Quando a alma se alimenta, aquietam-se os instintos mais selvagens. E a alma se alimenta do belo, das sutilezas, da bondade, daquilo que toca a sensibilidade, do amor. Vejo pessoas que reclamam da falta de cordialidade no trânsito e são os primeiros a não serem gentis quando dirigem seus carros.
Reclama-se da violência das ruas e estes mesmos, tantas vezes, educam suas crianças com tapas, gritos, humilhações, desprezo, indiferença. ...Tratam aqueles que lhe são subordinados com desprezo e impaciência também.
Por outro lado, vejo trabalhadores, que mentem, que não se comprometem, que detestam o que fazem, que não sentem nenhum tipo de vínculo bom e positivo com seus colegas de trabalho ou com seus empregadores.
Infelizmente, criamos uma sociedade imatura emocionalmente, individualista, que não quer assumir responsabilidades, que empurra para baixo do tapete os desafios sociais que precisam ser enfrentados de frente. Sociedade que cria indivíduos excluídos de todos os tipos e os empurra para longe. Que quer a paz vinda dos cassetetes e dos cárceres, mas não constrói a paz verdadeira, e possível, que só nasce na convivência generosa, amável, gentil. Quando se abrem portas, criam-se laços de confiança e amorosidade.
Criminosos e psicopatas precisam ser tratados longe da sociedade, sim, com certeza. E quanto aos indiferentes, aos gananciosos, aos narcisistas e aos insensíveis que ajudam a criar esse tipo de doença social? O que fazer?
Precisamos de uma nova pedagogia para a convivência, para o viver pacífico.
"Seja a paz que deseja ver no mundo", disse Gandhi! Mas vá além da paz do silêncio meditativo, pratique a paz na rotina de seu dia a dia, sendo o elo forte desse cordão de vida que a todos nós conecta.Ver mais
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