Os Brasileiros conhecem várias mitologias...Grega, Romana, Egípcia, Africana Iorubá, mas é lamentável que não conheçam a sua própria mitologia...
A mitologia dos povos verdadeiramente Brasileiros que viviam antes da chegada europeia é absolutamente rica, provando que a mitologia Tupi- guarani é tão forte quanto as outras.
Fica aqui um pequeno resumo dos deuses que compoem o panteão Tupi - Guarani :
Tupã (deus do trovão), deus supremo do panteão Tupi-Guarani. Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.
Guaraci (deus do sol), é a representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos processos biológicos.
Jaci (deusa da Lua), Rainha da Noite e dos homens, que foi esposa de Tupã;
Anhum (deus da música), o deus melodioso que tocava divinamente o sacro Taré;
Caramuru, o deus dragão, que podia ser tanto bom quanto cruel, era o deus que presidia as ondas revoltas dos grandes oceanos;
Rudá, o deus do amor;
Tambatajá (um deus de amor e protetor de todos os perigos);
Polo, o deus dos ventos e mensageiro de Tupã;
Sumá, foi ela que ensinou a arte da agricultura aos tupis;
Caupé, deusa da beleza, Afrodite-indígena;
Jururá-Açú, conta uma lenda, que por ter libertado o deus infernal, tornou-se a única deusa que podia entrar e sair livremente dos infernos. Tupã castigou esta linda deusa transformando-a em uma tartaruga;
Tainacam, a deusa das Constelações;
Caapora, deus guardião dos animais;
Catú, o deus outonal;
Mutin, o deus da primavera;
Peurê, o senhor do verão;
Nhará, que preside o inverno;
Guaipira, a deusa da história;
Picê, a deusa da poesia;
Biaça, a deusa da astronomia;
Açutí, a deusa da escrita;
Arapé, a deusa da dança;
Graçaí, a deusa da eloqüência;
Piná, a deusa da simpatia;
Parajás, deusas da honra, do bem e da justiça;
Aruanã, o deus da alegria e protetor dos Carajás.
Anhangá, deus das trevas, deidade suprema dos Infernos;
Ticê, esposa de Anhangá;
Guandirô, era o deus da noite, que bebia o sangue dos homens;
Xandoré, deus do ódio, lançador de raios, relâmpagos e trovões;
Tiriricas, deusas do ódio;
Pirarucú, o deus do mal que mora no fundo das águas. Conta-se que ele casou com Yara e dessa união nasceram vários monstros;
Yara, a deusa dos serenos lagos
As formosas Juruás;
A lendária nereida Açaí.
O Monte Iiapaba para os Tupis, era sinônimo de céu, onde os deuses julgavam a alma dos mortos.
Curupira, deus protetor das matas;
Abeguar, deus do vôo;
Araci, a deusa da aurora e das madrugadas. Foi ela que fez nascer o lendário Juazeiro.
Há muitos Brasileiros que escutam falar superficialmente desta mitologia e que a ignoram completamente.
Esta é a sabedoria dos Pagés, dos Indios e de Povdos que tiveram a sua época e a sua luz, mas que ainda hoje, auxiliando-se destas forças conseguem viver em condições com as quais a maioria dos seres humanos não sobreviveria uma hora sequer.
Não digo que viremos Guaranis, mas é interessante escutar as suas estórias e lendas, bem como conhecer alguns dos poderes exibidos pelos Feiticeiros do Povo de Tupã.
A Autora,
Magda Liebstein
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