Curitiba de sotaques diversos, do polonês, ucraniano ,alemão,
português, italiano, do nordestino ao sulino ,do pé vermelho ao nativo
panaguara, intenso sentimento de
pertencimento á terra, da arquitetura que traduz o novo e o velho, passado e presente juntos num mesmo espaço
geográfico, com possibilidades futuristas ,pessoas de hábitos diferentes
vivendo no mesmo território.
Aqui não reflete apenas o cinza dos dias frios com
neblina, nos rostos curitibanos de suas inúmeras etnias esta o encontro de
misturas de raças, credos e religiões diversas. Cores que não traduzem em
jardins, praças, parques, mas que motiva o cidadão curitibano a mostrar a sua
arte pela música, pela dança, através do teatro, nos cafés culturais, livrarias,
redes sociais, eventos , festivais ao longo decorrer do ano.
Curitiba, ora movimento, impulsividade, ora calmaria,
silêncio entrecortado pelo canto de uma sábia que insiste no seu piar ou aquele
João de Barro em qualquer canto de uma
das várias ruas arborizadas. Aquele que
acorda cedo para trabalhar ou aquele que na madrugada começa o seu trabalho ,rotinas
diferentes que levam ao único objetivo: O VIVER!
Como não exercitar aqui, o senso de Alteridade, para com
toda essa diversidade étnica, religiosa, de gênero, cultura ou mesmo a
diversidade das pessoas deficientes que aqui circundam, trabalham, estudam, pensam,
divertem e sonham como quaisquer outras que aqui vivem?
Somos curitibanos, não genuínos! Em pouco tempo a vida nos tornou com
sentimento de pertencimento á essa cidade e com ela a responsabilidade social
do nosso universo religioso pluralista. Uma responsabilidade que requer que
compreendamos , tenhamos a capacidade mais complexa de exercitar a Alteridade
que segundo Elisabeth Jelin - Cidadania e Alteridade: o reconhecimento da
pluralidade “Alteridade seria, portanto, a capacidade de conviver com o
diferente, de se proporcionar um olhar interior a partir das diferenças.
Significa que eu reconheço “o outro” também como sujeito de iguais direitos, É
exatamente essa constatação das diferenças que gera a alteridade.”
Matheus Kreling e Eliane Clara Pepino
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