículos das escolas públicas do ensino fundamental, em conformidade com o §1º do Art. 210 da Constituição Federal e com o Art. 33 da LDB nº 9.9394/1996, objetivando disponibilizar o acesso aos conhecimentos religiosos produzidos pela humanidade, a fim de fomentar a liberdade religiosa e a promoção dos direitos humanos.
PROPOSTAS E ESTRATÉGIAS EIXO VI
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: Formação, Remuneração, Carreira e Condições de Trabalho
Item 1: Profissionais da educação: formação inicial e continuada
Manter:
1.8. Contemplar a questão da diversidade cultural-religiosa como temáticas nos currículos dos cursos de licenciaturas plena, nos programas de formação continuada dos/as professores/as e no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Nova Proposição:
Definir e implementar política de formação inicial e continuada dos profissionais do componente curricular Ensino Religioso, em conformidade com a LDB nº 9.9394/1996 e a Resolução CNE/CEB nº 4/2010, para que possam interagir de forma qualitativa com a complexidade do elemento religioso presente nas diferentes culturas e sociedades, sem quaisquer formas de proselitismo.
O fundador do budismo é BUDA SHAKYAMUNI que, em 589 a.C., em Bodh Gaya, na Índia, mostrou como alcançar a meta suprema dos seres vivos, a conquista da iluminação.
A nobre senda óctupla é o conjunto de ações que levam à extinção completa do sofrimento, que servem respectivamente como antídotos para os três venenos — ignorância, desejo (apego) e ódio ou raiva (aversão).Oito Caminhos pregados por Buda que nos levam à extinção do sofrimento.
1) Entendimento correto 2) Julgamento correto 3) Palavra correta 4) Ação correta 5) Modo de vida correto 6) Esforço correto 7) Serenidade correta 8) A meditação correta
1) O entendimento correto significa entender as quatro nobres verdades, acreditar na lei da causa e efeito e não ser enganado pelas aparências e pelos desejos.
2) O julgamento correto é a resolução de não nutrir desejos, de não ser ganancioso, de não ser irritadiço e de não perpetrar atos nocivos.
3) A palavra correta significa evitar toda e qualquer palavra, tanto escrita como falada, que leve a falsidades, subentender-se inúteis, abusivas e ambíguas.
4) A ação correta significa não destruir vida alguma, tanto racional como irracional, não cometer crimes de espécie alguma, enfim, levar uma vida regrada.
5) O modo de vida correto compreende evitar vivência que compromete a idoneidade do ser humano ou modo de vida que possa envergonhá-lo.
6) O esforço correto é dar o melhor de si, sempre, com diligência, para a realização de boas e nobres ações.
7) Atenção correta, implica em manter a mente pura, atenta e serena.
8 ) A meditação correta significa manter a mente sempre correta e tranqüila, procurando, constantemente, compreender a essência dos fatos e das coisas.
A oficina visa capacitar professores a desenvolver a dança em roda com seus alunos, conhecendo as danças dos povos e de coreógrafos importantes dessa categoria de dança. As danças circulares promovem a afetividade; a cooperação; noção espacial e rítmica, melhorando a lateralidade, o equilíbrio e a coordenação. Através das danças circulares serão trabalhados os movimentos corporais que a compõe, bem como os passos que se repetem. A oficina visa ainda a criação coreográfica, incentivando desta forma a produção artística.
OBS; VIR COM ROUPAS CONFORTÁVEIS, SAPATILHA DE DANÇA OU DESCALÇO.
YOGA
Profª: Maria Cecilia
Utilizando a filosofia do yoga, a oficina apresenta ao educador , meios de despertar no aluno uma nova compreensão da mente, da respiração e do corpo, através da meditação, do controle respiratório, das técnicas de concentração e de relaxamento e das posturas físicas. A prática do yoga proporciona mudanças de comportamento na sala de aula.
OBS; VIR COM ROUPAS CONFORTÁVEIS, SAPATILHA DE DANÇA OU DESCALÇO
BALIZA E CORPO COREOGRÁFICO
Professora: Daniella Nery
O curso proporciona, ao orientador de Balizas e Corpo Coreográfico de Fanfarras, práticas corporais de dança que contribuem na performance e na criação artística.
RITMO E MOVIMENTO
Professor: Domingos
Através das danças de roda, o curso possibilita práticas diferenciadas de movimentos corporais, que visam desenvolver, no aluno, o senso de organização coletiva, rítmica, musical, bem como de equilíbrio.
DANÇA NA ESCOLA
Professora Danielle Berbel
Voltada para o exercício da dança no contexto escolar, a oficina apresenta técnicas de expressão, criação, interpretação, coreografia, dinâmica e instrumentalização do corpo.
Com a colaboração da jornalista Monica Nasser e outras da USP, a revista Cláudia, publicada pela editora abril, de circulação nacional, publicou na edição deste mês de abril de 2013 uma matéria sobre as muçulmanas que vivem na cidade de Foz do Iguaçu, interior do Paraná. A cidade foi escolhida por abrigar o maior número de muçulmanos de todo o país, e foram entrevistada na revista libanesas, descendentes de libaneses com brasileiras, e brasileiras, todas muçulmanas.
The Kedushah (Hebrew: קדושה) is traditionally the third section of all Amidah recitations. In the silent Amidah it is a short prayer, but in the repetition, which requires a minyan, it is considerably lengthier. The liturgy varies among different communities and during different services, but they all hold in common three lines from the Bible (though translations vary): Kadosh Kadosh Kadosh Adonai Tz'vaot M'lo Khol Ha'aretz K'vodo ("Holy, Holy, Holy, The Lord of Hosts, The entire world is filled with His Glory"), Baruch K'vod Adonai Mim'komo ("Blessed is the Glory of the Lord in Its Place"), and Yimloch Adonai L'Olam, Elohayich Tziyon L'dor Vador Hall'luyah ("The Lord shall reign forever, Your G-d, O Zion, from generation to generation, Hallelujah") The Kedushah is enhanced during the morning and Musaf services of Shabbat and Festivals and between the biblical verses there are more praises. The Musaf service of Shabbat and Festivals as well as all of the Kedushahs of Yom Kippur additionally contain the opening line of the Shema. There is also something called the Kedushah D'Sidrah which is recited at the conclusion of weekday morning services, at the beginning of the afternoon services of Shabbat and Festivals, the conclusion of the evening service of Saturday night, and the beginning of the Neilah service at the end of Yom Kippur. This is different than the Kedushah of the Amidah as it does not require a minyan and it includes an Aramaic recapitulation (Targum) of the three aforementioned biblical verses of the Kedushah.[1] Cantora Rachel Hyman canta a oração do Kedushah, particulparmente perfeitamente bem. (quando eu achei que sabia cantar...)
Todo tempo e todo espaço é sagrado quando consagramos nossas vidas. Porém, sempre há um lugar ou um tempo que é especialmente sagrado para cada um de nós. O meu espaço/tempo sagrado, por excelência, é o Tekowa, a minha aldeia; ou, qualquer outro Tekowa Ñandewa Guarani, ou seja, o território onde vivemos a nossa maneira de ser em plenitude. E, o coração do meu espaço sagrado é o Tata Portã do Opy, a casa de reza/meditação/dança; mas também o Ma’ety, lugar onde esta o desenho de plantio do Awaxy, o milho sagrado e as plantas sagradas.
Porém nos últimos tempos tenho viajado muito, dando recitais de canto e harpa Guarani. E aprendi a criar o meu espaço sagrado em qualquer circunstância. Muitas vezes faço isso em um quarto de hotel.
Em um quarto de hotel não posso acender um Tata Porã, fogo sagrado, então acendo um Tataendy, uma vela. Não posso acender o Petyngua, o cachimbo, então acendo um incenso. Sento em meu Apyka, meu Apyka é uma pele de cordeiro que me foi ofertada por meus irum, irmãos do Uruguai. Quando estou com a harpa, toco e canto; toco a harpa e canto baixinho para não incomodar os outros hóspedes; quando não estou com a harpa, toco o berimbau, monocórdio.
Quando canto um Mborai, evoco o sagrado, então o tempo e o espaço se tornam para mim sagrado; mesmo no caso de ser um quarto de hotel ou um teatro. No caso do teatro, para muitas das pessoas que me assistem aquele é o momento de um recital, para mim, um Ara Porã, um momento sagrado.
Há ocasiões em que não posso fazer nenhum ritual, nenhuma cerimônia e, nem cantar ou tocar, como por exemplo, dentro de um avião; nesse caso apenas respiro silenciosamente o nome evocativo de um Mboruwyxawete, espírito ou anjo, força telúrica, numinosa que me coloca em uma dimensão tempo/espacial sagrada.
Assim, diria que espaço sagrado e, tempo sagrado é algo que desfruto com prazer infindo e que é tudo quanto necessito. Então, tudo e, qualquer lugar se torna sagrado; em última instância, quase tudo se torna um deleite continuo e crescente todo o tempo e em qualquer lugar. Isto foi o que aprendi nas circunstâncias em que Ñamandu, a “natureza de todos os mundos”, me colocou.
Conhecemos pelo menos dois livros sagrados que são a Torá do Judaísmo e a Bíblia do Cristianismo que disponho logo abaixo. A seguir veremos mais três livros sagrados.
A Torah:
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.
A Bíblia:
Uma das mais antigas obras literárias da humanidade, a Bíblia é o também o mais disseminado livro de todos os tempos, pelo menos metade da humanidade já teve a oportunidade de examinar uma, já foi traduzida em praticamente todas as línguas e está disponível em quase todos os cantos do mundo.
O Alcorão:
Livro fundador da religião islâmica, o Alcorão ou Corão teria sido composto a partir das revelações de Deus a Maomé, mediadas pelo arcanjo Gabriel. A palavra vem do árabe qur'ãn (leitura), e todo mulçumano deve conhecê-lo profundamente.
O Dhammapada:
Vários livros são essenciais para a religião budista, mas o Dhammapada (caminha da virtude) pode ser considerado o conjunto de ensinamentos básicos do Budismo. Isso se deve ao fato de ser a coletânea de provérbios que o próprio Buda teria proferido durante 45 anos de pregação espiritual.
O Bhagavad Gita:
É o livro mais influente da religião hindu. O título significa "canção do Senhor", e a obra faz parte do monumental Mahabhárata, o maior épico já escrito, com 100.000 estrofes. O Bhagavad Gita teria aparecido pela primeira vez no século III a.C. E é tão importante para os seguidores da religião hindu que se acredita que a leitura dos versos é capaz de aniquilar todos os pecados.
Veja no vídeo entrevista com o teólogo Erni Seibert que fala sobre um dos livros mais vendidos no mundo: a Bíblia, no programa OLGA BONGIOVANNI da REDE APARECIDA.
TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
“A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em considerarmos toda família humana como uma só família. Quem faz distinção entre os fiéis da própria religião e os de outra, deseduca os membros da sua religião e abre caminho para o abandono, a irreligião”.
Mahatma Gandhi
Os textos sagrados são uma forma de expressar e disseminar os ensinamentos das diversas tradições/manifestações religiosas. Ao articular os textos sagrados, por exemplo, aos ritos, às festas religiosas e às situações de nascimento e morte, as diferentes tradições/manifestações religiosas visam criar mecanismos de unidade e de identidade do seu grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e transmitidos às novas gerações e aos novos adeptos. Podem ser retomados em momentos coletivos e individuais para responder às problemáticas do cotidiano, bem como para orientar a conduta de seus seguidores. Diversificadamente, todas as pessoas, particularmente ou em sociedade, procuram, dentro de suas possibilidades e contingências, caminhos para bem conduzir a vida. Por isso é que se deve ter em mente a necessidade de se respeitar os rumos encontrados por cada um.
Entendendo esta perspectiva, os textos sagrados registram os fatos relevantes da tradição/manifestação religiosa: as orações, os sermões, a doutrina, a história, etc. Constituindo-se, desta feita, o fundamento no substrato social, tanto no cotidiano coletivo como na orientação das práticas religiosas, da crença de seus seguidores. Assim, o que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento, pelo grupo que o acolhe, de que transmite uma mensagem ou, ainda, de que favorece uma aproximação, uma religação, entre os adeptos e o sagrado.
A compreensão, a interpretação e a significação do texto podem ser modificadas, conforme a passagem do tempo para corresponder às demandas do tempo presente, contextualizando-se a cada momento. Pode, também, sofrer alterações de juízo, de conceitualização, causadas pelas diversas interpretações secundárias, diferentes das intenções do texto original.
O sagrado expresso e comunicável está presente nas mais diferentes tradições religiosas, apresentado sob muitas formas. Culturas ágrafas, por exemplo, possuem o texto oral, que, pela chegada da escrita, foi ou não registrado. Os textos sagrados nascem do mito, pois, nesta forma simbólica de expressão, as pessoas buscam encontrar explicações para a sua realidade, orientações para a vida e para o pós-morte.
Entre as funções dos textos sagrados, está também a tentativa de se manter os sonhos e utopias das pessoas. Os textos sagrados fazem com que elas mantenham vivas suas esperanças, seus ideais, acreditando ser possível realizar suas expectativas de construção de uma existência o melhor possível, enfim, de um mundo melhor. A palavra escrita, ao ser interpretada, pode trazer um único sentido ou múltiplos sentidos, podendo ou não estar disponível a possibilidade de interpretação por parte dos fiéis ou seguidores. Para aquelas que argumentam que o texto não pode ser interpretado pelos fiéis, a revelação do divino é tida como única e inquestionável.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), se reuniu nesta segunda-feira (09), em Brasília, com lideranças de comunidades ciganas e organizações ligadas à temática.
Durante o encontro, que contou ainda com as presenças do Procurador dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Luciano Mariz Maia, do sub-Defensor Público-Geral Federal, Afonso Carlos Roberto do Prado, e da secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – Seppir, Silvany Euclenio Silva, foram apresentadas as demandas do segmento, que reclama de invisibilidade e de desrespeito aos seus costumes.
As principais reclamações das comunidades estão relacionadas à falta de valorização da cultura cigana, ausência de legislações e normativas que assegurem o livre trânsito das comunidades ciganas entre os municípios brasileiros, além de assegurar os direitos à educação, saúde e moradia para as comunidades.
Após ouvir das reivindicações, a ministra Maria do Rosário se comprometeu em intensificar a parceria com a Seppir para acelerar o atendimento à comunidade e disponibilizou o Disque Direitos Humanos – Disque 100, para o recebimento de denúncias de violações aos direitos humanos das comunidades ciganas de todo o país. O serviço deverá ser utilizado para o acolhimento das denúncias até que a Seppir conclua a instalação de um serviço próprio de disque denúncia. As denúncias recebidas pela SDH/PR serão socializadas com a Seppir e direcionadas às autoridades competentes para averiguação.
O desconhecimento da cultura e dos valores ciganos, explicou Rosário, é o principal responsável pelo preconceito que essas pessoas enfrentam no Brasil e no mundo. “Em função do preconceito, o Brasil esta perdendo a oportunidade de conhecer uma cultura tão rica quanto a dos povos ciganos. Vamos todos trabalhar juntos para superarmos essa situação e assegurar direitos básicos à população cigana”, destacou.
Mutirão de documentação básica – Pautada pelos relatos de ausência de documentação básica entre as crianças e adolescentes ciganas, a Ministra determinou a realização de um mutirão de Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica nas principais colônias ciganas do país. Este tipo de mutirão, que conta com a participação de diversos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, é mais comum em comunidades indígenas.
Plano de Ações - Durante o encontro, a Secretária Silvany Euclenio Silva informou que o governo deverá lançar, até o final no próximo mês, um Plano de Ações para as Comuniades Tradicionais. A secretária informou ainda que o Ministério da Educação esta em fase final de contratação de consultores para a elaboração de conteúdo didático sobre a cultura cigana. Já o Ministério da Saúde esta produzindo uma cartilha sobre as comunidades tradicionais e o Ministério da Cultura estuda ações de valorização da cultura cigana.
Walter passos poeta, históriador ,sensível para as diversidades afro-brasileira possuí um talento que vale a apena conhecer no http://www.facebook.com/walter.passos.16 ,são poemas que podem ser aproveitados na matriz afro-brasileira além de ser um ser humano próximo a nós podendo quem sabe comunicar-se com o leitor,responder dúvidas,opinar se soubermos conduzir em nossas aulas de ER.AI VAI A DICA!!!
Especialista ressalta que disciplina é importante para a formação dos alunos, mas há quem defenda que as crianças devem ser protegidas de conflitos.
Bay:REDE GLOBO
O ensino religioso nas escolas é um assunto que provoca discussões entre representantes da comunidade escolar, das religiões e do governo. A polêmica ficou mais acirrada depois que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou em 2008 um acordo entre Brasil e Santa Sé. O artigo 11 do documento estabelece a obrigatoriedade do oferecimento de ensino religioso pelas escolas públicas brasileiras, de acordo com o parágrafo1: “O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação”. Segundo a professora Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, o acordo fere a Constituição.
“O ensino religioso vem da época dos jesuítas. Passamos 400 anos unindo educação e religião, e isso terminou com o advento da República. De lá para cá, em todas as constituições, essa ideia é reforçada. A constituição de 1988 tem dois incisos que falam a respeito. O primeiro afirma ser vedado à União, aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal ‘estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público’. O outro proíbe ‘criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si’. Isso significa que nosso país é laico, ou seja, não possui uma religião oficial, mantendo-se neutro e imparcial no que se refere aos temas religiosos. Se o Estado é laico, a escola pública - que é parte desse Estado - também deve sê-lo”, diz a professora, autora do livro “Ensino Religioso em Escolas Públicas: Impactos sobre o Estado Laico”.
Professor Raimundo Nonato Coelho (Foto: divulgação)
Do ponto de vista de Raimundo Nonato Coelho, professor de religião e coordenador da pastoral da educação na Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Estado ser laico não significa que ele é ateu. "A laicidade tem a ver com a democracia. A palavra 'laico' em francês está ligada aos movimentos anticlericais, mas no Brasil não é adotada dessa forma, e sim significando pluralidade de ideias", explica.
O ensino religioso também ganhou espaço na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). De acordo com a norma, o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. Cabe aos sistemas de ensino regulamentar os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecer as normas para a habilitação e admissão dos professores. No que diz respeito ao conteúdo, os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. Para a professora Roseli, religião é um assunto pessoal, e levar isso para a escola é arriscado.
“Fala-se em nome da religião, mas em última instância a pessoa está falando do que acredita, transformando em conceito definitivo na escola pública o que é, na verdade, um ponto de vista particular. O ensino religioso nas escolas acontece de diversas maneiras, como na comemoração de datas religiosas, crucifixos na parede... Alguns professores adotam textos bíblicos para ensinar Língua Portuguesa ou outras disciplinas, e isso é irregular, pois estão misturando disciplinas facultativas com obrigatórias. Devemos ficar mais atentos quando o assunto se entrelaça com outras questões presentes no sistema escolar, seja nos conteúdos de ciências, por exemplo, em tentativas de impor o criacionismo em detrimento do evolucionismo, seja nas tentativas de proibição da presença de educação sexual na educação básica, como proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC e nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, do Conselho Nacional de Educação”, explica.
Coelho defende a prática do ensino religioso na sala de aula. "O objetivo é esclarecer a criança sobre o que é ser católico, o que é ser evangélico ou adepto das religiões africanas. Como temos muito sincretismo, a criança não sabe muito bem o que significam essas coisas. Todo mundo é tudo e não é nada, na verdade", rebate o professor.
E se o pai ou mãe não quiser que a criança assista às aulas de ensino religioso? Segundo a especialista, é possível recorrer às secretarias de educação, aos Conselhos Tutelares e ao Ministério Público para que o filho seja dispensado, mas isso implica entrar em conflito com a escola.
“Dizem que a frequência é facultativa, mas, na prática, o aluno não pode ficar circulando pela escola. As crianças deveriam estar protegidas desses conflitos. O ideal é que o ensino religioso, quando houver, seja oferecido no contraturno. Dessa maneira, cabe à escola oferecer outra atividade não religiosa no mesmo horário para configurar o caráter facultativo e a igualdade entre todos os alunos”, completa.